O problema principal ocorre no fígado, que é responsável por processar o medicamento. Cerca de 5% do remédio se transforma em uma substância prejudicial chamada quinoneimina. Em quantidades pequenas (abaixo de 4 gramas de paracetamol), o fígado consegue lidar com essa substância perigosa.
A Anvisa alerta que o uso indiscriminado de paracetamol para alívio de dores e febre após a vacinação contra Covid-19 pode levar a eventos adversos graves, incluindo hepatite medicamentosa e morte.
No artigo, a agência também explicou que "proibiu o medicamento nos Estados Unidos devido a efeitos secundários potencialmente fatais, incluindo uma queda nos glóbulos brancos que prejudica a capacidade do organismo de combater infecções." A reação citada pela agência americana é conhecida como agranulocitose.
Disponível livremente em farmácias, sem necessidade de receita médica, o paracetamol está entre os remédios mais consumidos de todo o mundo. Para ter ideia, algumas estimativas apontam vendas de 49 mil toneladas desse medicamento ao ano nos Estados Unidos — o que significa 298 comprimidos por americano a cada 12 meses.
Resumo: O uso indiscriminado de paracetamol pode levar a eventos adversos graves, incluindo hepatite medicamentosa e morte. Uma vez utilizado para alívio de dores e febre, devem ser observadas a dose máxima diária de paracetamol e o intervalo entre as doses recomendado em bula, para cada faixa etária.
Quando consideramos os riscos por intoxicação, o paracetamol pode, sim, ser considerado mais tóxico do que a dipirona. E isso acontece porque, além de não ser tão difícil ter uma superdosagem do princípio ativo, as consequências do seu uso exagerado são mais graves do que as causadas pelo fármaco alemão.
Os sintomas que ocorrem em 4 estágios (ver tabela Estágios da intoxicação aguda por paracetamol), compreendem anorexia, náuseas, vômitos e dor abdominal no quadrante superior. Pode ocorrer insuficiência renal e pancreatite, ocasionalmente sem insuficiência hepática.
O que se tem mais claro em relação ao paracetamol é sua relação com o risco de falência do fígado. O medicamento representa a principal causa deste problema em países como os EUA e o Reino Unido. O paracetamol é recomendado para diminuir febre e dor.
A agência reguladora americana, Food and Drug Administration (FDA) aprovou nesta sexta-feira o spray nasal da Pfizer para enxaqueca. A droga Zavzpret, também conhecida como zavegepant, foi aprovada para o tratamento de dores de cabeça aguda em adultos.
Leve os remédios em sua caixa original, acompanhado da bula. Remédios como aspirina, medicamentos para dor de estômago, antitérmicos e antiácidos podem ser levados sem receita.
Por que a dipirona é vendida no Brasil mas proibida nos EUA e em parte da Europa?
“E a proibição dela aconteceu justamente nos países que mais fazem pesquisas de eficácia e segurança sobre medicamentos”, destaca Marise. Segundo ela, isso diminuiu o interesse em fazer testes e investigações sobre a dipirona —o que fez o fármaco se tornar praticamente desconhecido nesses lugares desde então.
Um exemplo é a nimesulida, um analgésico bastante utilizado no Brasil, mas que é proibido em países como Japão, Estados Unidos e Alemanha, entre outros, devido a preocupações com sua segurança.
Já o Gastrium (omeprazol), versões de 10 miligramas e de 20 miligramas, teve a comercialização suspensa, segundo a Anvisa, por ser fabricado com formulação diferente da registrada na agência reguladora.
O Brasil, porém, é um dos poucos países que permitem sua venda. O remédio é proibido em países como Japão, Argentina e Canadá e, em 2002, Finlândia e Espanha também entraram na lista das nações que baniram o medicamento.
A dipirona é um analgésico comum no Brasil, mas proibido nos EUA devido ao risco de agranulocitose. Estudos recentes mostram baixa incidência desse efeito colateral, apoiando seu uso seguro no país.
A decisão foi tomada porque a empresa alterou o processo de produção dos três medicamentos sem prévia avaliação da agência reguladora. A Anvisa também determina que a empresa recolha o estoque existente no mercado e recomenda que quem tenha o produto em casa não faça uso.
De acordo com o alerta, a droga pode levar os pacientes a uma overdose de acetaminofeno – substância ativa de muitos analgésicos, como o Tylenol, que combate os sintomas de dor e febre.
Ela só estreou nas farmácias de Estados Unidos e Austrália a partir dos anos 1950, já com o nome comercial que a tornaria mundialmente famosa: Tylenol. Nos EUA, aliás, esse princípio ativo é conhecido por outro nome: acetaminofeno. No Brasil, ele está disponível desde os anos 1970.
O paracetamol é o ingrediente ativo nos produtos TYLENOL® e em diversos medicamentos vendidos com ou sem receita médica. O paracetamol reduz a febre e proporciona alívio temporário de dores leves a moderadas, tais como: dores de cabeça.
Quando consideramos os riscos por intoxicação, o paracetamol pode, sim, ser considerado mais tóxico do que a dipirona. E isso acontece porque, além de não ser tão difícil ter uma superdosagem do princípio ativo, as consequências do seu uso exagerado são mais graves do que as causadas pelo fármaco alemão.
O paracetamol, um ingrediente comum em muitos medicamentos com e sem prescrição médica, é seguro em doses normais, mas uma superdosagem severa pode causar insuficiência hepática e morte. Por vezes, as pessoas ingerem demasiados produtos que contêm paracetamol e veneno em si mesmos.
A razão está na produção de um metabólito chamado NAPBQI, que quando produzido em excesso pode causar danos no fígado. Portanto, em doses terapêuticas, o paracetamol age no organismo como analgésico, elevando o limiar da dor e, como antipirético, agindo no centro hipotalâmico, que regula a temperatura.