Rafhael ainda pontua que o paraense tem uma pronúncia diferente para a palavra "mesmo": "o 'z' [da pronúncia 'mesmo'] também chia e vira 'g'. Além disso, ele diz que analisou que o paraense emenda uma palavra que termina com 's' com outra que inicia com vogal: "Mas ele [pronuncia-se 'maszêle']".
Foram milhares de portugueses que vieram acompanhando D. João VI e todos foram morar no Rio de Janeiro. Isso acabou influenciando os hábitos dos moradores locais, inclusive a maneira de falar. Os cariocas passaram a imitar o modo de falar dos portugueses, principalmente esse chiado.
A influência do português de Portugal é forte, mas na região norte as referências da linguagem indígena são uma herança marcante. Palavras de uso cotidiano, de origem indígena, fazem parte do vocabulário paraense, que também tem a forma nasal de falar como outra característica.
Palavras como carapanã e igarapé vêm justamente da língua tupi, e são utilizadas até hoje. Uma outra característica marcante do sotaque paraense é a forma de mais nasal de falar, muito maior que em outros lugares do país.
Basicamente, é semelhante a uma interjeição, mas sem um significado específico, e pode ser adaptada para significar quase qualquer coisa, embora os sentimentos mais comum expressados pelo seu uso sejam surpresa, admiração, espanto, desaprovação e como um elemento de ênfase.
Sotaque carioca: por que se fala chiado no Rio de Janeiro? | SOTAQUES DO BRASIL
Por que o paraense fala chiando?
O modo de falar paraense uma grande influência vem de Portugal, mais especificamente do norte, lugar de origem do som chiado: o S com som de X, em palavras como mesmo, ou ao fim de sílaba, como em folhas.
Entre as fraseologias coletadas no Pará estão expressões como “só o creme”, quando algo é muito bom; “te arreda" ou "arreda daí”, que é um pedido para a pessoa se afastar de algum lugar; “te sai”, como uma repreensão; “Não que não” que na verdade significa “sim” e outras que envolvem palavrões e analogias regionais.
"Exqueci o ixqueiro na exquina da excola..." Você já deve ter notado que essa é a característica mais forte do sotaque do Rio de Janeiro - o chiado. Ele é motivo de orgulho para quem é de lá - e muitas vezes de estranhamento para quem é de fora.
Então, diferente de alguns outros sotaques do Brasil, eles falam 'thi' e 'dhi', adicionando e som do 'h' entre letras. Característica que se repete no 'l' e do 'n', na maioria das colocações.
Em Pssica, que na gíria regional quer dizer 'azar', 'maldição', a narrativa se desdobra em torno do tráfico de mulheres. Uma adolescente é raptada no centro de Belém do Pará e vendida como escrava branca para casas de show e prostituição em Caiena.
A letra R, que é forte no dialeto carioca, é proveniente da característica da fala francesa, que possui o “r” como forte sílaba na fala. Os dialetos africanos falados pelos escravos também são outra forte influência sobre o sotaque carioca.
Os professores que preparam o Atlas Linguístico do Brasil comprovaram que o maior número de pessoas falando o 'S' chiado está no Rio de Janeiro. De cada 100 cariocas, 97 chiam. Em seguida, aparecem Belém e Florianópolis.
"Égua" é uma interjeição paraense bastante peculiar. Ela não tem um significado literal específico, mas é geralmente utilizada para expressar emoções intensas, como surpresa, indignação, frustração ou até mesmo admiração.
GALA SECA Em seu novo show de Comédia Stand Up, Murilo Couto traz a expressão Gala Seca, uma gíria da região norte do Brasil usada para falar de pessoas com comportamento idiota e desatento.
Égua, mana é uma expressão típica dos paraenses - que nesse caso, remete a admiração - e dá nome a uma série de reportagens especiais produzidas pelo G1 em alusão ao Dia Internacional da Mulher.
O Programa Iniciação à Vida Acadêmica (Piva) é uma iniciativa pioneira no Brasil, que tem como objetivo preparar os novos alunos da Universidade para a construção da trajetória profissional a partir de aulas, encontros e atividades especiais focadas nas peculiaridades de cada formação profissional.
Resumo: O Pará, parte da Amazônia, é uma das regiões brasileiras com grande concentração de línguas indígenas que vivem lado a lado com diversas variedades da língua portuguesa e outras línguas estrangeiras (o japonês, falado no município de Tomé-Açu, o italiano) e a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Carapanã (do tupi [kaɾapaˈnã]) é um nome regional brasileiro dado aos mosquitos sugadores de sangue, principalmente na Região Norte do Brasil. São conhecidos em outras unidades federativas do Brasil como muriçoca, pernilongo, sovela ou mosquito-prego.
Aqui no Pará, dizemos tu em vez de você, falamos eras, que já foi Ebe e hoje é égua, que é usado em 99% das frases ditas pelo paraense, seja de admiração, insatisfação, raiva espanto, na alegria e na tristeza…