Assim como nenhuma outra carne, a embalada a vácuo também não deve ser lavada. Conforme já explicamos, a ausência do oxigênio garante também a ausência de micro-organismos. E, mesmo em cortes que não utilizem esse sistema de conservação, a água não tem o poder de retirar possíveis bactérias.
Nenhuma carne crua deve ser lavada. Só os pescados, no momento em que você vai filetar a carne, ou lavar o peixe na hora que você pescou. Então vai limpar o peixe, tirar a barrigada, tirar as escamas, você pode usar água.
Por mais estranho que pareça, sim, lavar a carne é um erro. Isso acontece porque a água não é eficiente na remoção de bactérias. Pelo contrário, ela ajuda na proliferação desses causadores de doenças. As bactérias se proliferam quando entram em contato com água e proteínas (uma das principais qualidades da carne).
Quando se trata de lavar carne crua, os especialistas são claros: não faça isso. Em vez de reduzir o risco de doenças transmitidas por alimentos, lavar a carne aumenta a probabilidade de espalhar patógenos indesejados, como a salmonela e campylobacter, pela cozinha.
Nenhuma carne deve ser lavada quando estiver crua, porque as bactérias presentes nela podem ser transferidas e contaminar superfícies, utensílios de cozinha e até outros alimentos.
Limpe tudo primeiro. Em primeiro lugar, para garantir um ambiente livre de germes e bactérias que podem causar doenças para nós, é preciso começar com a limpeza. ...
Lave as mãos antes de preparar os alimentos e depois de ma- nipular alimentos crus (carnes, frangos, peixes e vegetais não lavados). As carnes cruas e os vegetais não lavados apresentam micróbios patogênicos que podem ser trans- feridos aos alimentos prontos por meio das mãos dos manipulado- res.
Não se deve lavar e temperar a carne antes de ser congelada. Apenas tire os ossos e o excesso de gordura. A embalagem ideal é o saco plástico ou de papel aderente, pois as folhas de alumínio são difíceis de soltar da carne congelada e também ocasionam ressecamento.
Atenção: carnes embaladas à vácuo costumam ter um cheiro mais forte quando abertas, porém ele não deve permanecer no alimento, caso você abra o produto e o cheiro forte e incômodo persistir, ele, provavelmente, está estragado.
Isso pode ser explicado pelo ato do descongelamento e da dessalga: perda de água, perda de nutrientes. E não para por aí: carne embalada a vácuo também pode ser muito interessante do ponto de vista econômico. Alimentos compactados pelo vácuo são mais fidedignos ao peso informado.
O aquecimento moderado destrói parte mas não todos os microorganismos presentes no alimento. É conhecido como pasteurização. O aquecimento mais intenso, geralmente a temperaturas superiores a 100ºC é empregado para preparar produtos de carne “comercialmente estéreis”. Este processo é denominado esterilização comercial.
Somente com água corrente ou acrescentando vinagre ou limão, higienizar a carne antes do preparo das refeições pode até parecer um hábito higiênico e seguro, mas na verdade oferece riscos à saúde. Lavar frango com água aumenta a proliferação de bactérias, que podem causar doenças como intoxicação alimentar.
Lavar o frango, ou qualquer outro tipo de carne, antes do cozimento não é recomendado, pois a água não mata as bactérias e pode espalhá-las pelo ambiente, contaminando a louça que está próxima, por exemplo.
“Lavar carnes, especialmente a de frango, na pia da cozinha pode espalhar potenciais patógenos no ambiente, representando uma prática de risco”, explica o coordenador da pesquisa, Uelinton Manoel Pinto.
A principal orientação dos especialistas é sempre consumir carne bem cozida, grelhada ou assada. As altas temperaturas utilizadas nesses processos são capazes de matar as bactérias que causam infecções.
Pra você que acha que tem que lavar carne moída pra tirar o gosto de sangue, saiba que não é necessário – nem recomendado. Para isso, basta levar a carne moída a uma panela, deixando-a ferver por 5 minutos, jogando todo o líquido que sair da carne.
Isso acontece porque ao lavar o frango ou qualquer outro tipo de carne, as possíveis bactérias que seriam mortas ao cozinhar a carne em uma temperatura elevada se espalham para utensílios de cozinha, roupas e superfícies, tendo uma chance maior de entrar em nosso corpo.
O especialista lembra que a ideia de lavar a carne com água quente para se livrar das bactérias também não é válida porque o processo de cocção natural (cozinhar, assar ou fritar) já tem essa função. E, durante esse preparo, muitas delas são eliminadas.