Desde suas origens na África, Nanã é reverenciada como o grande Orixá que tem o domínio sobre as enchentes e as chuvas, bem como sobre o lodo produzido por essas águas. Ela também é a mãe e avó, a protetora dos homens e dos idosos, a padroeira da família.
Ligada ao princípio e ao fim da existência, Nanã é costumeiramente reverenciada com cânticos que rogam pela extensão da vida e o adiamento da morte. Em alguns rituais, Nanã é evocada pelas mulheres que apresentam dificuldade para engravidar.
Nanã é um termo que expressa deferência por qualquer pessoa idosa e significa “Mãe” em diversos dialetos africanos. Ela rege sobre a maturidade e cuida da passagem no estágio evolutivo do ser, adormecendo os espíritos e decantando as suas lembranças com o passado, até ficarem prontos para reencarnarem.
Nanã é possuidora de grande poder e sabedoria, por isso ela é uma das mais temidas e respeitadas orixás. Como é a senhora soberana da vida e da morte, ela é a guardiã do portal que fica entre essas duas dimensões.
Além disso, podemos pedir para ela decantar tudo que esteja atrapalhando a nossa jornada, as doenças, proteção dos maus agouros, das energias negativas, e que ela leve sabedoria e paciência para que melhor possamos caminhas nessa jornada terrena.
O eu lírico da canção se identifica como 'de Nanã', o que pode ser interpretado como um filho ou seguidor da orixá, alguém que carrega suas características e ensinamentos. A repetição dessa afirmação ao longo da música reforça a identidade espiritual e a conexão com a divindade.
As filhas e filhos de Nanã. são pessoas dignas e tem bom coração, por isso nunca desejam mal ao outros. Além disso, são gentis e galantes, como se viessem do século passado. Consideradas sábias e pacientes, os filhos de Nanã são vistos como almas velhas, pois fazem tudo com muita calma e consciência.
Nanã está associada à evolução dos seres, pois ajuda a controlar os vícios, a eliminá-los para a conquista da nossa evolução, do nosso crescimento espiritual, do nosso desenvolvimento humano.
Nanã quando se manifesta em seus filhos carrega o Ibiri na mão direita ou o coloca sobre as duas mãos, imitando o movimento de ninar uma criança. Este cetro é a representação mais importante de Nanã. Segundo um de seus mitos de fundamento, Ela nasceu com ele, ele não lhe foi dado por ninguém.
Nanã Buruku: orixá da morte, da ancestralidade e da sabedoria, que representa a transformação, a renovação e a conexão com os ancestrais. Costuma ser celebrada no sábado ou na segunda-feira em algumas casas e, durante o ano, o seu dia é 26 de julho.
Nanã é considerada a orixá mais velha, chamada de vovó. Não é à toa que seus filhos são pessoas muito teimosas e ranzinzas. Por isso, quando têm algo em mente, não há quem os convença do contrário. E, caso algo dê errado, eles vão reclamar até você não aguentar mais.
- um alguidar pequeno, ou um prato de barro, ou de porcelana branco. - um punhado generoso de terra de jardim. - um pedaço de papel sem pauta, para escrever o nome.
Nanã é a Divindade que está assentada no pólo negativo (ou absorvedor) da Linha da Evolução, que é a sexta Linha de Umbanda, na qual polariza com Pai Obaluayê. Rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres.
O 26 de julho é também celebrado pelas tradições religiosas afro-brasileiras como o dia de Nanã Buruquê, orixá da sabedoria, das águas paradas e regente do portal entre o mundo dos vivos e o dos mortos. Nanã também é considerada uma avó e, na umbanda, é sincretizada com Santa Ana.
Saluba Nanã, Senhora das Águas Tranquilas e Profundas! Com sua benção, renasço das águas do esquecimento. Nanã, transforme minhas dores em sabedoria, minhas águas internas em renovação.
Inclusive, em algumas linhas do Candomblé, ela não tem filhos homens.” No sincretismo, a orixá é associada com Sant'Ana, a avó de Jesus Cristo e é celebrada em 26 de julho. Ainda de acordo com Leonardo Almeida, a cor correspondente à divindade é o lilás e o número é o 13.
No Brasil. Nanã é cultuada no candomblé Jeje como vodum e, no Candomblé Queto como um orixá da chuva, das águas paradas, mangue, pântano, terra molhada, lama e considerada a mãe dos orixás Obaluaiê, Iroco, Oçânhim, Oxumarê e Ieuá. Nanã é chamada carinhosamente de "Avó", por ser usualmente imaginada como uma anciã.
O refrão 'Sou de Nanã ewá, ewá ewá ê' é uma declaração de pertencimento e devoção à essa Orixá. A expressão 'ewá' pode ser interpretada como uma exclamação de respeito e admiração.
À minha mãe Nanã, eu peço que abençoe o meu coração, minha cabeça, meu espírito e corpo. Que aos poderes dados somente à Senhora das Senhoras, sejam caridosos e benevolentes, e me escondam de meus inimigos ocultos e poderosos. Minha querida Mãe e Senhora, tenha piedade de meu coração.