Sintomas da neurossífilis Pode ocorrer mudança de humor, irritabilidade, depressão, ansiedade, alterações de comportamento e personalidade, insônia, falta de concentração e perda de interesse nas atividades diárias.
Esses problemas podem causar dor no peito, insuficiência cardíaca e morte. A neurossífilis (que afeta o cérebro e a medula espinhal) ocorre em cerca de 5% de todas as pessoas com sífilis não tratada.
O diagnóstico da neurossífilis é feito pelo infectologista baseado nos sintomas, histórico de saúde da pessoa e resultados de exames como a análise do liquor, ou líquido cefalorraquidiano, que demonstra alterações sugestivas da doença e é realizado através da punção lombar.
Causada por uma espiroqueta, Treponema palidum, a sífilis pode invadir o sistema nervoso central (SNC) em qualquer estágio da infecção. Após a neuroinvasão, pode ocorrer um clearence pelo próprio sistema imune do paciente ou a doença pode progredir, causando sintomas ou não ao seu hospedeiro.
Neurossífilis. O tratamento da neurossífilis é feito com a penicilina G cristalina (3-4 milhões de unidades via intravenosa), a cada 4 horas, durante 14 dias. Se o paciente for alérgico, o tratamento de escolha é a ceftriaxona(2g), via intravenosa, uma vez ao dia, de 10 a 14 dias.
O que acontece quando a sífilis ataca o sistema nervoso?
Impacto no sistema nervoso
Uma vez estabelecida no sistema nervoso central, a bactéria Treponema pallidum provoca a inflamação dos tecidos cerebrais e a destruição de células nervosas. Essa resposta inflamatória e a disseminação da bactéria resultam em danos neurológicos, caracterizando a neurossífilis.
- Sífilis terciária: considerada a fase mais perigosa da sífilis, ela pode deixar a pessoa com sequelas ao comprometer órgãos como o cérebro, podendo levar a quadros psiquiátricos ou neurológicos bem graves, como a demência e a cegueira.
Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo, surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias. Caso ocorra em grávidas, poderá causar aborto/natimorto ou má formação do feto.
Dentre eles, pode se desenvolver a sífilis cardiovascular. Os sintomas são dor torácica e nas costas, provocada por aneurisma da artéria aorta ascendente ou descendente, com risco de ruptura. Outro sintoma é o cansaço, sensação de falta de ar, quando a sífilis acomete a válvula aórtica.
Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias.
Na sífilis primária pode ocorrer o surgimento de uma úlcera única no local de entrada da bactéria, o cancro duro, geralmente no pênis, vagina, colo do útero, ânus, boca ou outros locais de contato. Essa lesão não dói, não coça, não arde e não tem pus. Podem surgir também caroços na virilha.
Sinais e sintomas são variados como: cancro, condiloma, úlcera ou massa anal, sintomas de proctocolite: hematoquezia, dor anal, tenesmo ou anormalidades da mucosa, linfadenopatias, episódios de diarreia crônica, ou até pacientes assintomáticos.
Na sífilis em atividade a doença apresenta, habitualmente, altos títulos de VDRL (maiores ou iguais a 1/16). Esta condição ou a elevação de títulos do VDRL em quatro vezes ou mais, comparativamente ao último exame realizado, justificariam um novo tratamento para indivíduos previamente tratados.
A sífilis, quando bem tratada, tem cura. Como é uma infecção bacteriana, o tratamento consiste em injeções do antibiótico Penicilina Benzatina, conhecido popularmente como Benzetacil.
A sífilis não cura sozinha, não existindo uma cura espontânea dessa infecção. No entanto, após o surgimento da ferida, mesmo sem o tratamento, é possível que a pele cicatrize totalmente, mas isso não significa que houve uma cura natural da sífilis, mas sim uma progressão da doença.
A lesão inicial da sífilis primária manifesta-se como uma pequena elevação na pele nos órgãos genitais, que em poucas horas se transforma em uma úlcera, geralmente não dolorosa.
Quanto tempo demora para desenvolver neurossífilis?
Neurossífilis parenquimatosa (paresia geral ou demência paralítica) resulta de meningoencefalite crônica que provoca destruição do parênquima cortical. Em geral, desenvolve-se em 15 a 20 anos depois da infecção inicial, na maioria das vezes não afetando pacientes antes dos 40 ou 50 anos de idade.
Sífilis secundária: os sinais e sintomas aparecem entre 6 semanas e 6 meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés.
A sífilis é transmitida por meio das relações sexuais desprotegidas, sangue ou produtos sanguíneos (agulhas contaminadas ou transfusão com sangue não testado), da mãe para o filho em qualquer fase da gestação ou no momento do parto (sífilis congênita) e pela amamentação.
A análise de líquor por exemplo é uma os meios de descobrir algum tipo de alteração sugestiva de neurossífilis. Esse exame é realizado a partir da punção lombar onde o líquor cefalorraquidiano, também conhecido como LCR é retirado da coluna vertebral do paciente.
Fase primária: lesões genitais, anais ou orais. Fase secundária: lesões de pele, lesões genitais, perda de cabelo, mal estar, febre, aumento dos linfonodos (gânglios), falta de apetite, fraqueza. Fase terciária: tontura, dor de cabeça, perda de visão, perda de audição, perda de memória.
A sífilis terciária pode ocorrer após um ano do início da infecção, mas também pode demorar décadas para acontecer. Nesse estágio da doença, os sintomas de sífilis podem afetar diversas partes do organismo, incluindo o sistema nervoso central, os olhos, os ossos, o coração e a pele.