O pensamento de ser enganado, traído, é obsessivo, persistente, invade a mente do atormentado ciumento 24h por dia. Não dá paz, relaxamento, serenidade. Apenas o caos, a depressão, a insônia. Prejuízo no trabalho, na vida social, familiar.
Quando é algo imaginário, sem controle e acompanhado de um desejo obsessivo de controle total sobre os sentimentos e comportamentos do outro, ele pode ser considerado um ciúme patológico.
Afinal, quando exagerado, esse sentimento pode afastar os parceiros e, ainda, criar um relacionamento tóxico e abusivo. Dessa forma, apesar de o ciúme ser um sentimento intrínseco à natureza humana, quando em excesso, ele pode ser muito prejudicial, podendo levar a situações extremas, como agressão e autodestruição.
Esse sentimento acontece em maior intensidade do que quando o ciúme é normal, e causa muita tristeza e desconforto para a pessoa que o sente. Geralmente, o ciúme exagerado é causado pela insegurança, baixa autoestima, depressão ou ansiedade.
Ciúme, por que eu sinto e quais são as consequências? • Casule Saúde e Bem-estar
O que uma pessoa com ciúmes faz?
A pessoa extremamente ciumenta ou não confia o suficiente no parceiro ou tem autoestima baixa. Ela procura sabotar qualquer possibilidade do parceiro encontrar outra pessoa porque, na cabeça dela, indivíduos solteiros são ameaça. Esta conduta controladora gera brigas e discussões frequentes, desgastando a relação.
Pittman, 1994, p. 47. Freud fala em três níveis de ciúmes: o com- petitivo ou normal, o projetado e o delirante, cada qual com um grau diferente de inten- sidade e de mecanismos emocionais, culmi- nando numa patologia grave.
A neurociência, através de estudos e ressonâncias magnéticas, mostrou que o ciúme faz funcionar com mais intensidade uma parte do cérebro chamada córtex anterior cingulado (CAC), a mesma área ativada quando sentimos dores físicas.
O indivíduo com ciúmes patológico não confia em seu cônjuge e costuma vasculhar os pertences em busca de alguma prova que confirme a infidelidade. Nesse sentido, os hábitos mais comuns envolvem checar o celular do parceiro, perseguir, seguir, criar perfis fakes, entre outros comportamentos extremamente invasivos.
O termo "ciúme patológico" (CP) engloba uma ampla gama de manifestações (de reativas a delirantes) e diagnósticos psiquiátricos. Inclui os casos de ciúme sintomático, ou seja, quando é parte de outro transtorno mental (ex.: alcoolismo, demência, esquizofrenia).
A pressão causada pela desconfiança e a perda da individualidade que o ciúme doentio causa, podem levar uma pessoa à desenvolver depressão e transtornos de ansiedade graves.
A raiz do ciúme está no medo. É o medo da perda, o medo de ser enganado, o medo de ser desrespeitado que faz com que as pessoas sintam ciúme de seus parceiros. E, com ele, fiquem inseguros e desconfiados.
O psicólogo pode ajudar a trabalhar este sentimento, com exercícios para controlar o ciúmes e com ferramentas que auxiliam no autoconhecimento. Aos poucos o paciente consegue entender seus gatilhos, seus comportamentos e a origem desse sentimento.
O ciúmes é algo muito comum entre os brasileiros. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, em parceria com QuestionPro, mais da metade da população acredita que quem ama de verdade sente ciúmes. No entanto, apenas 10% das pessoas admitem vivenciar esse sentimento com frequência.
Ciúme patológico: saiba identificar as principais características. O ciúme não torna o relacionamento mais forte, pelo contrário: ele o envenena aos poucos. No caso do ciúme patológico, a outra pessoa é vista como posse do ciumento.
Ele começa a criar situações em que só ele acredita, dúvida do parceiro e até inverte a situação, fazendo com que o outro se sinta culpado ou inseguro. Não respeita a individualidade do parceiro: não entende que o outro precisa de um tempo para si e que fazer coisas separadas também pode ser benéfico e muito saudável.
Uma pessoa ciumenta e possessiva começa a ter comportamentos e mania de perseguição, como obter as senhas das contas das redes sociais, ver mensagens no celular e no computador, e até ir fisicamente atrás da pessoa para investigar “possíveis casos”. Este é um dos fortes sinais de que algo vai muito mal na relação.
O ciúme é uma emoção complexa que geralmente surge em resposta a uma ameaça percebida a um relacionamento valioso ou à insegurança sobre a perda desse relacionamento. Ele envolve uma combinação de sentimentos, incluindo medo, raiva, tristeza e desconfiança.
As causas do ciúmes podem ser variadas de acordo com as pessoas e as relações, mas sua base é sempre a questão de insegurança, falta de autoconfiança e baixa autoestima.
Qual o nome da doença quando a pessoa é muito ciumenta?
As pessoas que têm síndrome de Otelo sofrem com o delírio de que seus parceiros ou parceiras são infiéis. "A pessoa fica obcecada com a ideia de traição e infidelidade e tenta fazer de tudo para buscar provas que mostrem que ela está certa", explicou à BBC o psiquiatra Walter Ghedin.
O ciúme doentio gera necessidade de posse e controle do seu parceiro e, principalmente, o controle do comportamento e dos sentimentos daquela pessoa. Sendo assim, acaba causando sofrimento tanto para a pessoa que está sentindo quanto à pessoa que virou a vítima deste sentimento.
O ciúme é uma reação psicológica inerente e de defesa do ser humano. Consiste em um complexo conjunto de sentimentos que são ativados quando a pessoa se sente ameaçada a perder algo que possui. O ciúme é uma antecipação a uma possível situação de perda ou dano, seja ela real ou imaginária.
O ciúme projetado, segundo Freud, ocorre em virtude da própria infidelidade percebida na vida real ou de impulsos no sentido dela que sucumbiram à repressão. Ou seja, a projeção da infidelidade funciona como uma forma de aliviar os impulsos a infidelidade no companheiro a quem se deve fidelidade.
O ciúmes é um sentimento como qualquer outro. É algo familiar a quem sente, e parte imanente de tramas relacionais específicas. Pode indicar para quem sente, que a pessoa amada está emitindo comportamentos que geram insegurança ou medo de perda. Nesse sentido, pode sinalizar algo que está incomodando na relação.