Por retratarem um Jesus Cristo radicalmente diferente daquele presente nos evangelhos do Novo Testamento - Mateus, Marcos, Lucas e João, estes relatos acabaram sendo excluídos pela Igreja de seu texto sagrado quando se chegou a uma versão oficial do cristianismo.
O Evangelho de Tomé, frequentemente relegado às sombras dos textos canônicos, é uma joia rara da literatura cristã primitiva. Diferente dos evangelhos sinóticos, este manuscrito não narra a vida e os milagres de Jesus, mas sim concentra-se em seus ensinamentos, apresentando-os sob uma luz distinta.
O que são evangelhos apócrifos, textos que já foram condenados pela Igreja. Em tese, tudo aquilo que importa para o cristianismo sobre a vida de Jesus está contada em quatro textos não muito longos, atribuídos a quatro dentre os primeiros de seus seguidores: Mateus, Marcos, Lucas e João.
Porque o evangelho de São Tomé não está na Bíblia?
Por ser apócrifo, ou seja, não ter sido reconhecido como um ensinamento de Jesus Cristo, faz dele uma referência aos estudos gnósticos. Não existem dados biográficos do Mestre; mas sua principal característica refere-se à sequência de 114 ditos de Jesus.
Os protestantes rejeitam livros do Antigo Testamento por considerarem apócrifos, ou seja, de autoria duvidosa. São eles: Tobias, Judite, 1 e 2 Macabeus, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico e Baruc. Essa diferença se dá apenas no Antigo Testamento, sendo que há consenso no Novo Testamento.
Quando Martinho Lutero foi traduzir a Bíblia para o alemão, ele só considerou os livros escritos em hebraico. Sendo assim, os sete livros da Igreja Católica foram deixados de lado.
Por retratarem um Jesus Cristo radicalmente diferente daquele presente nos evangelhos do Novo Testamento - Mateus, Marcos, Lucas e João, estes relatos acabaram sendo excluídos pela Igreja de seu texto sagrado quando se chegou a uma versão oficial do cristianismo.
“Este é um Livro APÓCRIFO: em grego apókryphos, quer dizer oculto. Tal era o livro não lido em assembleia pública de culto, mas reservado à leitura particular. Apócrifo opõe-se ao canónico, pois canônico era livro lido no culto público, porque considerado Palavra de Deus inspirada aos homens.
A leitura destes livros não é proibida pela Igreja. No entanto, padre Xavier destaca que os fiéis que quiserem ler este material devem fazê-lo com certa cautela, conhecimento prévio do assunto tratado no livro e uma formação boa da doutrina católica.
Por meio de sua tradição, interpretada pelo Magistério, a Igreja nos deu a Bíblia como a temos hoje. Portanto, sem a autoridade da Igreja ela não pode ser interpretada, pois não existiria a Bíblia como a temos hoje.
Porque os evangélicos não aceitam os livros apócrifos?
O problema dos apócrifos é que eles não foram considerados autênticos pelas comunidades que no início do cristianismo deram seu aval à veracidade do que era contado.
Num dos episódios de The Chosen, pergunta-se a Tiago por que Jesus não o curou de sua deficiência. Ross disse que a cena mostra “a luta de seu personagem pela propria aceitação e contra suas inseguranças”, o que o levaria a “se dar conta de que nem todo mundo precisa ser curado.”
O livro de Enoque é um pseudoepígrafo, ou seja, algum espertinho escreveu e pôs o nome de Enoque. Enoque nunca escreveu uma única linha, provavelmente não existia escrita em sua época e se existisse, não resistiria ao dilúvio.
Os livros Apócrifos são muito estudados atualmente pelos teólogos, porque a sua narrativa ajuda a revelar fatos e curiosidades a respeito dos primórdios do cristianismo.
Evangelho de André – séculos II/III; Evangelho de Filipe – séculos II/III; Evangelho de Bartolomeu – séculos II/III; Evangelho de Barnabé – séculos II/III.
Inicialmente, o Livro de Enoque era aceito na Igreja Cristã, mas posteriormente foi excluído do cânone bíblico. Sua sobrevivência se deve ao fascínio de grupos cristãos marginais e heréticos, como os maniqueus, que cultivavam uma mistura sincrética de elementos iranianos, gregos, caldeus e egípcios.
Mas a sua intenção de alterar a Bíblia não se limitou ao Antigo Testamento. Lutero também queria tirar do Novo Testamento os livros de Hebreus, Tiago, Judas e o Apocalipse, pois ele os considerava menos “autênticos” ou “menos inspirados do que os demais”. No entanto, ele não teve sucesso nessa tentativa.
Judite (em hebraico: יהודית, hebraico moderno: Yəhudit, tiberiano: Yəhûḏîṯ; "Louvado" ou "judia"), a forma feminina de Judá. Judite é o nome de uma das duas esposas hititas de Esaú, no livro de Gênesis 26:34. Alegadamente, as duas esposas de Esaú eram um grande incômodo para seus pais, Isaque e Rebeca.
“Numa frase infeliz, Martinho Lutero chamou a carta de Tiago de “carta de palha” porque não servia para ilustrar sua exaltação da fé e da graça contra as obras da Lei, que supostamente mereceriam a salvação. Isso fez com que, na exegese sobretudo da Reforma, Tiago ficou na sombra.