Atualmente, as conseqüências da exclusão social acentuam a desigualdade tecnológica e dificultam o acesso ao conhecimento, aumentando o abismo entre ricos e pobres. Isso se deve, em grande parte, ao fator renda (SPAGNOLO, 2003).
Barreira ao estudo e ao conhecimento. A crise do coronavírus mostrou os efeitos da exclusão digital na educação: professores e alunos à margem por não terem acesso à tecnologia e às competências digitais suficientes. Também aumenta a ignorância ao limitar o acesso ao conhecimento.
Infraestrutura de conexão: problemas de amplitude, qualidade e distribuição do sinal e custo. Limitação de acesso a hardware: 58% dos usuários de internet possuem o celular como único meio de acesso. Deficiências do sistema educacional: a educação pode ser um caminho para a transformação digital.
O perfil da exclusão digital é principalmente formado por pessoas idosas, pessoas negras e com baixo nível de renda e indivíduos de zonas rurais. Observe alguns desses dados: A conectividade dos domicílios é maior na área urbana, sendo 82% das residências com internet, enquanto na área rural o índice é de 68%;
Quando se fala em desigualdade ou exclusão digital, são três os possíveis níveis. O primeiro é o do acesso, ou seja, daquelas pessoas que sequer tem acesso à internet ou a computadores. O segundo nível é o das habilidades para uso de computadores e internet, já que apenas o acesso não basta.
Exclusão digital: periferia sofre com falta de tecnologia
Quais as características da exclusão digital?
De forma mais abrangente, podem ser consideradas como excluídas digitalmente as pessoas que têm dificuldade até mesmo em utilizar as funções do telefone celular ou ajustar o relógio do videocassete, observando-se assim que a exclusão digital depende das tecnologias e dos dispositivos utilizados.
O termo exclusão digital diz respeito àqueles que estão desprovidos ou têm baixos níveis de acesso às tecnologias da informação e da comunicação, as TICs, ou aos seus benefícios. Isso pode acontecer de diferentes formas e níveis, que envolvem mais que o acesso a aparelhos eletrônicos.
Surge, assim, na era da tecnologia os “excluídos digitais”, crianças, jovens e adultos, que nunca viram ou sequer chegaram perto de um computador ou algum outro meio moderno de comunicação.
Quem tinha privilégios, continuava os tendo, com relação à tecnologia. Entretanto, o próprio meio tecnológico, principalmente a Internet, é uma forma de democratizar conhecimento e oportunidades. E foi para acabar com diferença, que surgiu a inclusão digital.
Como a exclusão digital pode afetar a participação cidadã?
Entretanto, os níveis de exclusão digital são alarmantes, contribuindo para a acentuação das desigualdades sociais, que interferem diretamente no exercício pleno da cidadania, gerando consequências impactantes, nos aspectos sociais, políticos, econômicos, educacionais e outros.
No Brasil, 36 milhões de pessoas não são usuárias da internet. Isso é o que constatou a pesquisa TIC Domicílios 2022, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
Os que não se adaptam aos recursos digitais acabam sendo, de certa forma, excluídos da sociedade contemporânea. Por isso, as pessoas da terceira idade estão buscando se habituar cada vez mais às novas tecnologias, tanto no uso das redes sociais quanto em conhecimentos básicos de informática.
Há uma relação intrínseca entre a exclusão social e a exclusão digital, uma vez que ambos os status acentuam ainda mais a vulnerabilidade de classes sociais menos favorecidas. Em paralelo a isso, a ausência e/ou o baixo nível de letramento digital é uma barreira imposta pelo descompasso social, econômico e tecnológico.
Quais os pontos positivos e negativos da inclusão e exclusão digital?
Quais os pontos positivos e negativos da inclusão e exclusão digital? Dentre os pontos positivos está a maior sociabilidade, menor índice de depressão, ganho na qualidade de vida dentre outros. Dentre os pontos negativos pode ser citada a vulnerabilidade de idosos para crimes cibernéticos como extorsão e estelionato.
Como a exclusão digital afeta o mercado de trabalho?
Esse abismo digital resulta em aumento da informalidade no mercado de trabalho, redução da produtividade, atraso no desenvolvimento humano e profissional e redução no acesso a serviços públicos oferecidos cada vez mais por meios digitais.
A exclusão seria um processo decorrente do desemprego, da pobreza, da estigmatização social, do isolamento, da ruptura, da ausência de redes de suporte etc., que atingiriam todos os indivíduos da sociedade, não somente as classes desfavorecidas.
A exclusão social é o processo por meio do qual os indivíduos pertencentes a determinados grupos são impedidos de acessar os bens e serviços que lhes possibilitam exercer plenamente seus direitos.
No Brasil, um quarto da população não tem acesso à Internet. Isso significa que 47 milhões de brasileiros estão fora da rede mundial de computadores. São os chamados excluídos digitais, dos quais 59% alegam que o alto preço do serviço é uma das barreiras de acesso à Internet.
“Assim como se concebem políticas direcionadas para os setores de habitação, saúde, educação, segurança pública e geração de emprego e renda, cabe aos governos federal, estadual e municipal desenvolver políticas de informação”, conclui.
O Estado que apresenta o maior grau de inclusão digital é o Distrito Federal, e o menos incluído é o Maranhão. Entre os mais incluídos temos: Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, e Paraná. Já entre os menos incluídos estão o Maranhão, Piauí, Tocantins, Acre e Alagoas.
Interação entre amigos e familiares com mais facilidade, comodidade e com menores custos. Profissionais com mais preparação e mais capacitados. Novas descobertas cientificas só foram possível com o grande avanço da tecnologia. Maior disseminação das informações.
Infraestrutura de conexão: problemas de amplitude, qualidade e distribuição do sinal e custo. Limitação de acesso a hardware: 58% dos usuários de internet possuem o celular como único meio de acesso. Deficiências do sistema educacional: a educação pode ser um caminho para a transformação digital.
Existem três tipos de infocentros: os comunitários, em parceria com entidades como associações de bairro; os municipais, em parceria com prefeituras; e os postos públicos de acesso à internet, em parceria com órgãos do próprio governo estadual, em locais onde circulam muitas pessoas.