Assim, a não amamentação ou amamentação sub-ótima pode favorecer o aparecimento de doenças alérgicas, diversas doenças do sistema imunológico, alguns tipos de cânceres, obesidade, diabete e doenças cardiovasculares, além de interferir negativamente no desenvolvimento oro-facial.
O desmame abrupto não é recomendável, pois pode gerar na criança um sentimento de rejeição e insegurança, causando um comportamento rebelde. Já para a mãe, a interrupção abrupta do aleitamento materno pode ocasionar ingurgitamento mamário, bloqueio de ducto lactífero e mastite, além de depressão.
(2010), o desmame precoce pode estar relacionado à problemas de vínculo na relação mãe-bebê e na constituição da maternidade, enquanto que o desmame tardio pode estar associado ao excesso psicoafetivo materno, revelando dificuldades na entrada de terceiros na relação mãe-bebê.
Depressão e tristeza são alguns dos sentimentos mais comuns, além do luto pela perda da amamentação e de mudanças hormonais. Há consequências físicas, também, como ingurgitamento mamário (mamas muito cheias e leite com sensação de empedramento), bloqueio do ducto lactífero e mastite (infecção das mamas).
A falta do aleitamento materno pode gerar vários problemas a saúde do bebê Leite, (2020) relata que diarreias são consequências desse desmame, e que em sua pesquisa os bebês que tem sua amamentação interrompida têm riscos maiores de 4.3 vezes mais alto de diarreia nos seus 4 e 5 meses de vida, e 2,1 maiores aos 5 meses ...
Sessão: "Dra Ana Heloisa responde"- O desmame traumático
O que o desmame causa na mãe?
Na mãe, o desmame abrupto pode precipitar ingurgitamento mamário, bloqueio de ducto lactífero e mastite, além de tristeza ou depressão, por luto pela perda da amamentação ou por mudanças hormonais. Muitas vezes a mulher se depara com a situação de querer ou ter que desmamar antes de a criança estar pronta.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno deve ser mantido, combinado a outros alimentos, até os dois anos. Mas é preciso esclarecer que não há um momento exato para o desmame.
Esta síndrome pode durar mais tempo do que uma a duas semanas, como se pensava anteriormente. Em um estudo concluiu-se que os sintomas duravam em média seis semanas, sendo que ¼ dos pacientes os referiu por um período de até 12 semanas.
Medicações contra náusea e tontura podem ajudar também. Esses sintomas de retirada costumam durar pouco tempo, alguns dias na maioria das vezes. Sugiro que converse com psiquiatra para o melhor manejo do seu caso.
Quando iniciar o desmame do bebê? A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que o bebê seja amamentado com leite materno até os 2 anos de idade. Até os seis meses, inclusive, o recomendado é que a alimentação seja feita somente com leite materno, sem nenhum outro tipo de alimento envolvido.
É importante lembrar que esse processo pode envolver choro, mas o choro acolhido não é danoso (diferente de deixar a criança chorar sozinha até parar). Se você realmente quer encerrar o processo, precisa ser firme pois o vai e volta pode confundir a cabecinha da criança.
É um processo gradual em que mãe e bebê precisam se adaptar e, na maioria das vezes, é delicado, pois significa o fechamento de uma etapa na vida dos dois. Algumas mulheres se sentem culpadas, inseguras, com medo de que a criança sofra nessa fase e até mesmo sentir o desmame como um afastamento muito grande.
O leite "parado"na mama não "estraga". O que pode acontecer é sua produção ter diminuído, mas com a volta da sucção, o organismo entende que deve voltar a produzir.
Nos primeiros dias do desmame, a orientação é ordenhar as mamas se houver excesso de alimento, mas não retirar todo o leite, para não estimular uma alta produção. Com a introdução de outros alimentos como frutas, papinha e sucos na alimentação do bebê, é natural que a oferta do seio se torne mais espaçada.
Realizar o desmame de forma abrupta não te fará bem, pelo ingurgitamento, dor e até infecção, e também não fará bem ao seu bebê, que sentirá a mudança. Caso esse processo seja feito muito rapidamente, a criança pode sentir e refletir isso em seu comportamento, com ansiedade, raiva, despertares.
A síndrome de retirada dura poucos dias, não costumando ultrapassar uma semana. Como ela é muito desagradável, convém falar com o médico prescritor, para verificar a possibilidade de uma reintrodução provisória do remédio ou outra medida para diminuir o sofrimento.
A perda de peso é comum em alguns casos, mas muitas mães também podem engordar; por isso, é um período que exige cuidados com bem-estar e alimentação saudável.
O aleitamento materno é uma das prioridades do Governo Federal. O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos.
Quanto tempo leva para secar o leite materno depois do desmame?
O período de 40 dias após o fim da amamentação é considerado comum para o leite secar naturalmente mas algumas mães relatam conseguir extrair pequenas quantidades de leite muito depois de seu filho ter parado de mamar.
Crianças que mamam adoecem menos e passam menos tempo doentes quando isso chega a acontecer. O tão temido efeito de não comer nada quando está doente também pode ser reduzido pelo aleitamento materno, visto que é comum as crianças recusarem tudo nesse momento, mas a criança raramente recusará o seio da mãe.
Quanto tempo para o bebê se acostumar com o desmame?
Quando o seu bebé parar de mamar, o FIL diz ao seu corpo para abrandar a produção, mas pode demorar alguns dias, ou mesmo semanas, até os seus seios se adaptarem.
Quando a criança mostrar sinais que não quer mais mamar, esse é o momento ideal para respeitar a fase de desenvolvimento que a criança se encontra. A mãe pode então iniciar o processo do desmame, sempre respeitando a vontade da criança em relação à amamentação.