A primeira é a forma humana, seja intencional ou criminosa. A segunda é a causa natural, que seriam os raios. Percebemos um padrão que, de todos os incêndios que acontecem no Brasil, cerca de 1% é originado por raio. Todos os outros 99% são originados de ação humana.
Eletricidade: a maior causa de incêndios no Brasil. Segundo o Corpo de Bombeiros do estado de São Paulo, a eletricidade é a maior causa de incêndios em residências e empresas no Brasil. Os curtos-circuitos são grandes motivadores de incêndios, podendo ocorrer devido a instalações malfeitas, fiação antiga ou sobrecarga.
O fenômeno é possível devido ao avanço de uma frente fria e à presença de fuligem dos incêndios florestais, afetando principalmente o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com possível expansão para o sul do Mato Grosso do Sul e o Sudeste.
Queimadas no Brasil. As queimadas que atingem a Amazônia, Cerrado e Pantanal e enchem o céu do país de fumaça são causadas pela ação humana, para renovação de pasto ou para o avanço do desmatamento. A impunidade e o dinheiro que segue fluindo para os setores que desmatam contribuem para que este problema continue.
Antes de o fogo atingir terras paulistas, no entanto, as queimadas em biomas como o Pantanal e o Cerrado já haviam batido recordes em 2024 — outras regiões, como a Amazônia, também registraram aumento em relação a anos anteriores. Por trás desse cenário estão fatores climáticos extremos e a ação humana.
Causas e consequências dos incêndios florestais no Brasil - Guia da Floresta
Porque estão colocando fogo no Brasil?
Queimadas sempre ocorreram no País ao longo de pelo menos os últimos 30 anos, e elas eram fruto do desmatamento para abertura de novas áreas agrícolas e para pecuária no Cerrado e na Amazônia. Mas 2024 será lembrado como o ano em que esta questão superou os limites.
No Brasil há uma grande quantidade de queimadas, principalmente nos biomas Amazônia e Cerrado. Alguns fatores têm agravado esse cenário, como o aquecimento global e o desmatamento. Um estudo feito pela ONG MapBiomas observou mais de 150 mil imagens de satélites com dados de queimadas entre 1985 e 2020.
“De todos os incêndios que acontecem no Brasil, cerca de 1% é originado por raio. Todos os outros 99% são de ação humana”, afirma. A pesquisadora é responsável pelo sistema Alarmes, um monitoramento diário por meio de imagens de satélite e emissão de alertas sobre presença de fogo na vegetação.
O fogo está intimamente ligado ao desmatamento, pois é a forma mais barata e rápida de “limpar” áreas recém-desmatadas. Por muitos anos, a relação entre as duas ações era direta: quanto mais alta era a taxa de desmatamento, maior o uso do fogo na região, e vice-versa.
Parte dos incêndios deve ser decorrente de uma perda de controle acidental do fogo, durante o manejo feito por moradores locais. Além das mudanças climáticas, as queimadas no Pantanal também estão associadas à ação humana na Bacia do Alto Paraguai (BAP).
Políticas públicas ineficientes e ineficazes devem ser revistas para que se tenha espaço orçamentário para implementação das ações relacionadas ao manejo integrado do fogo. Em resumo, a culpa pelo problema das queimadas em 2024 é dos governos estaduais e federal.
Essa fumaça é proveniente de queimadas do Pantanal, Amazônia, Cerrado e também de países vizinhos como a Bolívia, Paraguai e Argentina", afirma a Climatempo. Inclusive, segundo a empresa de meteorologia, o centro-norte da Argentina também está com bastante fumaça.
O aumento de temperatura devido às mudanças climáticas globais vem se tornando um fator importante na ampliação dos focos de incêndio no Brasil e no mundo.
O fogo surge da combinação simultânea de um combustível, o calor e o oxigênio. Quando uma substância combustível se aquece, em determinada temperatura crítica, ela se inflamará e continuará queimando enquanto houver combustível, temperatura adequada e oxigênio no ambiente.
O fogo é o meio mais eficiente para os ruralistas escaparem à fiscalização do Ibama. Além disso, os desmatadores têm vantagens na Bovespa, que canaliza R$560 bilhões do agronegócio e que não conta com mecanismos de punição para crimes ambientais.
⛅ Essas grandes nuvens de fumaça são provocadas por queimadas e podem se estender por milhares de quilômetros. Elas são conhecidas como plumas de fumaça e são capazes até de encobrir o sol, como ocorreu no meio da tarde.
Estiagem prolongada, altas temperaturas, ondas de calor, baixa umidade relativa do ar, ventos intensos, uma combinação que favorece o surgimento de incêndios florestais, que se espalham pelo país deixando um cenário desolador. Literalmente 'O Brasil está pegando fogo! ' e coberto pela fumaça.
O estado do Amazonas já contabilizou 19.478 focos de incêndio desde o início de 2024, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os incêndios são muitas vezes ligados às atividades econômicas, iniciados por agricultores em áreas de pastagens, para renovação de pastos, e por grupos que causam desmatamento para eliminar vegetação rasteira e retirada de madeira para comercialização.
As queimadas na Amazônia são causadas pela ação humana. A motivação é principalmente econômica, com foco na abertura de novas áreas produtivas para o agronegócio. O número de queimadas registrado no primeiro semestre de 2024 é o pior em 17 anos.
A ocorrência de incêndios no Brasil está intimamente ligada a atividades humanas e econômicas. Esses eventos são mais comuns nas estações mais secas do ano no país, especialmente no final do inverno, quando a vegetação mais seca de biomas como o Cerrado favorece a ocorrência de incêndios.
Primeiramente, a seca extrema. A estiagem prolongada que atinge a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado cria o cenário perfeito para a propagação do fogo. O aumento das temperaturas globais, impulsionado pelas mudanças climáticas, tem intensificado esses períodos de estiagem, secando rios, matas e florestas.
Pode ser um acidente, pode ser um descuido, mas normalmente é alguém colocando fogo de maneira intencional para destruir a natureza, para prejudicar o meio ambiente. São pessoas que colocam fogo, ou por vandalismo, ou por sadismo de ver a floresta pegando fogo, ou simplesmente para destruir a floresta", afirma.
Autor do livro Amazônia: riqueza, degradação e saque, o especialista destaca que a agropecuária, a mineração e o setor madeireiro são as principais atividades que contribuem para o desmatamento da Amazônia e que a grilagem de terra alimenta essa exploração econômica.
Já em 2024, no mesmo período, foram 503,5 km², redução de quase 60 km². É o menor índice para o mês desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa.