A cidade maranhense de Codó (Brasil) é conhecida como "capital da macumba", pois de acordo com os idosos, a cidade teria sido fundada por praticantes de cultos afro-brasileiros. Esta conta com a maior porcentagem de terreiros pela área da cidade no Brasil.
Novamente o Rio Grande do Sul apareceu como o Estado com o índice mais elevado de indivíduos que se declararam pertencentes às religiões afro-brasileiras. Desta feita, o Rio Grande do Sul também aparece como recordista nacional em números absolutos de indivíduos vinculados às religiões afro-brasileiras.
A Bahia, em particular, é considerada o berço do candomblé no Brasil, com Salvador sendo um importante centro cultural e religioso para a religião. Os terreiros de candomblé, também conhecidos como casas de culto, são os locais onde os rituais são realizados e onde os praticantes se reúnem para celebrar os Orixás.
Códo: o município com o maior número de terreiros de umbanda do Brasil
Onde o candomblé é mais praticado?
Uma das religiões africanas mais praticadas no mundo, seus seguidores se espalham pela América e pela Europa, mas é no Brasil que está o maior número de praticantes do Candomblé.
Mas surpreendente é a força das religiões afro-brasileiras. Apesar de ser o segundo Estado mais branco do país, o Rio Grande do Sul tem a maior proporção nacional de adeptos da umbanda e do candomblé - 1,47%, quase cinco vezes o percentual da Bahia.
A população brasileira é majoritariamente cristã (87%), sendo sua maior parte católico-romana (64,4%). Herança da colonização portuguesa, o catolicismo foi a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico.
É possível afirmar que a macumba e a umbanda se formam no início do século XX nos centros urbanos, em especial no Rio de Janeiro e São Paulo. histórico importante para a sociedade brasileira, uma vez que, em 1888, há a abolição da escravidão e no ano seguinte, 1889, é decretada a República.
Na árvore genealógica das religiões africanas, macumba é uma forma variante do candomblé que existe só no Rio de Janeiro. O preconceito foi gerado porque, na primeira metade do século 20, igrejas neopentecostais e alguns outros grupos cristãos consideravam profana a prática dessas religiões.
Babalorixá ou babaloxá, também conhecido como pai de santo, pai de terreiro, ou babá, é o sacerdote das religiões afro-brasileiras. Seu equivalente feminino é a ialorixá ou mãe de santo.
A religião surgiu em 15 de novembro de 1908, quando o médium Zélio Fernadino de Moraes incorporou pela primeira vez o “Caboclo Sete Encruzilhadas”, numa sessão espírita da Federação Espírita, em Niterói.
Por isso, para a Umbanda, uma religião genuinamente brasileira, Jesus é o equivalente a Oxalá, o criador. A figura de Jesus, em termos históricos, por mais que sua santidade seja dependente de cada fé que cada um tiver, possui uma relevância histórica muito grande.
Os umbandistas acreditam na existência de um deus soberano chamado Olorum (equivalente a Olódùmarè). Eles também creem na imortalidade da alma, na reencarnação e no carma, além de reverenciar entidades, que seriam espíritos mais experientes que guiam as pessoas.
Os exus mais evoluídos são chamados de "Exus cabeças/chefes de legião", e comandam uma legião espiritual. São eles: Exu Sete Encruzilhadas- serventia direta de Oxalá. Exu Tiriri - serventia direta de Yori.
O Rio Grande do Sul é o estado que tem mais casas de terreiros no país, chegando próximo a 65 mil. Também é apontado como um dos mais racistas do país, o aparece quando falamos dos povos tradicionais de matriz africana.
Além do Rio, apenas dois estados do Brasil não têm maioria católica: Rondônia (47,55%) e Roraima (49,14%). No Nordeste, por outro lado, os católicos formam uma ampla maioria, correspondendo a 72% da população, segundo o Censo de 2010.