A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais conhecida como infecção generalizada.
A sepse é conhecida como infecção generalizada ou septicemia. Apesar de muitos acreditarem, na verdade, ela não é uma infecção que se espalha por todo o organismo ou que está no sangue da pessoa.
O choque séptico, por sua vez, é a fase mais grave da sepse, caracterizado pela queda brusca da pressão sanguínea, que não consegue ser restabelecida mesmo com a administração de líquidos por via intravenosa.
Na sepse, os pacientes tipicamente têm febre, taquicardia, diaforese e taquipneia; a pressão arterial permanece normal. Outros sinais da infecção causadora podem estar presentes.
Na maioria das vezes, a sepse é causada por infecção com certos tipos de bactérias. Raramente, fungos, tais como Candida, causam sepse. Infecções que podem levar à sepse começam mais comumente nos pulmões, abdômen ou trato urinário. Na maioria das pessoas, essas infecções não levam à sepse.
SEPSE ou SEPTICEMIA - Infecção generalizada | Biologia com Samuel Cunha
Quem tem sepse sente dor?
Podem ocorrer, também, contraturas das articulações, causando dor crônica. Em relação à saúde mental, os pacientes podem apresentar dificuldade de concentração, alteração de memória, dificuldade de recordar fatos recentes de sua vida e redução na velocidade de raciocínio.
O tempo médio de permanência foi 6 (3-11) dias e a taxa de mortalidade foi 31,1%: 6,1% para SIRS não infecciosa, 10,1% para sepse, 22,6% para sepse grave e 64,8% para choque séptico.
Em alguns casos, o quadro de sintomas pode ser confundido com uma virose mais forte, o paciente volta para casa e morre em questão de horas. Instituições de saúde e médicos devem se conscientizar sobre a gravidade dessa patologia, que é comum, mas desprezada”, lamenta o médico.
Assim como o infarto do coração ou um acidente vascular encefálico, o timing de diagnóstico e tratamento da sepse é fundamental para saber como o paciente vai se recuperar. Ou seja, se você faz o diagnóstico rapidamente e o paciente é tratado no intervalo de poucos minutos ou horas, ele tem mais chance de sobreviver.
O diagnóstico da sepse é feito com base na identificação do foco infeccioso e na presença de sinais de mau funcionamento de órgãos. Não há exames específicos, mas há exames voltados para a identificação da presença de infecção, além de hemograma para a identificação do foco, radiografia de tórax e exames de urina.
Quais os tipos de infecção que podem evoluir para sepse? Qualquer tipo de infecção, leve ou grave, pode evoluir para sepse. As mais comuns são pneumonia, infecções abdominais e infecções urinárias. Por isso, quanto menor o tempo com a infecção, menor a chance de surgimento da sepse.
Na forma mais grave, o choque séptico, alguns órgãos param de funcionar e a pessoa morre. No Brasil, metade dos pacientes que têm choque séptico sobrevive.
É possível sobreviver a uma infecção generalizada?
A mortalidade por Sepse ou Infecção Generalizada no Brasil é especialmente alta. Enquanto a média de mortalidade mundial é de 30-40%, aqui é de 65%. No caso de pessoas que já estão internadas no hospital, a sepse costuma ser causada pelas Superbactérias (Infecções Hospitalares).
Anteriormente, a sepse era definida como uma infecção associada a pelo menos duas das seguintes condições: Temperatura corporal elevada ou baixa. Frequência cardíaca elevada. Frequência respiratória elevada.
Staphylococcus aureus: entenda o que é a bactéria que pode causar sepse, a infecção generalizada. Os estafilococos são comuns, mas quando afetam pessoas com baixa imunidade podem ser letais. Febre, mal-estar, dores no corpo, cansaço excessivo e vômitos são sinais de alerta.
Não. A sepse em si não é algo que possa ser transmitido de uma pessoa para outra. A sepse é o agravamento de uma infecção previamente estabelecida. É, por exemplo, uma infecção urinária ou uma pneumonia que está evoluindo de forma perigosa e se espalhando pelo corpo.
Incapacidades físicas, cognitivas e de saúde mental são muito frequentes entre pessoas que estão se recuperando da sepse. Estas incapacidades são tipicamente duradouras, subdiagnosticadas e trazem um grande impacto na qualidade de vida tanto do paciente quanto de seus familiares.
Com o objetivo de combater a infecção, o organismo provoca mudanças na temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, contagem de células brancas do sangue e na respiração. Sem o tratamento adequado, pode haver parada cardíaca e falência múltipla dos órgãos levando à morte.
A infecção, nesses casos, pode limitar-se a um único órgão, entretanto, gera uma resposta inflamatória em todo o organismo, o que pode levar ao comprometimento de outros órgãos e, em alguns casos, levá-los à falência. A sepse é a principal causa de morte por infecção no planeta.
A sepse surge quando a resposta do corpo a uma infecção causa danos aos seus próprios tecidos e órgãos. Pode levar ao choque, falência de múltiplos órgãos e morte – especialmente se não for reconhecida precocemente e tratada prontamente.
Dois grupos de pesquisadores caracterizaram falhas de compreensão e de memória que diminuem a qualidade de vida após a sepse. A doença também pode iniciar quadros de demência e tornar as pessoas mais suscetíveis a infecções por vários anos.
Sepse tem cura? A sepse possui cura, mas por se tratar de uma doença complexa e potencialmente rápida, precisa ser tratada rapidamente, pois pode levar ao choque séptico, em que há queda drástica da pressão arterial e aumento do lactato no sangue, podendo levar à falência múltipla de órgãos e inclusive à morte.