Ao realizar o primeiro teste da bomba atômica, Julius Robert Oppenheimer disse: "Agora, eu me tornei a morte, o destruidor de mundos"; conheça a origem do verso! Recentemente, foi disponibilizado no catálogo do Amazon Prime Video o filme dirigido por Christopher Nolan, 'Oppenheimer'.
Logo a seguir, duas bombas foram lançadas contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, entre 6 e 9 de agosto de 1945, causando entre 150 e 250 mil mortes. “Agora eu me tornei a Morte, o destruidor de mundos” — com essa frase J. Robert Oppenheimer demonstrou todo seu arrependimento pela criação da bomba atômica.
Disse a Oppenheimer que, "se este era o prêmio que os Estados Unidos estavam oferecendo a você, você deveria dar as costas". No entanto, Hobson afirmou que Oppenheimer "amava a América" e que seu amor "era tão profundo quanto seu amor pela ciência". "Einstein não entende", disse Oppenheimer a Hobson.
“Vishnu [uma das principais divindades do hinduísmo, encarnado como Krishna] tenta convencer o príncipe [Arjuna] a cumprir com sua missão. Para impressioná-lo, ele assume sua forma com múltiplos braços e diz: 'agora, eu me tornei a morte, o destruidor de mundos'.
Apesar de aparentemente simples, a frase que conclui o filme é uma das que possuem o maior peso. A revelação do poder atômico desencadeou uma reação em cadeia que durou décadas e foi responsável pelo desenvolvimento de armas cada vez mais poderosas — levando o mundo para um caminho sombrio sem escapatória.
Robert Oppenheimer - "Tornei-me a Morte, a Destruidora dos Mundos"
O que Einstein disse a Oppenheimer no final do filme?
"Se eu soubesse que os alemães falhariam na construção da bomba atômica, não teria participado da abertura dessa caixa de Pandora” é uma das frases mais impactantes ditas pelo físico alemão Albert Einstein após seu apoio ao Projeto Manhattan, liderado por J. Robert Oppenheimer.
Vale lembrar que a preferência dele era frequentar palestras ou ler. Assim, no final do outono de 1925, em uma ação imprudente, ele optou por envenenar a maçã que se encontrava na mesa do professor, para causar um mal-estar.
Um dos acusados de Oppenheimer é o seu colega Teller, o descobridor da bomba de hidrogênio, que alega não entender com clareza as atitudes do pai da bomba atômica, julgando a sua conduta “confusa e complicada”. E Oppenheimer foi condenado porque um outro cientista não conseguia entende-lo.
Ele apelidou seu carro de Garuda, o pássaro montaria do deus hindu Vixnu. Oppenheimer nunca se tornou um hindu no sentido tradicional; ele não se juntou a nenhum templo nem rezava para nenhum deus. "Ele ficou realmente encantado com o charme e a sabedoria geral do Bhagavad-Gita", disse seu irmão.
Robert Oppenheimer, o físico teórico e diretor científico do Projeto Manhattan, que liderou o desenvolvimento da primeira bomba atômica, tinha um QI estimado de cerca de 160.
Einstein é lembrado por dizer que Oppenheimer era "um homem extraordinariamente capaz, com uma educação multidisciplinar" que ele admirava "por sua pessoa, não por sua física".
Oppenheimer perdeu sua licença para trabalhar como cientista em programas governamentais e foi acusado publicamente de deslealdade aos Estados Unidos, sendo tachado como um risco à segurança norte-americana por sua proximidade com os ideais comunistas. Ele foi inocentado, mas sofreu as consequências da acusação.
Oppenheimer também disse que não imaginava, até aquele momento, um caminho diferente durante o conflito mundial. O fim da guerra por este meio, certamente cruel, não foi empreendido levianamente", afirmou ele. "Mas não estou, até hoje, confiante de que um caminho melhor estivesse aberto".
Sempre pronto para vencer desafios intelectuais, Oppenheimer falava seis idiomas, além do inglês nativo: grego, latim, francês, alemão, holandês (que ele estudou em seis semanas para dar uma palestra em Leiden, na Holanda) e sânscrito, pois gostava da literatura hindu, como conta o National Park Service.
O consenso parece ser o de que Oppenheimer tinha capacidade intelectual de sobra para levar um Nobel para casa, mas suas realizações como cientista não ficaram à altura dessa possibilidade –por pouco.
O evento trouxe à sua mente palavras de uma passagem hindu: “Agora eu me tornei a morte, o destruidor de mundos”. J. Robert Oppenheimer: "I am become Death, the destroyer of worlds."
2- O que significa a palavra Oppenheimer? Como explicado acima, o título do filme toma emprestado o sobrenome do físico, filho de imigrantes alemães. Embora o sobrenome, por si só, não tenha um significado maior, curiosamente, há uma cidade chamada Oppenheim na Alemanha, muito conhecida pela cultura de vinhos.
Inicialmente, o longa, que conta a história da criação da bomba atômica, havia causado polêmica e sido vetado no país em respeito às vítimas dos bombardeamentos das cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial.
A espionagem soviética dentro do Projeto Manhattan mudaria a história. No final da Segunda Guerra Mundial, os espiões de Stalin haviam fornecido os segredos da bomba atômica para o Kremlin, o que acelerou o projeto da bomba de Moscou.
Ao final, Oppenheimer foi inocentado da acusação de ser um colaborador dos soviéticos, mas teve sua licença de segurança revogada (perdendo o acesso a informações confidenciais e não podendo mais participar de projetos que envolviam segredo de estado).
Hoje o Laboratório Nacional de Los Alamos ainda serve como centro de estudos da Administração Nacional de Segurança Nuclear, entretanto, os mais curiosos podem visitar algumas das dependências da cidade que uma vez foi secreta, explica o House Beautiful.
Fumante inveterado, o físico apresentou diversos problemas de tuberculose ao longo da vida. Morreu em 18 de fevereiro 1967, vítima de um câncer de garganta. Outros detalhes da vida e da história de Julius Robert Oppenheimer podem ser conferidos no site do Estadão.