O diálogo é, em suma, uma conversação entre pessoas, na qual trocam-se idéias, com o intento de chegar-se a um bom entendimento, partindo da análise de um problema comum, configurando assim um processo colaborativo de investigação e reconhecimento do outro como detentor de saber.
Pela troca de argumentações e objeções, o diálogo permite a cada um escapar da particularidade de sua opinião e ascender ao saber. O caminho da razão é assim libertador. O diálogo, que põe os interlocutores num mesmo plano e instaura entre eles uma comunidade de pensamento.
Os diálogos são um dos elementos mais básicos de qualquer roteiro. Eles não apenas conduzem a narrativa, mas também dão vida aos personagens e criam conexões emocionais com o público. Diálogos bem escritos podem tornar um filme emocionante e impactante.
O diálogo permite-nos (e deve) desempenhar funções como: Mostrar em vez de contar – A interacção entre as personagens permite-nos antever situações e abordar temas, evitando o abuso da narração expositiva. As personagens tornam-se reais quando agem e falam, ajudando a cativar o leitor.
A capacidade de se dirigir e de responder ao outro, como igual, estabelecendo assim uma relação, e o comunicar com o outro através da linguagem permite o acesso ao pensamento e à representação. O diálogo é a troca de ideias e é onde se formam também algumas ideias.
Roteiro é o embrião de um filme. É um texto narrativo, estruturado em cenas ou sequencias numeradas, que contem a descrição das personagens, de suas ações e diálogos, a descrição dos cenários, as imagens e sons necessários para contar uma história.
Uma das funções do diálogo é conectar o leitor às personagens da história. Muitas vezes o leitor pode encontrar uma certa dificuldade em se conectar com as personagens presentes em uma determinada obra.
Além disso, promove a construção de habilidades sociais, como formar grupos, ouvir os outros e construir sobre as ideias dos colegas. Outro aspecto importante do diálogo é o valor do “ócio produtivo”, ou seja, momentos de relaxamento e descontração em que as conversas informais podem florescer.
Assim, o diálogo estimula a reflexão, a necessidade de confrontar ideias e de se posicionar diante de assuntos difíceis, contribuindo para a resolução de problemas e para o desenvolvimento moral dos pequenos. “Quando dialogo, aprendo sobre mim, sobre o outro e sobre tudo.
Dialogo é: Uma conversa entre duas ou mais pessoas onde deverá sempre ocorrer uma troca de ideias para se chegar a um bom entendimento; Obra literária ou cientifica em forma de conversação; Alternância de dois factores complementares um do outro.
O diálogo, por isso mesmo, não nivela, não reduz um ao outro. Nem é favor que um faz ao outro (FREIRE, 1993a, p. 118). Nesse sentido, o diálogo tanto possibilita o crescimento do sujeito como ser humano quanto democratiza as relações intersubjetivas.
O Diálogo é mais do que uma técnica: é uma maneira de conduzir conversações que traz uma nova visão de mundo, de relacionamentos e de processos. Ao mesmo tempo, retoma práticas ancestrais de contato e de integração de grupos.
É através da conversa que as pessoas podem se conhecer e se entender melhor. Além disso, o diálogo também é importante para a educação, pois é através dele que as pessoas podem aprender uns com os outros e trocar experiências. No Path sempre procuramos trazer a diversidade de ideias para chegarmos em um ponto comum.
Através do diálogo constante entre família e escola, é possível compreender melhor as crianças, suas vivências, abrangendo suas potencialidades, gostos e suas dificuldades. A relação dialógica, contribuirá para aprimorar o processo de “cuidar e educar” os educandos.
Os diálogos não se limitam a revelar a personalidade mas servem também para caracterizar os personagens, o que é uma quarta função. Fazem isso não apenas através do que os personagens dizem, e do que escondem, mas também da forma como o dizem.
Diálogos cumprem papel fundamental em uma narrativa. A técnica do discurso direto é a representação literal da fala dos personagens, diferentemente do discurso indireto, em que a fala é absorvida pelo narrador, que a transmite em suas próprias palavras.
Sem verbo dicendi ou sentiendi, o diálogo deve ser pontuado (com ponto final, exclamação, interrogação ou reticências) e o trecho narrativo comum, segue com letra maiúscula. Aqui, a vírgula após o fechamento das aspas não será necessário. Exemplo: “Vamos dar uma volta?” Começou a andar rumo à calçada.
É importante lembrar que um roteiro não conta uma história, ele mostra uma história. Por isso, um roteirista precisa criar ações que imageticamente traduzam o que ele quer dizer. Por exemplo, não é no roteiro que você irá descrever minuciosamente um jardim. Você precisa dizer o que acontece no jardim, qual a ação.
O roteiro organiza em cenas e sequências as imagens e sons que irão construir o discurso do filme, em conformidade com o que foi concebido e apresentado no argumento. E deve apontar como personagens, objetos, estratégias de abordagem – entrevistas, material de arquivo, narração, etc.
É possível identificar a concepção de que se trata de uma conversa entre duas pessoas (alusão ao prefixo “di-”), de ser sinônimo de um debate “amigável” entre pessoas de posições divergentes, de ser um caminho para a busca de consensos, entre outras.
Um bom diálogo é para a saúde pessoal e relações interpessoais satisfatórias como a respiração é para a vida. Diálogo não é a princípio falar e sim PARTICIPAR com todo nosso corpo. A maneira como nos comunicamos não é nata, nós a aprendemos. Uma comunicação efetiva e congruente pode ser ensinada e aprendida.