Atualmente, vivemos em um mundo com grande presença do efêmero e valorização excessiva da aparência – o que pode ser interpretado como manifestação de um vazio existencial. A reflexão sobre a morte, portanto, pode colaborar com uma consciência diferenciada da vida e do significado de estarmos no mundo.
A lembrança da morte nos dá forças para lutarmos contra uma doença e vencê-la. E nos ensina a viver sem grandes amarras ou preocupações que tiram nossa alegria a cada dia. Melhor seria se não precisássemos passar por ela ou por suas saudades para tal. Mas, se necessário, que a gente saiba aproveitar a vida.
Morreu a forma que aprendemos de nos relacionar e demonstrar nossos sentimentos. Morreu nossa forma de viver socialmente, de nos movimentar no mundo; morreu parte de nossa liberdade. Choramos o luto das pessoas que perdemos e da vida que agora vamos precisar redescobrir como viver.
Em que sentido pensar na morte pode nos ajudar a viver melhor?
Pensar sobre a morte nos ajuda a viver sem ficar distraído, nos faz questionar o que realmente tem valor e qual LEGADO vamos deixar para as futuras gerações. Outra reflexão legal foi a analogia entre a vida e o castelo de areia que as crianças constroem na praia.
Assim como o nascer, a morte faz parte do processo de vida do ser humano. Portanto, é algo extremamente natural do ponto de vista biológico. Entretanto, o ser humano caracteriza-se também e, principalmente, pelos aspectos simbólicos, ou seja, pelo significado ou pelos valores que ele imprime às coisas.
Falar sobre morte ainda é um tabu na sociedade, mas é necessário falar sobre isso tanto de forma preventiva, isso é, antes de acontecer algo e também após o falecimento de um ente querido, no momento do luto deve-se respeitar os sentimentos e as reações pessoais de cada pessoal e deve-se ter em mente que nem todos ...
Qual é o sentido existencial da reflexão sobre a morte?
Portanto, a morte é algo que o homem ainda não assimilou como natural e da qual não é possível se esquivar, pois ninguém é imortal. É algo que choca e amedronta a todos, pois a morte é tida como um fim de tudo aquilo que se criou em vida. A vida é percebida pelo homem através de seu significado.
Além de nos tornar mais punitivos, pensar na morte nos torna mais nacionalistas, mais preconceituosos e reforça atitudes paroquiais. Os estudos mostram que sermos lembrados da morte reforçam os laços com os grupos a que pertencemos, em detrimento das pessoas que são diferentes de nós.
O ideal é ir aprendendo a viver bem, apesar da ausência de quem partiu. Ao conversar sobre este tema, também nos cuidamos e valorizamos a vida como nosso bem maior. Da mesma forma que nascemos e vivemos, a morte é um fato natural que complementa os ciclos da vida.
Os dicionários definem a morte como a cessação definitiva da vida, especialmente a humana, fim da existência de qualquer ser ou ente da natureza. Mera e inevitável interrupção do ciclo vital. Os dois enfoques básicos sobre a morte repousam sobre a ciência e sobre a religião.
Mais especificamente, a morte ocorre quando uma entidade viva experimenta o fim irreversível de todo o funcionamento. No que se refere à vida humana, a morte é um processo irreversível em que alguém perde sua existência enquanto pessoa.
Ao falecer, o homem volta ao pó da terra e o fôlego da vida retorna para Deus, de onde saiu, ou seja, o seu criador. Podemos ler sobre isso em Ezequiel 18:4, que diz: “Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá”.
"A morte é algo que não controlamos e que nos leva para um lugar desconhecido, por isso ainda há uma certa resistência em falar dela. Mas fugir é nocivo, contribuindo até para a piora da saúde mental", diz Valeria Tinoco, psicóloga especialista em luto, sócia-fundadora do Instituto Quatro Estações de Psicologia.
Não existe uma “alma que sai do corpo” quando a pessoa morre, e nem mesmo uma “alma penada” fora do corpo. O que acontece é a cessação da vida, quando o pó volta à terra, de onde veio, e o espírito volta a Deus, que o deu (Eclesiastes 12: 7).
É importante fazer uma avaliação psicoterápica e caso se confirme depressão a indicação de acordo com os resultados, se forem muito alterados, procurar um psiquiatra. Você pode fazer neste caso, psicoterapia com um psicologo e se necessário, integrar com psiquiatra no acompanhamento medicamentoso.
O que pode ser? Esses sintomas que você está descrevendo são sugestivos de crises de ansiedade, mais especificamente crises de pânico. São decorrentes de um desequilíbrio neuroquímico e podem aparecer em diferentes contextos, como na síndrome do pânico ou episódios depressivos, por exemplo.
O que acontece quando morremos? Quando morremos, nosso espírito e corpo se separam. Mesmo que nosso corpo morra, nosso espírito — que é a essência de quem somos — continua. Nosso espírito vai para o mundo espiritual, que está dividido entre o paraíso e a prisão espiritual.
Quando ocorre a morte encefálica, não existe mais a consciência do paciente. Ele não consegue mais pensar ou perceber o meio ao redor. Ele deixa de existir como pessoa e seus órgãos fora do sistema nervoso continuam funcionando de forma artificial”, afirma Duarte.
O primeiro modo filosófico de considerar a morte é através da nadificação, ou seja, a morte é pensada como: “... uma porta aberta ao nada de realidade humana, sendo esse nada, além disso, a cessação absoluta de ser ou a existência em uma forma não humana.” (SARTRE.
“Conversar sobre a morte pode trazer lucidez sobre a forma como cada um vive a própria vida, faz escolhas e perpetua emoções. Isso pode permitir tanto seguir em frente, quanto romper com situações que já não façam mais sentido”, diz a psicóloga.
A morte é a única certeza que se pode ter na vida. No entanto, a forma como esse mistério é encarado difere de acordo com as crenças de cada um. Há correntes religiosas que creem na ressurreição, enquanto outras dizem que ressuscitamos ou voltamos à Terra até mesmo na forma de algum animal.
“Viver o morrer” não ameaça a vida, não a conduz ao vazio, á insignificância, ao nada. È o fim de um “tempo” que dá significado ao tempo, lhe dando duração, conexão em todos os seus momentos de passado, presente, e futuro.