Evangelho segundo Marcos Conhecido como “Evangelho Querigmático” – pois relata com profundidade o primeiro anúncio (querigma) – o texto de São Marcos fala de Jesus principalmente como o Filho do Homem, o servo enviado por Deus, que viveu e se sacrificou. Também aborda o temor diante da santidade divina.
O livro de Marcos relata o ministério, a morte e a Ressurreição de Jesus Cristo em um relato abrangente que se concentra nas ações poderosas do Salvador. A primeira delas é a Expiação, que Marcos destacou como central para a missão de Jesus como o Messias há muito prometido.
A principal missão do evangelista Marcos foi descrever e transmitir as principais pregações de Pedro sobre Jesus. São Marcos tornou-se um grande modelo, pois seguiu com fidelidade a ordem de ir pelo mundo inteiro pregando o evangelho a toda criatura.
Marcos foi escrito por uma comunidade com forte presença de galileus, gregos, romanos e outros estrangeiros. Antigamente se falava que ele foi escrito em Roma, mas hoje cremos que ele foi escrito no norte da Galileia. Atribui-se a autoria deste evangelho a João Marcos (At 12) que foi amigo de Barnabé, Paulo e Pedro.
Conhecido como “Evangelho Querigmático” – pois relata com profundidade o primeiro anúncio (querigma) – o texto de São Marcos fala de Jesus principalmente como o Filho do Homem, o servo enviado por Deus, que viveu e se sacrificou. Também aborda o temor diante da santidade divina.
Embora o evangelho de Marcos seja primariamente histórico, também recebe forte coloração teológica. O primeiro versículo nos dá a nota chave: “… evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”. Por muitas e muitas vezes, a divindade de Jesus é enfatizada, quer explícita quer implicitamente.
Segundo o Evangelho de Marcos, foi na Galileia que Jesus realizou grande parte de sua atividade missionária. Voltar à Galileia é assumir o seu projeto, e isso causa medo. Acreditar que Deus o ressuscitou é reafirmar a fé em Deus como o Senhor da vida. Apesar do medo, há grande esperança para os que seguem Jesus.
João Marcos era judeu e ainda criança quando conheceu Jesus. Foi batizado por São Pedro, de quem foi discípulo e seguidor. Quando discípulo de Pedro, começou a escrever sobre a vida de Jesus e seus textos se tornaram o Segundo Evangelho. Seu Evangelho é o mais curto e fala com emoção a paixão e sofrimento de Cristo.
Qual era a profissão de Marcos antes de seguir Jesus?
Marcos foi considerado o “estenógrafo” de Pedro e seu Evangelho foi escrito entre os anos 50 e 60. Segundo a tradição, ele transcreveu a pregação e as catequeses de Pedro, dirigidas, sobretudo, aos primeiros cristãos de Roma; porém, ele as escreveu sem elaborá-las ou adaptá-las a um esquema pessoal.
Marcos vai, ao longo do Evangelho, demonstrar que Jesus é o Cristo, o messias filho de Deus, mas não o messias do poder, nem do prestígio, nem da pureza, nem da Lei, nem da religião burguesa, mas o messias servo sofredor. Por isso Marcos faz Theologia crucis.
Marcos nos apresenta Jesus como o "Servo Sofredor", como o servo em ação, aquele que veio não para ser servido, mas para servir a toda a humanidade, resgatando-nos do pecado. O evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus, mostra-nos a sua humilhação até a morte e morte de cruz para nos conduzir novamente a Deus.
(João) Marcos é mencionado em algumas passagens do Novo Testamento (Mc 14,52; At 12,12.25; 15,37; Cl 4,10; 1Pd 5,13), os estudiosos propõem que esse seria o autor do evangelho ou mais precisamente o redator final.
Entre os temas importantes em Marcos estão as perguntas de quem era Jesus e quem entendia Sua identidade, bem como o papel do discípulo como alguém que deve “tomar a sua cruz e seguir a [Jesus]” (Marcos 8:34).
O evangelho nos ensina tudo o que precisamos saber para voltar a viver com nosso Pai Celestial, como seres ressuscitados e glorificados. Que todos conservemos na mente a visão da vida eterna. Que sejamos diligentes em seguir a receita da vida eterna, que é o evangelho de Jesus Cristo.
A obra de Marcos divide-se em duas grandes partes, tendo como eixo a passagem de 8,29. A primeira parte expõe ou tenta responder as questões: Quem é este? Que reino é esse que Ele anuncia? Em 8,29 a pergunta é: Este é messias?
O Evangelho de Marcos retrata a morte de Jesus como um sacrifício expiatório pelo pecado. A cortina do Templo, que servia como uma barreira entre a santa presença divina e o mundo profano, rasga no momento da morte de Jesus - simbolizando o fim da divisão entre o homem e Deus.
Também, São Marcos fez um belíssimo trabalho de evangelização em lugares onde fundou comunidades como Chipre, Egito e Alexandria, onde neste último lugar, conforme a tradição, ele foi martirizado após ser arrastado com cordas ao pescoço pelas ruas de Alexandria.
Concluindo, ao longo da leitura do livro é perceptível como Marcos retrata Jesus como o Servo Sofredor e o Filho de Deus, que ministra ativamente em nosso favor e dá Sua vida como resgate para muitos.
A sua missão no mundo é dar testemunho do amor de Deus pelos homens – um amor eterno, inquebrável, gratuito e absolutamente único. O amor de Deus se manifestou na morte de seu Filho, que entregou a vida por nós também por amor. Trata-se de um gesto gratuito de Jesus por nós, pecadores.
Quando perguntaram a Jesus qual era o mandamento mais importante, ele disse: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:37–39).
Mateus escreveu o seu evangelho, então, para fortalecer a fé entre os judeus cristãos e isso fornece um recurso apologético útil para o evangelismo judaico. Marcos tinha como alvo o público gentio, especialmente o romano.
Seja como for, muitos estudiosos, incluindo Rudolf Bultmann, concluíram que o Evangelho de Marcos provavelmente termina com a aparição ressureta na Galileia e uma reconciliação de Jesus com os Onze, ainda que os versículos 9–20 não tenham sido escritos pelo autor original de Marcos.
Quais são as características do Evangelho de Marcos?
“No evangelho de Marcos, Jesus proíbe sistematicamente que alguém publique ser ele o Messias (ou 'Cristo', em grego), sejam os demônios que o reconhecem como vencedor ao serem expulsos, seja alguém que é curado, seja Pedro que dos milagres deduz ser ele o Messias (8,29).