Após esse choque de realidade, Barbie perde a autoestima, confiança e entra em uma crise existencial. Greta Gerwig e Noah Baumbach optaram por não fazer mais uma propaganda para vender a boneca Barbie, mas sim fazer críticas à perfeição e patriarcado, trazendo reflexões sobre feminismo e sonoridade.
Enfim, o filme mostra que a vida não é perfeita e nós também não somos. Assim como a Barbie também possui suas imperfeições, sejam elas estéticas ou não.
Abordando temas como patriarcado, machismo, assédio e ainda fazendo um breve recorte de raça, o longa conseguiu entregar um bom resultado em cena e também se destacou por retratar diferentes tipos de Barbie, desde a Presidente negra até a Advogada plus size.
Feita para o público infantil e feminino, a Barbie foi acusada de transmitir uma imagem corporal feminina irreal, que reforça um padrão inatingível e que poderia contribuir para o desenvolvimento de distúrbios alimentares em crianças e adolescentes.
É possível ver seu estilo nesse filme, pois ela fala sobre como é crescer sendo mulher. E é realmente uma história sobre crescer e aprender a lidar com essas coisas, porque a Barbie está realmente aprendendo que essas coisas existem no mundo real, assim como o Ken.
Barbie | FINAL EXPLICADO - Qual a VERDADEIRA mensagem do filme? E as metáforas do filme
Qual é a moral do filme Barbie?
Lições do filme
“Barbie destaca que sem autocuidado e equilíbrio emocional, dificilmente se consegue enfrentar as adversidades da vida, uma vez que o reconhecimento das emoções e das imperfeições, leva ao aprendizado em lidar com elas.
No final, Barbie escolhe se tornar humana e deixar sua vida rosa para trás. Com tudo que aprendeu no Mundo Real, emoções, sentimentos, pontos de vista diferentes, conceitos e etc, Barbie não se encaixaria mais em Barbielândia - nem mesmo ao lado da Barbie Esquisita (Kate McKinnon).
O filme da Barbie aborda saúde mental de forma inspiradora, estimulando a resiliência e a autoconfiança do público-alvo. “Além disso, proporciona uma experiência imersiva que resgata a criança interior dos espectadores que se vestem com os elementos da boneca, como a cor rosa.
O filme revela que ela é Ruth Handler, a inventora da Barbie. Segundo ela, a boneca não tem um final feliz, já que é uma ideia, não uma pessoa em carne e osso. Após uma conversa emocionante com sua criadora, Barbie decide se tornar humana, para "deixar de ser uma ideia, e sim para começar a criá-las".
Ter todo mundo vendo a Barbie ir ao ginecologista normaliza a experiência. Ela solidifica o entendimento de que a saúde reprodutiva é parte da saúde geral.
Ao longo de sua história, a boneca com mais de 1 bilhão de unidades vendidas colecionou polêmicas, da desaprovação conservadora a um brinquedo “sexualizado” à acusação feminista de que a Barbie promoveria um padrão de beleza impossível.
Os resultados indicaram que o filme aborda o brinquedo como algo que não pode ser manipulado pela criança, que os padrões de beleza que a boneca representa são incompatíveis com o corpo humano provocando problemas de saúde física e mental para aqueles que usam a boneca como modelo.
Forçada a viver no mundo real, Barbie precisa lutar com as dificuldades de não ser mais apenas uma boneca - pelo menos ela está acompanhada de seu fiel e amado Ken (Ryan Gosling), que parece cada vez mais fascinado pela vida no novo mundo.
A imagem da Barbie passa a ser um modelo, através dos tempos, sem mesmo que as pessoas se deem conta disto. O poder de persuasão desta personagem está no fato de que contribuem para a formação do caráter da criança, que brincam de ser e se portar como ela: individualista, consumista, sem vinculo familiar, etc, etc...
Nos filmes da Barbie, a boneca não se concentra apenas em atingir suas próprias metas, mas também em agregar valor e melhorar a vida das pessoas ao seu redor.
A Barbie cumpre um papel educativo. Envolta em um mundo de beleza, riqueza e aventura, que supostamente valoriza a diversidade e as diferenças, Barbie está imersa em uma pedagogia cultural, com o intuito de ensinar a supremacia de um tipo de corpo, raça e comportamento, além da produção de subjetividades infantis.
Com um texto perspicaz, divertido e inteligente, Margot comentou qual a mensagem mais importante que esse filme aborda. "Acho que a mensagem principal é que você é o suficiente, você já está fazendo o seu melhor, fazendo o que você pode fazer. Eu acho que eu também precisava ouvir isso e é algo muito importante".
Você tem que ser uma chefe, mas não pode ser má. Você tem que comandar, mas não pode arrasar as ideias dos outros. Você deve adorar ser mãe, mas não fale sobre seus filhos o tempo todo. Você deve ser uma mulher de carreira, mas também estar sempre cuidando dos outros.
Gerwig assinaria oficialmente para dirigir o filme em julho de 2021. Robbie afirmou que o objetivo do filme é subverter as expectativas e dar ao público "aquilo que você não sabia que queria".
Fato é que o filme tem incomodado uma parcela dos homens, e isso acontece porque no mundo fictício da Barbie as coisas são opostas ao que acontece na sociedade real. As mulheres, ou melhor as Barbies, comandam tudo.
Com uma Barbie um tanto ingênua descobrindo como é a dura realidade de uma sociedade patriarcal, o longa retrata as dificuldades que as mulheres enfrentam para ocuparem os espaços profissionais, o esgotamento de ser uma mulher na liderança em ambientes machistas, a síndrome da impostora e a pressão por uma perfeição ...
A publicação britânica Daily Mail afirmou que o longa é "irregular e desconexo", enquanto a revista Time disse que era "muito bonito, mas não muito profundo". Robbie estrela como a boneca no filme da diretora Greta Gerwig, que foi feito com a cooperação da fabricante de brinquedos Mattel.
Abordando temas como patriarcado, machismo, assédio e ainda fazendo um breve recorte de raça, o longa conseguiu entregar um bom resultado em cena e também se destacou por retratar diferentes tipos de Barbie, desde a Presidente negra até a Advogada plus size.
A ideia era que a cor contrastasse com os rosas bem marcantes das outras roupas que a Barbie usou ao longo do filme. "Queríamos um amarelo suave e que tivesse menos pop. Então, estampamos esse amarelo em seda branca e, por causa do corte, fica certinho no corpo", explicou.