Na maioria das vezes, essas queimadas são provocadas pela ação humana de maneira criminosa. Os incêndios são muitas vezes iniciados por agricultores em áreas de pastagens, para renovação de pastos, e por grupos que causam desmatamento para eliminar vegetação rasteira e retirada de madeira para comercialização.
Queimadas no Brasil. As queimadas que atingem a Amazônia, Cerrado e Pantanal e enchem o céu do país de fumaça são causadas pela ação humana, para renovação de pasto ou para o avanço do desmatamento. A impunidade e o dinheiro que segue fluindo para os setores que desmatam contribuem para que este problema continue.
Embora queimadas possam ter origem natural, sua ocorrência na Amazônia tem principalmente origem antrópica: a abertura de áreas para o desenvolvimento de atividades econômicas, como a pecuária extensiva e o plantio de commodities agrícolas, é a maior causa da ampliação dos focos de fogo na região.
Queimadas sempre ocorreram no País ao longo de pelo menos os últimos 30 anos, e elas eram fruto do desmatamento para abertura de novas áreas agrícolas e para pecuária no Cerrado e na Amazônia. Mas 2024 será lembrado como o ano em que esta questão superou os limites.
Fagulhas provenientes de locomotivas ou de outras maquinas automotoras, consumidoras de carvão ou lenha; Perda de controle de queimadas, realizadas para “limpeza” de compôs; Incendiários e/ou piromaníacos.
Especialistas apontam que o principal fator para o aumento no número de queimadas é a seca, que afeta mais de 58% do território nacional, segundo dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais).
Eletricidade: a maior causa de incêndios no Brasil. Segundo o Corpo de Bombeiros do estado de São Paulo, a eletricidade é a maior causa de incêndios em residências e empresas no Brasil. Os curtos-circuitos são grandes motivadores de incêndios, podendo ocorrer devido a instalações malfeitas, fiação antiga ou sobrecarga.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Ministério do Meio Ambiente são as instituições responsáveis pelo monitoramento e controle de queimadas no país.
Em 2024, 70% da área queimada no Brasil foi de vegetação nativa. Os dados são do Monitor de Fogo, monitoramento iniciado em 2019 pelo MapBiomas. Só em agosto, mês que registrou sozinho quase a metade dos incêndios florestais do ano, a vegetação nativa representou 65% da área queimada.
As mudanças climáticas e as queimadas no Brasil estão interligadas. O aquecimento global, causado pelo aumento da emissão de combustíveis fósseis, altera os padrões de temperatura e precipitação, tornando algumas regiões mais secas e vulneráveis a incêndios.
Estiagem prolongada, altas temperaturas, ondas de calor, baixa umidade relativa do ar, ventos intensos, uma combinação que favorece o surgimento de incêndios florestais, que se espalham pelo país deixando um cenário desolador. Literalmente 'O Brasil está pegando fogo!
As queimadas na Amazônia, o maior bioma brasileiro, acontecem há muito tempo, sendo de origem natural, indígena ou ocasionadas para abertura de grandes áreas para pastagens, lavouras e/ou garimpos no meio da selva.
O estado do Amazonas já contabilizou 19.478 focos de incêndio desde o início de 2024, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O fogo está intimamente ligado ao desmatamento, pois é a forma mais barata e rápida de “limpar” áreas recém-desmatadas. Por muitos anos, a relação entre as duas ações era direta: quanto mais alta era a taxa de desmatamento, maior o uso do fogo na região, e vice-versa.
O Ministério do Meio Ambiente culpa as mudanças climáticas sem precedentes e a intensidade do El Niño pelo aumento expressivo de focos de queimadas nos primeiros quatro meses do ano. A fala acontece dois dias depois da divulgação dos dados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Quem são os responsáveis pelas queimadas no Brasil?
No dia 10 de agosto de 2019, aconteceu, no Pará, o chamado “Dia do Fogo”, uma ação combinada por grileiros e fazendeiros que incendiou vastas porções de floresta nas regiões de Novo Progresso e Altamira.
Já em 2024, no mesmo período, foram 503,5 km², redução de quase 60 km². É o menor índice para o mês desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa. A queda é bem maior quando comparada a 2022, quando foram registrados alertas de desmatamento em 1.661,02 km² na região.
Essa fumaça é proveniente de queimadas do Pantanal, Amazônia, Cerrado e também de países vizinhos como a Bolívia, Paraguai e Argentina", afirma a Climatempo. Inclusive, segundo a empresa de meteorologia, o centro-norte da Argentina também está com bastante fumaça.
Mais da metade da área queimada no Brasil (56%) fica em apenas três estados: Mato Grosso, Pará e Tocantins. Sozinho, o Mato Grosso responde por 25% do total: foram 5,5 milhões de hectares queimados entre janeiro e setembro.
Além da ação humana, temperaturas elevadas e baixa umidade do ar são fatores que contribuem com a expansão das chamas. Por esta razão, em períodos em que o tempo fica mais quente ou ocorra uma onda de calor, o alerta é redobrado.
Autor do livro Amazônia: riqueza, degradação e saque, o especialista destaca que a agropecuária, a mineração e o setor madeireiro são as principais atividades que contribuem para o desmatamento da Amazônia e que a grilagem de terra alimenta essa exploração econômica.
Incêndios pelo Brasil: 85 inquéritos por origem criminosa, desde brigadistas a fazendeiros, revelam causas diversas como descuido, intencionalidade e problemas mentais. Ibama também multa ferrovia por faíscas no Pantanal.
Segundo especialistas e o próprio Ministério do Meio Ambiente, todo esse aumento é uma consequência direta da piora climática do mundo e do poderoso El Niño deste ano, que trouxe secas longas principalmente à Amazônia (entenda mais abaixo).
Não faça fogueiras e não jogue bitucas de cigarro ou fósforos em rodovias e áreas de mata; Não queime mato ou lixo. Faça o descarte adequado dos resíduos sólidos. Não solte balões.