Qual a região de maior concentração das seringueiras no Brasil?
Os principais centros de cultivo da seringueira e extração de látex. Por muito tempo (1879-1912), o cultivo de seringueira e extração de látex se deu na região amazônica. Isso contribuiu para o desenvolvimento socioeconômico dessa região, que já foi o maior polo de produção e exportação desse produto.
As seringueiras são encontradas em todos os Estados da Região Amazônica e ainda em outros. Atualmente, o maior produtor de látex é o Estado de São Paulo, e isso deve-se às produções no noroeste do Estado, na região de São José do Rio Preto.
ELE ROUBOU A BORRACHA DO BRASIL - o inglês que levou 70 mil sementes de seringueira da Amazônia
Qual é o estado que mais produz borracha?
O Estado de São Paulo é o maior produtor nacional, produzindo 60% de toda a borracha natural brasileira. “Esses dados mostram a importância de termos um índice, balizado pelos preços do mercado da Ásia, para que os produtores e indústria possam negociar, com informações seguras do mercado internacional”, explica.
A região amazônica tinha em grande quantidade a árvore Hevea brasiliensis, da qual se extrai o látex. A demanda internacional fez com que a região se tornasse alvo da procura por esse insumo.
A seringueira ocorre na região amazônica, especialmente na margem de rios e em lugares inundáveis da mata tropical úmida. Existem mais 11 espécies de seringueiras na floresta amazônica, todas do gênero Hevea são muito parecidas entre si.
Nos domínios da Amazônia em MT, os seringueiros vivem, particularmente, na RESEX Guariba Roosevelt, que é a única reserva extrativista do Estado. Eles são também conhecidos na região como beiradeiros, pois vivem às margens do rio Guariba e do rio Roosevelt, no município de Colniza, extremo noroeste do Estado.
O marco importante na domesticação da seringueira foi a coleta bem sucedida do inglês Henry Alexander Wickham em 1876. Grande conhecedor da Amazônia, ele viveu algum tempo no município de Santarém, Estado do Pará, tendo trabalhado com borracha no Orenoco em 1869.
A seringueira tem rendimento líquido anual, por hectare, de aproximadamente R$ 5.760; já o milho, ocupando o mesmo espaço e período de tempo, rende R$ 502; e a pecuária, dentro um ano, tem o alqueire rendendo R$ 1.000.
A princípio, o Brasil era o único produtor desse material no mundo, mas tudo mudou depois que o inglês Henry Wickham roubou cerca de 70 mil sementes de seringueiras do Pará e as levou para a Inglaterra, em 1876. De lá, elas foram transferidas para a Malásia, na Ásia, que, na época, era uma colônia inglesa.
Preço mínimo básico para o coágulo virgem a granel 53%, fixado pela Portaria MAPA n.º 190, de 09/06/2020, em R$ 2,40 (dois reais e quarenta centavos) por quilo, sendo base para cálculo dos preços de referência.
Como a seringueira vive mais de 200 anos, o látex pode ser extraído ao longo de várias décadas. Nos seringais plantados do Tapajós, o número de árvores sangradas por dia pode ser maior devido a sua maior densidade. No Acre, as cooperativas extrativistas estão beneficiando a borracha e agregando mais valor à produção.
Apresenta folhas compostas, flores pequeninas e reunidas em amplas panículas. Sua madeira é branca e leve e, de seu látex, se fabrica a borracha. Seu fruto encontra-se em uma grande cápsula com sementes ricas em óleo, que pode servir de matéria-prima para resinas, vernizes e tintas.
Esse produto nada mais é do que uma seiva leitosa extraída da casca de uma árvore da região amazônica conhecida como seringueira. Além de ser a principal matéria prima da borracha natural, o látex é essencial para a manufatura de mais de 40 mil produtos.
O engenheiro agrônomo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), José Rodrigues de Souza, fala que as terras da região são férteis e a produção de látex da seringueira chega a 3.200 quilos por hectare. Em outros seringais a produtividade chega a 4 quilos de borracha/por árvore/ano.
Durante muito tempo, a atividade de coleta do látex da seringueira, com o intuito de transformá-lo em borracha, foi realizada somente por algumas comunidades indígenas. Os primeiros seringueiros, trabalhadores que retiraram o látex da seringueira como fonte de renda, chegaram à Amazônia na década de 1870.
O nome é uma homenagem à árvore Hévea Brasiliense (seringueira). Elevado à categoria de município com a denominação de Seringueiras, pela Lei Estadual n.º 370, de 13-02-1992, desmembrado dos municípios de São Miguel do Guaporé e Costa Marques.
Apesar de ser feita a partir de uma árvore nativa da Amazônia, chamada de seringueira, a borracha natural tem, desde os anos 90, o seu maior polo de produção no estado de São Paulo, que detém 67% das 200 mil toneladas fabricadas por ano, no país.
A extração do látex nos seringais ficou marcada por ser um trabalho pesado e difícil, e a produção da borracha trouxe grande prosperidade para a região amazônica, embora isso ficasse concentrado nas grandes cidades, em especial Manaus e Belém.
Depois do plantio, a planta demora cerca de 6 anos para começar a sangria da borracha, e pode produzir por cerca de 35 anos. A heveicultura no Brasil não atende a demanda do mercado atualmente; o crescimento anual da produção gira em torno de 4%, enquanto a demanda está em 6% - ficando quase em déficit.
Qual a diferença entre seringueiro e seringalista?
Enquanto os seringalistas garantiram a estrutura necessária para man- ter os seringueiros trabalhando nas áreas mais distantes do barracão, longe das margens dos rios principais, eles puderam realizar a extração da borracha.
Em qual região do Brasil aconteceu o ciclo da borracha?
O maior centro comercial do ciclo da borracha foi a região da Amazônia e todo o processo provocou a expansão da colonização, atraindo riquezas, além de reformas arquitetônicas, culturais e sociais.