De acordo com o levantamento, nos primeiros três meses deste ano, a renda média dos brasileiros foi de R$ 3.137, registrando um aumento de 1,5% em relação ao trimestre anterior e de 4% na comparação com os primeiros três meses do ano passado, quando o valor atingiu R$ R$ 3.017.
No primeiro trimestre de 2024, a massa salarial alcançou uma média mensal de R$ 309,7 milhões, 6,6% ou R$ 19,2 milhões maior que no mesmo trimestre de 2023 e 0,7% maior que no trimestre anterior (R$ 2,1 milhões).
Já o rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas) foi estimado em R$ 2.979 em 2023, um aumento de 7,2% em relação a 2022 (R$ 2.780) e de 1,8% na comparação com 2019 (R$ 2.927).
De acordo com algumas análises socioeconômicas, uma renda mensal de 5 mil reais pode colocar uma pessoa ou família na faixa da classe média, especialmente se considerarmos critérios como acesso a bens de consumo duráveis, serviços e qualidade de vida.
Qual é a renda média do brasileiro? E qual classe você se enquadra?
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Considerando o salário mínimo praticado em 2024, que é R$1.412, o valor dessa renda seria R$ 6.212,80 – ou seja, abaixo do valor de custo médio para viver na cidade.
O levantamento mostra que os 10% da população com maior rendimento domiciliar por pessoa tiveram, no ano passado, renda mensal média de R$ 7.580. Já os 40% dos brasileiros com menor rendimento obtiveram R$ 527. Ambos os valores são os maiores registrados para cada faixa de renda.
Em junho deste ano, o valor do salário mínimo ideal era de R$ 6.578,41 e correspondeu a 4,98 vezes o piso mínimo. Em julho de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.388,55, ou 5,27 vezes o valor vigente na época, que era R$ 1.212,00.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), se enquadram na Classe B (classe média alta) as famílias com renda entre 10 e 20 salários mínimos. Já na chamada Classe A estão as famílias que ganham acima de 20 salários mínimos (R$ 26.040,00 hoje).
Todas as famílias brasileiras com rendimentos mensais acima de R$ 8.518,04 são ricas, revela estudo inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Em janeiro de 2024, a estimativa mensal avançou para R$ 3.118,00. No segundo trimestre de 2023, a renda média se manteve acima da observada no mesmo trimestre de 2019 pela primeira vez desde a pandemia (0,6%).
A base da pirâmide é relativamente homogênea — 90% dos brasileiros têm renda inferior a R$ 3,5 mil por mês (R$ 3.422,00) e 70% ganham até dois salários mínimos (R$ 1.871,00, para um salário mínimo de R$ 998,00 em 2019), ainda segundo o levantamento.
As estimativas mostram que o rendimento habitual médio real em dezembro de 2023 (R$ 3.100) foi 0,7% maior que o observado no mês anterior (R$ 3.078) e 3,9% superior ao valor de dezembro de 2022 (R$ 2.985).
O rendimento médio real de todas as fontes cresceu 7,5% em relação a 2022, atingindo R$ 2.846 em 2023 e se aproximando do maior patamar da série histórica, registrado em 2014 (R$ 2.850).
Normalmente, se diz que um grupo de pessoas pertence à classe B quando seus ganhos são superiores a 10 salários mínimos, mas não ultrapassam 20 salários mínimos.
ouvir: As famílias da classe C, que ganham entre R$ 5,2 mil e R$ 13 mil mensais, gastam em média um terço, o equivalente a 33,3%, dos rendimentos com alimentação, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (25) pelo Instituto Locomotiva.
A projeção aponta que 50,7% dos domicílios do país terminarão o ano nas classes D e E (cuja renda mensal domiciliar é de até R$ 2,9 mil), uma leve melhora em relação aos 51,3% de 2021, e apenas 2,8% serão da classe A (acima de R$ 22 mil).
A mediana da renda no país é de R$ 1.167 (dados de 2021, os mais recentes) – ou seja, 50% da população tem renda mensal menor que essa. Por essa divisão em frações, quem ganha R$ 4 mil por mês já pertence aos 10% mais ricos do Brasil – e quem recebe mais de R$ 7 mil se enquadra no grupo dos 5% mais endinheirados.