De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (17), a taxa Selic não deve mais ser reduzida em 2024. Atualmente, a taxa de juros está em 10,50% ao ano. Segundo o relatório, esse patamar deve permanecer inalterado. No relatório anterior, a instituição trabalhava com uma taxa de 10,25% em 2024.
Chance de alta na Selic cresce com projeções de PIB próximas de 3% no ano. A evolução da economia brasileira surpreendeu novamente para cima no 2º trimestre e está levando a uma revisão pelos economistas do crescimento do PIB esperado para 2024 de patamares próximos a 2,5% para algo em torno de 3%.
Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida novamente, para 9% ao ano.
Expectativa sinaliza para a manutenção da Selic nas próximas reuniões. Conforme as novas projeções, os analistas estimam que a taxa básica de juros será mantida em 10,5% ao ano nas três reuniões até a virada do ano. Os encontros estão marcados para setembro, novembro e dezembro.
Primeiramente, a expectativa é de que a taxa Selic termine esse ano em 11,75% a.a. Mesmo com as incertezas, há espaço para queda da taxa Selic dado o cenário inflacionário brasileiro positivo. Para 2024, a nossa projeção é de 9,75% a.a., acima das projeções do mercado até a publicação desse material.
Para chegar a esse número, o Copom se baseia em diversos indicadores financeiros do país. Afinal, qualquer mudança na taxa afeta diretamente a economia brasileira. Em 31 de julho de 2024, na última reunião do Copom, a taxa Selic se manteve em 10,50% ao ano – a segunda manutenção consecutivas.
O Banco Central é o responsável por regulamentar a situação da taxa Selic e, em consequência, o rendimento da poupança. Em 31 de julho, a taxa Selic foi mantida a 10,50%, como já havia acontecido no início de 2024. Assim, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês + TR.
A previsão para 2024 será de um crescimento menor do que em 2023. A nossa taxa básica de juros ainda está muito alta e prejudica uma retomada mais forte da economia, mas a sua queda depende de fatores como a redução da nossa inflação e a dos juros norte-americanos.
Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 10% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida, novamente, para 9,5% ao ano e 9% ao ano, respectivamente.
Entenda como isso impacta os pequenos negócios. Mais uma demonstração de força da economia brasileira e da expectativa de avanço do país em 2024 chega do Fundo Monetário Internacional.
Inflação. A estimativa do IPCA para 2024 passou de 4,26% para 4,30%, na oitava sétima semana seguida de alta. A previsão para a inflação de 2025 permaneceu em 3,92%.
A taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 11,28%, ante 11,194% do ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,595%, ante 11,516%. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 12,08%, ante 12,074%, e o contrato para janeiro de 2033 marcava 12,1%, ante 12,106%.
A versão mais recente do Focus aponta que a Selic deve ficar em 10,5% ao ano até o final de 2024, reforçando a possibilidade considerada inclusive por economistas que defendem o corte, como Roncaglia.
Qual o empréstimo pessoal com juros mais baixo? O Banco do Brasil, Caixa Econômica e Itaú contam com as taxas mais baixas de empréstimo pessoal comum, indo de 2,89% a 3,98%.