Tradicionalmente, seca-se carne de porco, vaca, carneiro, bode, rena, peru, cavalo, avestruz e camelo, entre as espécies domesticadas, para além de várias espécies de animais selvagens. Existe evidência arqueológica de que o homem-de-neandertal secava carne de mamute.
No Brasil, a carne-seca também é chamada carne do Ceará, Carne do sul, Charque, Carne-velha, Jabá, Carne de sol, Sambamba e Sumaca. São mantas de carne, em geral carne bovina, submetidas a processo de salga, e empilhadas em lugares secos, para desidratação e melhor conservação.
A carne-seca pode ser feita com qualquer tipo de carne bovina ou suína, mas o recomendado é que sejam utilizados os seguintes cortes no preparo: contrafilé, coxão mole, coxão duro e braço bovino. Seu tempo de preparo é longo, se pretende utilizá-la, se planeje e deixe-a pronta com antecedência.
A carne equina, ou carne de cavalo, é ligeiramente mais avermelhada que a do boi e com um paladar um pouco mais adocicado que a carne bovina. Muitos já podem ter comido e nem notado a diferença.
Como é produzida a carne seca, charque e carne de sol.
Por que não comemos carne de cavalo?
Muitas pessoas se perguntam se comer carne de cavalo faz mal à saúde. Os malefícios que a carne de cavalo traz à saúde humana são bem semelhantes aos malefícios dos outros tipos de carne, como alta ingestão de colesterol, maior probabilidade de desenvolvimento de doenças cardíacas, diabetes, entre outros.
De acordo com o jornalista Marcelo Duarte, no livro O Guia dos Curiosos, mesmo com o consumo muito pequeno, o Brasil é um dos maiores exportadores de carne de cavalo do mundo. Entre as iguarias feitas com ela estão almôndegas, salame, mortadela, salsicha, sashimi (carne crua) e carne defumada.
⠀ A carne seca é uma boa fonte de proteína, que é essencial para a construção e reparo dos tecidos do corpo, bem como para a função muscular e imunológica. Além disso, a carne seca pode ser rica em nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e niacina.
Ao abrir a embalagem, a carne deve estar seca e sem líquidos aparentes, mas com uma oleosidade da própria carne. Quanto menos gordura na peça, mais fácil de limpar depois de cozida e maior o aproveitamento. Produzida em escala industrial, leva conservantes, como nitrito e nitrato, que dão a cor avermelhada.
Considera-se que a carne-seca tenha surgido na região Nordeste do Brasil nos primórdios da colonização. Os principais mercados consumidores eram Pernambuco e Bahia. É impossível terem-se carnes mais gordas e tenras e de melhor sabor.
Sim. Os equídeos são considerados como espécies de açougue (art. 10 do Decreto 9.013, de 2017) e a carne pode ser consumida desde que os animais sejam abatidos em estabelecimentos sob inspeção veterinária, que pode ser feita em âmbito federal, municipal ou estadual.
Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil exportou 2,3 toneladas de carne de equinos — cavalo, jumento e mula no ano passado —, 13% a mais do que em 2011. Essa carne é consumida na Bélgica, Holanda, Itália, Japão e Estados Unidos.
A carne de cavalo assemelha-se à carne bovina na aparência, sabor e composição. A cor, ligeiramente mais avermelhada que a do boi, nem sempre é notada pelo consumidor. Da mesma forma, o paladar, um pouco mais adocicado, pode passar despercebido.
O charque tem um processo de salga muito semelhante ao da carne seca, porém ele fica ainda mais tempo exposto ao sol. Isto confere ao charque uma textura mais firme que a carne seca, que é mais maleável. Por conta disso, o charque precisa de muito tempo de molho para a dessalga.
No Brasil a primeira menção à carne-seca foi no século XVII, pelo navegador francês Pyrard de Laval (1578-1623), que chegou na Bahia e relatou sobre a tão apreciada carne: “É impossível terem-se carnes mais gordas e tenras e de melhor sabor.
É geralmente feita de cortes bovinos como alcatra e contrafilé esticados em mantas, salgados e depois expostos ao amanhecer até que perca pelo menos 50% da sua umidade. Por levar mais sal e ter mais tempo de exposição que a carne de sol é menos úmida e tem maior prazo de validade.
Prefira a carne-seca embalada a vácuo: normalmente ela vem em pacotinhos de 500 graus e 1 quilo. Observe se não existe realmente ar na embalagem. Pergunte se o corte é ponta de agulha, dianteiro ou traseiro; este último é sempre a de melhor qualidade.
O charque também é conhecido como carne-seca, carne-do-sertão, xergão, chalona, xarqui, jabá ou paçoca. A peça é obtida do dianteiro do boi, a ponta de agulha, que reúne a qualidade, textura e gordura que conferem sabores especiais do tradicional charque.
A carne-seca é a mais salgada entre as três, chegando a possuir 15% de sal. Ela passa por um processo de desidratação mais longo e muito mais intenso. As mantas de carne são empilhadas em ambientes secos para desidratar e depois são levadas ao sol para terminar de curar.
Também é fundamental consumir a carne seca com moderação e como parte de uma dieta equilibrada, incorporando uma variedade de alimentos para garantir que você esteja obtendo todos os nutrientes necessários.
A carne bovina seca crua é rica em proteínas, vitaminas do complexo B e minerais como ferro e zinco, além de possuir baixo teor de gorduras. No entanto, deve ser consumida com moderação devido ao alto teor de sódio presente no processo de salga.
A carne de porco é o ingrediente principal na fabricação da mortadela. É importante escolher cortes de carne de porco de alta qualidade, geralmente provenientes da paleta ou do lombo. A gordura suína também é adicionada para conferir sabor e textura à mortadela.
O consumo é maior em outras partes do mundo, como Hong Kong, China e Rússia. Em 2021, as vendas para o mercado externo ultrapassaram US$ 12 milhões, com destaque para esses três países. França, Bélgica e Itália também são consumidores da iguaria.
Contam que a mortadela é feita de carne de cavalo. Tudo não passa de boato, pois, na verdade, o embutido é fabricado com carne magra de porco, sobras cruas de presunto e de copa e depois recebe uma camada de gordura extraída da papada do porco.