No meio de tanta aridez, a Caatinga surpreende com suas "ilhas de umidade" e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões.
Porém, nas margens dos rios podemos encontrar solos mais férteis, conhecidos como várzea. Nelas são acumuladas grandes quantidades de nutrientes trazidos pelas águas em períodos de cheias, especialmente vindos de áreas próximas à Cordilheira dos Andes.
Encontram-se em diversas áreas do território brasileiro, em regiões de várzeas e proximidades de rios e cursos d'água. Apesar de não serem tão férteis, possuem um alto potencial agrícola.
Terra roxa: solo extremamente fértil, possui uma coloração avermelhada. É encontrado, especialmente, na região Sul, oeste do Estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais e Goiás. A terra roxa é resultado da decomposição de rochas compostas de basalto, que tem origem vulcânica.
No Cerrado, encontram-se vários tipos de solo. Os Latossolos são predominantes, cobrindo 46% destas áreas. Com cores variando entre vermelho para amarelo, esses solos apresentam boa permeabilidade e são profundos, o que auxilia em uma boa drenagem na maior parte do ano.
O solo do Pampa é arenoso e raso, ou seja, cavando pouco já se chega às rochas rapidamente. Também é fértil e sustenta as espécies vegetais presentes, principalmente as gramíneas, um dos pontos fortes para a massiva e extensiva pecuária que se constituiu no bioma.
Os solos existentes na Caatinga são vários: arenosos, rasos, profundos, pedregosos, com alta e baixa fertilidade. Essa multiplicidade favorece o desenvolvimento de formações de clima, relevo e vegetação de todas as formas.
O Mato Grosso destaca-se como o maior produtor nacional de grãos, contribuindo com cerca de 17% do Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuário do Brasil.
A terra roxa foi formada após milhões de anos de decomposição de rochas basálticas. Por isso, o solo é rico em óxidos minerais, ou seja, uma ótima alternativa para o plantio de diversas culturas. Justamente por isso, chega a ser considerada uma das mais valiosas e caras do Brasil.
A ausência de elementos tóxicos e estar em um local com clima favorável ao desenvolvimento da planta são exemplo desses fatores. Assim, nem sempre um solo fértil é também produtivo.
O pH indica se o local é apropriado para o cultivo de plantas, ou seja, basicamente indica se o solo é ou não fértil. A grande maioria dos solos brasileiros estão fora da faixa ideal de pH, que deve ser entre 5,5 e 6,5. Nessa faixa, os nutrientes ficam mais disponíveis às plantas.
Em condições tropicais predominam os solos cauliníticos, lateríticos e ricos em óxidos de ferro, alumínio e titânio caracterizados em sua grande maioria, por serem muito intemperizados e geralmente de fertilidade baixa a muito baixa.
Só 6,9% da superfície da Terra tem solos de alta fertilidade. A Rússia é a campeã, e no Brasil apenas 3% do território é de terra roxa legítima, mostra o livro "Raízes da Fertilidade", de João Castanho Dias, lançado ontem pela Anda e pela Ama (associações do setor de adubos).
O solo da floresta amazônica é em geral bastante arenoso. Possui uma fina camada de nutrientes que se forma a partir da decomposição de folhas, frutos e animais mortos. Esta camada é rica em húmus, matéria orgânica muito importante para algumas espécies de plantas da região.
O local que chamamos de crescente fértil na antiguidade é onde hoje está hoje localizada a região da atual Palestina, Jordânia, Israel, Líbano, Kuwait e Chipre, além de algumas partes do Egito, da Síria, do Irã e da Turquia.
Ucrânia – solo negro de tchernozion presente nas áreas de estepes. Estados Unidos – solo Loess de fundo de vales, formado a partir da decomposição de sedimentos trazidos pela ação dos ventos. Brasil – solo massapê escuro e orgânico, e a terra roxa presente no planalto central.
O solo arenoso tem como seu principal componente a areia, que chega a ser entre 60% e 70% da composição, o restante da terra é formada por argila e uma parte menor de pedras. Esse tipo de solo surge devido ao intenso processo de arenização que acontece, principalmente por causa do desmatamento em áreas extensas.
O solo é revestido de gramíneas, subarbustos e ervas. Entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, os Campos formados por gramíneas e leguminosas nativas se estendem como um tapete verde por uma região de mais de 200 mil km2.
Entretanto, os solos da Caatinga são extremamente férteis, pois são compostos por muitos minerais. Além disso, o processo de erosão química, chamado lixiviação, é quase inexistente, devido à baixa pluviosidade. Essas características conferem ao solo da Caatinga uma elevada fertilidade.
No Pantanal o solo é arenoso e os sedimentos não ficam tão unidos. Ele também é pouco permeável, de forma que a água tem dificuldade de infiltrar à terra, proporcionando os alagamentos. Também há áreas onde os sedimentos estão mais unidos e o solo é mais argiloso, geralmente nas áreas não alagadas.