Alguns estudos apontam que pacientes portadores de esquizofrenia são mais propensos a usar maconha do que a população em geral. A utilização continuada de cannabis está associada com prognóstico ruim em pacientes com doença psicótica existente(15).
Episódios de psicose induzida por substâncias são vistos com frequência nos setores de emergência e de pronto atendimento. Vários tipos de substâncias podem desencadear esses episódios, incluindo álcool, anfetaminas, canabis, cocaína, alucinógenos, opioides, fenciclidina (PCP) e sedativos.
Até hoje, não foi descoberta a causa da esquizofrenia, mas a combinação de alguns fatores genéticos, cerebrais e do ambiente podem desencadear a doença. Fatores hereditários - parentes de primeiro grau de um esquizofrênico têm mais chances de desenvolver a doença do que as pessoas em geral.
O ato de fumar tem sido associado com a psicose, mas há muito acredita-se que pacientes com esquizofrenia são mais propensos a fumar porque usam o cigarro como uma forma de automedicação para aliviar o sofrimento de ouvir vozes ou ter alucinações.
A clozapina é considerada superior para pacientes não responsivos a outros antipsicóticos (127-133) e sua indicação permanece para esses casos, demonstrando superioridade (134).
A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela perda de contato com a realidade (psicose), alucinações (é comum ouvir vozes), falsas convicções (delírios), pensamento e comportamento anômalo, redução das demonstrações de emoções, diminuição da motivação, uma piora da função mental (cognição) e problemas no ...
Entretanto, pode ocorrer que, em pessoas possivelmente predispostas à esquizofrenia, ela seja desencadeada pelo uso de drogas (por exemplo, cocaína, maconha, LSD) e, depois, permaneça independente de toda a droga já ter sido eliminada do organismo, assim como todos os seus efeitos diretos já terem desaparecido.
Acredita-se que esse distúrbio possa surgir como resultado da interação de fatores genéticos, cerebrais e ambientais. Algumas pessoas podem ter a tendência de desenvolvê-la com o passar dos anos, já outras, um evento estressante ou emocional pode desencadear um episódio psicótico.
Alterações no cérebro também favorecem o desenvolvimento da doença, o que leva muita gente a se perguntar se droga causa esquizofrenia. Outros fatores de risco envolvem a exposição a toxinas, problemas durante o parto, tabagismo, falta de nutrientes e contato com vírus ainda na barriga da mãe.
O olhar “vazio” é comum nas pessoas esquizofrênicas, também conhecido como o olhar 'que vê, mas não enxerga'. O indivíduo encara diretamente a pessoa à sua frente, mas é como se olhasse através dela e ignorasse sua presença.
Os resultados mostraram diferenças na entonação de voz entre indivíduos com e sem esquizofrenia. Ana Cristina explica que as pessoas com esquizofrenia apresentaram pouca variação de simetria e dispersão na entonação da fala, ou seja, elas expressavam suas emoções pela voz de forma menos acentuada.
Além dos medicamentos, também podem ser necessárias algumas terapias para ressocialização. Quem já está em tratamento não deve interrompê-lo apenas porque está bem, pois os surtos podem voltar a acontecer. A esquizofrenia não tem cura, mas se tratada, é possível viver bem com ela.
Além disso, também podem surgir sintomas, como alucinações, delírios e pensamentos sem sentido, que podem indicar um surto psicótico e são mais comuns após o consumo de algumas drogas como LSD e cocaína.
O uso crônico de cocaína pode prejudicar a capacidade de concentração e memória, tornando o funcionamento diário mais difícil. Em casos graves, o abuso de cocaína pode desencadear psicose, levando a alucinações e delírios, contribuindo ainda mais para a deterioração da saúde mental.
“Várias patologias podem levar ao surgimento de sintomas psicóticos, como fala sem sentido e desconexão com a realidade”, afirma a psiquiatra Luciana Staut. A esquizofrenia pode ser confundida, por exemplo, com o transtorno bipolar, o autismo e até com a depressão.
Qual exame é feito para saber se a pessoa tem esquizofrenia?
Não existe exame de sangue ou exame laboratorial para o diagnóstico de esquizofrenia. O diagnóstico da esquizofrenia e da grande parte dos transtornos mentais é clínico, ou seja, através da anamnese e entrevista clínica o psiquiatra é capaz de fazer o diagnóstico. Isso se faz em consulta e não com exames.
A esquizofrenia denominada hebefrênica é a mais grave de todas e acomete mais indivíduos jovens, entre 15 e 25 anos de idade. O transtorno é marcado por sintomas como perturbação dos afetos, comportamento irresponsável e imprevisível, pensamento desorganizado e discurso incoerente.
A esquizofrenia pode ter um ou até vários fatores desencadeantes (gatilhos): história genética, hereditariedade, uso de substâncias (por exemplo, maconha), estresse, entre outros fatores. Sim, a pessoa pode resistir a um gatilho e ter surto psicótico após este mesmo gatilho ou após um novo fator desencadeante.
Um dos efeitos rápidos do consumo da cocaína é a elevação da pressão sanguínea, dos batimentos e a vasoconstrição no cérebro e no corpo. É isso que dá, ao usuário, a sensação de picos de energia, de ansiedade, estresse e paranoia.
Quanto tempo dura um surto psicótico causado por drogas?
Geralmente a pessoa demora algumas semanas para se recuperar de um surto psicótico causado pelo uso de substancias. Medicação antipsicótica pode ser necessária para remissão dos sintomas psicóticos.
Um dos sintomas da esquizofrenia é o “embaralhamento” de palavras, ou seja, a fala é aleatória, randômica, cuja ordem é analisada pelo software. “Em 64% dos casos, já nos primeiros sinais da patologia, os sujeitos com esquizofrenia apresentam essa característica na fala, algo gritante nos indivíduos crônicos.
Qual é a expectativa de vida de uma pessoa com esquizofrenia?
Além dos sintomas que afetam o comportamento e a capacidade para o trabalho, a esquizofrenia também é caracterizada por achados compatíveis com um processo de envelhecimento acelerado. Estima-se que a expectativa de vida nesta população seja de cerca de 20 anos a menos que a da população em geral.
Como funciona a cabeça de uma pessoa com esquizofrenia?
Pessoas com esta condição podem sofrer de alucinações, ilusões e paranoia, assim como ter dificuldades de concentração, para organizar seus pensamentos e fazer tarefas básicas da vida cotidiana. Por muitos anos, os médicos tiveram pouco conhecimento sobre a doença além dos sintomas relatados pelos próprios pacientes.