Entender a diferença entre velório e funeral é fundamental para respeitar as tradições e crenças que cercam o processo de despedida de um ente querido. Enquanto o velório oferece um momento de proximidade e reflexão, o funeral engloba um conjunto mais amplo de rituais que marcam o encerramento de uma vida.
A explicação mais simples para a origem da palavra indica que na época antiga, as pessoas vigiavam os falecidos segurando velas em suas mãos, já que não havia luz elétrica. Dessa forma, a palavra “velório” teria surgido de “velas”.
O velório está relacionado à velar (olhar, cuidar) o falecido. É o primeiro momento da cerimônia. Já o funeral é a cerimônia completa, até o sepultamento ou cremação.
Os funerais são momentos de reflexão, homenagem e despedida, permitindo que familiares e amigos celebrem a vida do falecido. Além de prestar tributo, os funerais oferecem uma oportunidade para que os enlutados se unam, compartilhem memórias e comecem o processo de cura.
Você sabe a diferença entre sepultamento e enterro?
Porque não pode velar corpo em casa?
"O que existe é uma recomendação da Vigilância Sanitária para que se evite velar em casa, principalmente em casos de doenças infectocontagiosas. Mas, mesmo assim, há doenças desse tipo que não oferecem perigo após a morte do paciente, como a aids.
É bem comum que, em velórios, ocorram encontros de familiares que há muito tempo não se viam ou mesmo amigos. No entanto, é importante respeitar o momento e evitar conversas em voz alta. Apesar de velórios serem ocasiões sociais, o momento é de respeito e cordialidade.
Há religiões que dizem que o espírito fica 24 horas no corpo e que, por isso, deve-se esperar esse tempo para o enterro. Mas a origem da tradição da espera mínima de 24 horas pode ter a ver com uma doença que a faz a pessoa parecer estar morta sem estar, a catalepsia patológica.
Quais são as principais diferenças entre um velório e um enterro? Um velório é uma cerimônia em que amigos e familiares se reúnem para se despedir do falecido e oferecerem apoio mútuo uns aos outros. O enterro é o ato de colocar o corpo no túmulo ou local de descanso final, ao final de um cortejo.
Refere-se ao costume de, ao fim de um sepultamento, despejar cal dentro da cova para maximizar a decomposição e combater a contaminação do solo pelo líquido cadavérico.
O tempo normal de velório permitido e regulamentado pela ANVISA(Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), é de até 24 horas após o falecimento, isto sem a necessidade de aplicação de tanatopraxia.
O Serviço Funerário Social (gratuito) é instituido pela lei 8.258 de 13 de março de 2024 (clique aqui para acessar a lei). ⦁ Famílias cuja renda per capita seja inferior a um salário mínimo vigente. ⦁ Famílias com inscrição ativa no CADÚNICO (Cadastro Único). ⦁ Doadores de órgãos e tecidos.
“Para assegurar que o falecido fique com a melhor aparência possível até o momento do sepultamento ou da cremação, é realizada a desinfecção do corpo com germicidas, com o intuito de evitar a proliferação de micro-organismos causadores de doenças.
Terço que deve ser retirado para o enterro, pois “dá azar”. O “azar” que traz o terço no enterro, é contrário a importância dele durante o velório, mostrando assim as fronteiras entre o sagrado e o profano.
Às vezes se coloca embaixo do caixão uma bacia d`água com uma laranja cortada em pedaços. Acredita-se que evita mau cheiro. O tempo de espera para o sepultamento varia com o tipo de morte, assim como se o caixão permanecerá exposto aberto ou fechado.
Outros costumes bem presentes em velórios de antigamente eram colocar o defunto com os pés voltados para a porta de frente, colocar uma bacia com água debaixo do caixão (servia para inibir o odor).
Por outro lado, a graduação dos raios solares no cemitério dava a medida exata do débito deixado pelo defunto. Albiero citava sempre isso quando falecia alguém do seu grupo de amigos. Os mesmos que viram chover bastante antes do enterro dele próprio.
- Recomenda-se que o caixão seja mantido fechado, para evitar contato físico com o cadáver, pois o vírus permanece viável em fluidos corpóreos e superfícies ambientais.
Acontece quando o corpo começa a apresentar um inchaço exagerado, causado pelas bactérias. Com isso, algumas áreas do corpo humano começam a se romper. Rompimento esse causado pelas larvas de calliphoridade. O tempo da putrefação pode variar entre 25 e 48 horas.
Porém, há um agravante: a matéria orgânica enterrada no cemitério tem a possibilidade de carregar consigo bactérias e vírus que foram a causa da morte do indivíduo, podendo colocar em risco o meio ambiente e a saúde pública.
Por que os mortos são enterrados a 7 palmos do chão?
Quando a peste bubônica assolou a Inglaterra, em 1665, criou-se a regra de enterrar as vítimas a 6 pés de profundidade – ou sete palmos, algo em torno de 1,80 m. Assim, cachorros não conseguiriam acessá-las, nem contaminar mais gente. No Brasil, a medida varia entre 1,30 m e 1,60 m, dependendo do Estado ou da cidade.
Diz a lenda que chove nesse dia porque toda a tristeza das pessoas que perderam um ente querido sobe ao céu e desce em forma de chuva para lavar toda a mágoa de quem ficou.
Não há necessidade de beijar ou tocar no falecido. Basta se aproximar do caixão, rezar ou simplesmente ficar alguns momentos em posição de reflexão; Normalmente no velório, a família providencia a presença de algum religioso para as palavras e orações finais.
“Há um período de recolhimento após a perda, para a pessoa poder estar consigo mesma e com os familiares, mas, assim que as condições estiverem reunidas, pode ser conveniente ir normalizando. Porque isso vai ajudar a integrar a realidade da perda”, aponta a psicóloga.