Intertextualidade é o fenômeno de referenciar conteúdos e formas de textos, para produzir um novo texto, contribuindo no sentido, para ampliá-lo ou modificá-lo. A intertextualidade é a presença textual de elementos semânticos e/ou formais que se referem a outros textos produzidos anteriormente.
Assim, a intertextualidade explícita se trata de estabelecer uma relação entre dois textos diferentes, seja citando, seja fazendo alusões a ele. A partir daí, várias leituras podem ser feitas para trás e para frente, já que as conexões entre os textos permitem entendê-los melhor.
Intertextualidade é o nome dado à relação que é feita quando em um texto é citado outro texto que já existe. Esse fenômeno se trata do "diálogo" de um texto com um ou mais textos, que podem ser verbais, não-verbais ou mistos. Isto quer dizer que, a intertextualidade não precisa ser necessariamente em gêneros iguais.
A intertextualidade explícita ocorre quando há uma referência direta a um texto; enquanto a intertextualidade implícita acontece quando quem escreveu o texto conta com o conhecimento de mundo, a bagagem cultural, de quem lê (KOCH; BENTES; CAVALCANTE, 2008).
A intertextualidade ocorre quando um texto está inserido em outro texto, podendo acontecer de maneira implícita (sem citação expressa da fonte) ou explícita (quando há citação da fonte do intertexto).
A alusão é o recurso intertextual utilizado para referenciar (por isso é também chamado de “referência”) ou aludir a um texto anterior, sem citá-lo diretamente, nem se aprofundar nele. Esse método de produção textual traz informações superficiais e objetivas, além de ideias de outros textos, com explicações breves.
Qual a importância da intertextualidade na sala de aula?
A intertextualidade faz com que o aluno tenha uma visão geral não só dos textos atribuídos, mas também dos seus elementos constituintes. No ensino de Língua Portuguesa nas escolas públicas é possível perceber o desinteresse do aluno em relação à leitura de obras literárias.
Na letra da canção há uma referência a um famoso provérbio latino: si uis pacem, para bellum, cuja tradução é Se queres paz, te prepara para a guerra, exemplificando, assim, aquilo que chamamos de intertextualidade implícita, pois não foi feita a citação do texto-fonte.
A intertextualidade é o diálogo estabelecido entre um ou mais textos. Ela ocorre toda vez que um texto se apropria de outro, no nível da composição da frase ou da ideia (veja exemplos no texto de Xico Sá).
Textualidade é a característica fundamental dos textos, orais ou escritos, que faz com que eles sejam percebidos como textos. Não é inerente a eles, pois uma mesma sequência linguística, falada ou escrita, pode ser considerada como texto legítimo por uns e parecer um absurdo, sem sentido, para outros.
A intertextualidade consiste na influência e na relação que um texto exerce sobre outro. Esse processo ocorre durante a produção de um texto, onde o autor coloca, na estrutura de sua produção, referências explícitas ou implícitas de outra obra.
Qual é a diferença entre a intertextualidade e plágio?
O plágio é um tipo de intertextualidade implícita, de caráter doloso, em que o autor do texto dissimula a autoria pelo ocultamento do texto alheio. Para que haja plágio é preciso que haja intertextualidade das semelhanças, intertextualidade de forma e de conteúdo.
Como podemos trabalhar a intertextualidade em sala de aula?
Explique aos alunos que os textos apresentados dialogam com textos que já existiam antes deles. Apresente cada texto e solicite às equipes, uma por vez, que identifiquem o texto que serviu de base a ele. Se a equipe acertar, marca um ponto; caso não acerte, proponha a mesma tarefa à outra equipe.
Qual a diferença entre paráfrase e intertextualidade?
A paráfrase é a ratificação de um texto que já existe. Nessa intertextualidade, existe a repetição do assunto ou um pedaço dele. Em outras palavras, a ideia inicial é preservada. Dessa forma, podemos afirmar que parafrasear um texto é a mesma coisa que refazê-lo com palavras distintas, conservando sua essência.
A intertextualidade no Enem é cobrada através da apresentação dos diversos recursos linguísticos e extralinguísticos presentes em todas as disciplinas da prova.
O filme “Deu a louca na chapeuzinho” é um ótimo exemplo de intertextualidade. Trata-se de um filme de animação que inicia pela clássica cena com o lobo, a menina estranhando os olhos, boca, mãos da “vovó”, culminando na entrada teatral do lenhador com seu machado.
Os textos normativos são considerados como textos regulatórios capazes de sistematizar leis e códigos que asseguram nossos direitos e deveres. Esta modalidade textual também regula as normas funcionais de uma determinada comunidade, instituição, igreja, escola, empresas privadas ou instituições públicas.
O termo intertextualidade surgiu e foi reutilizado por Julia Kristeva em 1969 para explicar o que Mikhail Bakhtin, na década de 20, entendia por dialogismo. Ou seja, são duas variações de termos para um mesmo significa- do.
Muitos escritores e compositores utilizaram esse recurso na construção de paródias, paráfrases ou citações. Como é um conceito amplo e passível de classificações, a intertextualidade pode ser classificada em dois tipos principais: intertextualidade explícita e intertextualidade implícita.