As comunidades quilombolas sofrem violações de direitos humanos porque estão historicamente submetidas a um processo de expropriação de seus territórios que segue o mesmo roteiro de injustiça em função da pressão exercida atualmente por agentes ligados ao agronegócio.
Quilombo é sinônimo de luta pela terra e liberdade, e desta luta que começou há mais de trezentos anos surgiram as comunidades quilombolas do Vale do Ribeira. Comunidades que sobreviveram até hoje na contracorrente da concentração fundiária e da devastação da Mata Atlântica.
O que as comunidades quilombolas enfrentam atualmente?
Os remanescentes de quilombos enfrentam problemas sérios, principalmente no que diz respeito à titulação de suas terras. Segundo pesquisa elaborada pelo Centro de Cartografia da Universidade de Brasília, das 2.228 comunidades quilombolas no Brasil, apenas 119 tiveram território regularizado até meados deste ano.
Para que as comunidades quilombolas lutam hoje em dia?
Segundo Martins, “a principal demanda das comunidades quilombolas no ES é a titulação dos seus territórios, bem como o investimento em técnicas agrícolas. Não há assistência técnica específica para essas comunidades, nem para a comercialização e divulgação dos seus produtos. A segunda é a educação.
Ainda hoje existem comunidades quilombolas que resistem à urbanização e tentam manter seu modo de vida simples e em contanto com a natureza, vivendo, porém, muitas vezes em condições precárias devido à falta de recursos naturais e à difícil integração à vida urbana e não tribal.
Quilombo é resistência e organização; e por isso incomoda | CNN BRASIL
Por que os quilombolas lutam até os dias atuais?
Alguns quilombolas também vivem em áreas urbanas, onde enfrentam desafios relacionados à especulação imobiliária e ao acesso a serviços públicos. A luta pela titulação de terras continua sendo uma questão central, pois a posse legal do território é crucial para a segurança e a preservação cultural das comunidades.
A questão agrária segue como a maior luta das/os quilombolas que têm seus territórios como espaços fundamentais de vida, produção, luta e resistência, ao mesmo tempo em que ainda é o maior desafio e motivo de conflitos.
As comunidades quilombolas sofrem violações de direitos humanos porque estão historicamente submetidas a um processo de expropriação de seus territórios que segue o mesmo roteiro de injustiça em função da pressão exercida atualmente por agentes ligados ao agronegócio.
Hoje, após mais de três décadas de vigência do Artigo 68, pouco mais de duzentas comunidades tiveram seus territórios reconhecidos. São cerca de 6 mil comunidades quilombolas no Brasil (Conaq, 2021), das quais mais de 3 mil são certificadas pela Fundação Cultural Palmares.
Quais são as maiores dificuldades hoje enfrentadas pelo povo quilombola?
Falta de água, de emprego e renda, de acesso às políticas públicas existentes. Esses elementos fazem parte das condições de vida das comunidades quilombolas no Brasil. Contudo, o maior “problema da comunidade é quando os meninos estão pedindo as coisas para comer e não tem.
Entre os impactos ambientais que afetam os territórios quilombolas estão o desmatamento, a degradação florestal e os incêndios, além da perda de biodiversidade e degradação de recursos hídricos pela exploração mineral e atividades de agricultura e pecuária no entorno dos territórios, facilitadas por obras de ...
Quando pensamos em quilombo no Brasil vem à nossa mente o famoso Quilombo dos Palmares, sediado no Nordeste e que contemplou uma rede de 12 quilombos, chegando a contar com mais de 20 mil pessoas.
Primeiro, a desvantagem educacional quilombola não pode ser atribuída nem genericamente à sua situação rural, nem particularmente à situação dos municípios em que os territórios se encontram.
A pastoral contabilizou 1.768 conflitos no campo, considerando as disputas por terras, conflitos por água e trabalhistas. As categorias que mais sofreram com essas ações predatórias foram justamente indígenas (317 casos) e quilombolas (210 casos).
Os quilombos eram comunidades de africanos e seus descendentes que fugiam da escravidão. Nesses locais viviam em liberdade, produzindo o que necessitavam para viver. Eram locais onde tinham a possibilidade de resgatar suas tradições culturais e religiosas.
Hoje, centenas de anos depois, essas comunidades quilombolas seculares, herdeiras deste legado de luta, seguem na lida pela reconhecimento e titularização de seus territórios e garantia de direitos. “São mais de 6 mil comunidades quilombolas no país. No nordeste, nós passamos de 2.300 comunidades quilombolas.
Os quilombos continuaram existindo e sendo formados mesmo após o fim formal da escravidão. A existência de quilombos contemporâneos é uma realidade latino-americana. Tais comunidades são encontradas na Colômbia, Equador, Suriname, Honduras, Belize e Nicarágua.
Os quilombolas são membros das comunidades remanescentes de quilombos no Brasil, resultantes da luta pela liberdade e da resistência à escravidão. Quilombolas são membros remanescentes das comunidades chamadas quilombos.
Ser quilombola não é coisa do passado. Uma das questões mais atuais da resistência dessas comunidades é a luta pelo território. No Brasil, o número de quilombos titulados é baixo. Quilombolas enfrentam ameaças do agronegócio, da especulação imobiliária e do próprio poder público.
Na atualidade, quilombolas são pessoas que vivem em comunidades remanescentes de quilombos e têm identificação histórica, com os costumes e com o território. Com base na Secretaria Especial do Desenvolvimento Social, a identificação de uma pessoa como quilombola é autodeclaratória.
Qual é a importância da luta e da organização de comunidades quilombolas?
As comunidades quilombolas são uma ótima fonte de informações sobre parte de nossa história, reconhecidas a partir de um processo de autodefinição, em que se leva em conta também as relações com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias.
Ao longo de quase um século, o Quilombo dos Palmares enfrentou numerosas expedições militares enviadas pelo governo para dominá-lo. Após várias tentativas de acordo, o governo recorreu ao bandeirante Domingos Jorge Velho, oferecendo-lhe armas, terras e dinheiro pelo resgate dos escravos que haviam fugido.
Quilombolas enfrentam barreiras no acesso a saúde e insegurança alimentar durante pandemia, diz nota técnica. Nota técnica publicada pelo grupo Racismo e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) aponta que, durante a pandemia da Covid-19, comunidades quilombolas espalhadas pelo país com grande conc...
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