A coragem não é, portanto, uma virtude que age sozinha: a ela estão vinculadas três outras virtudes essenciais: a justiça, prudência e saber (ou, como escreve Foucault, coragem de saber e coragem da verdade). Por fim, a coragem só ganha sentido se se transformar em ação política.
A coragem pode ser definida, em primeiro lugar, como firmeza diante das dificuldades, envolvendo capacidade para ultrapassar as situações de perigo e enfrentar o medo.
Na ética de Aristóteles, a coragem (ou bravura) é uma virtude moral que se encontra no meio-termo entre a covardia e a imprudência. É uma das virtudes fundamentais que se manifesta em diferentes áreas da vida humana e é entendida como a disposição para enfrentar o medo e o perigo com determinação e moderação.
Palavra que vem do latim (coraticum), mas que se moldou no português por influência da língua francesa (courage), a coragem – cujo significado literal é “ação do coração” – navega nas águas turbulentas do medo, sentimento que domina o cenário contemporâneo.
“A coragem é a capacidade de agir apesar do medo, do temor e da intimidação. Deve-se notar que coragem não significa a ausência do medo, e sim a ação apesar deste. O contrário da coragem é tida normalmente como covardia. O homem sem temor motiva-se a ir mais além.”
"Um homem é aquele que teria a virtude da coragem", explica Cortella
O que gera coragem?
A coragem não é a total ausência de medo, mas é não ceder ao medo, é manter-se em movimento mesmo na insegurança. É se libertar das amarras que lhe prendem no lugar. É conseguir agir apesar do medo. Tentar fugir do medo, ou disfarçá-lo, só o torna mais forte.
Peterson e Seligman (2004) interpretam a coragem como um núcleo forte de virtudes humanas que inclui: valor (em face do perigo), autenticidade (sinceridade), entusiasmo/gosto de viver (em situações desafiantes) e esforço/perseverança (levar as tarefas e desafios até ao fim).
A coragem não é, portanto, uma virtude que age sozinha: a ela estão vinculadas três outras virtudes essenciais: a justiça, prudência e saber (ou, como escreve Foucault, coragem de saber e coragem da verdade). Por fim, a coragem só ganha sentido se se transformar em ação política.
Alguns estudiosos da etimologia apontam que coragem vem do Latim “Coraticum”, por sua vez, derivado de “cor”, “cordis”, “coração”. Nesta linha de pensamento encontramos uma lição importante: o coração era considerado, na antiguidade, a “casa” que abrigava tanto a coragem quanto a inteligência.
A coragem é necessária para o momento em que decidimos enfrentar a nós mesmos e admitir que podemos estar errados ou seguindo um caminho que não nos serve. Precisamos de coragem para reconhecer nossas imperfeições e tomar a atitude de mudar internamente e explorar novos percursos.
Quais são as 4 principais virtudes segundo Aristóteles?
Esses valores incluem generosidade, honestidade, bravura e bondade. O oposto da virtude é o vício. Se virtudes são coisas que melhoram nosso caráter, vícios são aqueles que pioram nosso caráter.
Parte de ser forte e corajoso significa confiar no Senhor como nossa verdadeira fonte de força. No caso de Josué, ele não tinha todas as respostas para os desafios diante dele. Mas ele foi aconselhado a seguir em frente mesmo assim, agindo com fé.
Para Platão e Aristóteles, o coração é a sede das emoções e coragem significa a ação do coração. O coração é a força para enfrentar os perigos do mundo. Mas ao mesmo tempo, esta força precisa ser regulada. Para Platão e Aristóteles, esta regulação é feita pela Razão.
1. Atitude firme (sem hesitação, sem temor ou sem fraqueza) diante de situações perigosas ou difíceis; BRAVURA; DESTEMOR: Foi muita coragem dele enfrentar os bandidos.
A coragem é uma emoção que nos permite agir em situações desafiadoras, apesar do medo ou da insegurança. Ela é caracterizada pela capacidade de enfrentar riscos e incertezas em busca de um objetivo importante ou em defesa dos nossos valores e princípios.
A palavra latina cor, por sua vez, pode ser derivada da raiz indo-europeia kerd-, da qual derivaram tanto a palavra grega kardia (καρδία) – em cujo significados encontram-se coração, a vida do espírito (pensamentos e sentimentos) e também, por analogia, o meio, mediania – quanto a palavra latina credere, que ...
De acordo com a pesquisadora Brené Brown, ao contrário do senso comum, uma pessoa corajosa não é aquela que se mostra sempre destemida e confiante diante de todas as situações, e sim quem sabe abraçar e demonstrar as suas vulnerabilidades e imperfeições.
Coragem é a confiança que uma pessoa tem em momentos de temor ou situações difíceis, é o que o faz viver lutando e enfrentando os problemas e as barreiras que colocam medo, é a força positiva para combater momentos tenebrosos da vida. Platão correlaciona coragem, razão e dor.
A coragem é a principal de todas as virtudes porque com ela você pode executar todas as outras. Se você pensa que consegue chegar no seu objetivo, é verdade. Mas se você pensa que não consegue, também é verdade. Afinal, a qualidade dos nossos pensamentos afeta diretamente a qualidade da nossa vida.
Para ser corajoso é preciso que ter capacidade de rever as suas atitudes e comportamentos, assumir os seus erros e até mesmo de se reposicionar quando necessário. É preciso avaliar o que faz hoje e como isso está a influenciar a busca pelos seus objetivos.