No Brasil, aproximadamente um em cada dez estudantes é vítima frequente de bullying nas escolas. São adolescentes que sofrem agressões físicas ou psicológicas, que são alvo de piadas e boatos maldosos, excluídos propositalmente pelos colegas, que não são chamados para festas ou reuniões.
A especialista diz que o bullying físico, verbal e psicológico são os que acontecem com mais frequência e, muitas vezes, começam como brincadeiras inofensivas.
O bullying, infelizmente, está presente em todos os cantos da sociedade, mas essa prática ocorre com mais frequência nas escolas, sejam elas públicas ou privadas, rurais ou urbanas.
A Lei nº 13.185, em vigor desde 2016, classifica o bullying como intimidação sistemática, quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação. A classificação também inclui ataques físicos, insultos, ameaças, comentários e apelidos pejorativos, entre outros.
Video Bullying na escola (Video Curto com história) @atividadedealfabetizacao @Marcelo.Darcini
Qual a idade que mais sofre bullying?
A percepção de bullying é mais frequente entre pessoas mais jovens. Pessoas de 16 a 29 anos, 52% delas disseram que já sofreram bullying no ambiente escolar. Ao passo que pessoas com 60 anos ou mais, cai para 19%.
A professora Laís Bueno, coordenadora dos cursos de Marketing e Pedagogia da UniAlfa, apontou que o Brasil é o 2º país do mundo em casos denunciados de cyberbullying – o 1º lugar é da Índia e o 3º dos Estados Unidos.
O bullying verbal é um dos tipos mais comuns e geralmente começa com um apelido maldoso, normalmente relacionado com alguma característica física da pessoa. Ademais, o bullying psicológico é caracterizado por xingamentos e humilhações constantes.
Debate sobre o bullying nas escolas; estímulo a campanhas educativas e informativas; sensibilização, diagnóstico e prevenção desse tipo de violência, bem como a utilização de recurso visual com destaque para a cor laranja.
Uma lei que entrou em vigor este ano define o bullying como crime. O objetivo é inibir essa prática nas escolas e, principalmente, no mundo virtual, onde o Brasil está no topo da lista nesse assunto. A palavra bullying é de origem inglesa e faz referência a alguém que é valentão, brigão ou tirano.
7. O que é pior: o bullying com agressão física ou o bullying com agressão moral? Ambas as agressões são graves e causam danos ao alvo do bullying. Por ter consequências imediatas e facilmente visíveis, a violência física muitas vezes é considerada mais grave do que um xingamento ou uma fofoca.
No que se refere ao gênero, verifica-se que discentes do sexo masculino têm maior propensão ao envolvimento com o bullying que as meninas, seja como vítima, agressor ou vítima-agressor. Os diferenciais são mais expressivos nas escolas privadas que nas públicas.
Em quais regiões do Brasil o bullying é mais frequente?
a prevalência de prática de bullying foi de 19,8% (IC95% - 19,2;20,3), com maior ocorrência na região Sudeste do país (22,2% - IC95% 21,1;23,4) e no estado de São Paulo (24,2% - IC95% 22,3;26,2), embora a cidade com maior prevalência tenha sido Boa Vista (25,5% - IC95% 22,9;28,1), capital do estado de Roraima; meninos ...
É comum que o bullying, principalmente o bullying na escola, atinja crianças e adolescentes devido a cor da sua pele, por serem alunos com algum tipo de deficiência, pela orientação sexual, aparência, hábitos ou simplesmente seu modo de ser.
Os dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar também indicam que o percentual dos meninos que sofrem bullying (7,9%) é maior do que o de meninas (6,5%). São os meninos também os que mais praticam bullying com os colegas, 26,1% contra 16% das meninas.
O dia 7 de Abril foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, como uma iniciativa de chamar a atenção para os problemas causados pelo bullying no ambiente estudantil e estimular a reflexão sobre o tema.
O bullying acontece por meio de agressões físicas, como: chutes, empurrões, brincadeiras que machucam, entre outras, ou por meio de agressão verbal que consiste em ameaçar ou intimidar alguém; humilhar por qualquer motivo; excluir; discriminar por cor, raça ou sexo; falar mal sem motivos e outras situações.
O bullying é um problema social muito recorrente nas escolas de todo o mundo e, devido a sua gravidade, foi criada a Lei 13.185/2015, que institui o programa de combate à intimidação sistemática ou bullying.
Bullying é uma prática sistemática e constante de agressões e intimidações cometidas por uma pessoa ou grupo contra um indivíduo, causando danos, principalmente, a suas vítimas. Em casos extremos, o bullying pode resultar em agressões físicas.
O que não é bullying? Discussões ou brigas pontuais não são bullying, ou seja, o que for resolvido no momento não é considerado agressividade repetitiva. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também não são considerados bullying.
Os questionários foram respondidos pelas unidades que realizaram o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul lideram. Esses foram os estados com maiores indíces de escolas que registraram ocorrências de bullying.
Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.
A lei prevê multa para os autores de bullying, e reclusão de dois a quatro anos, além de multa, para quem cometer o mesmo crime em ambientes virtuais (cyberbullying).