_ Grau comparativo de superioridade e grau superlativo: quanto aos graus comparativo e superlativo, "mau" e "ruim" apresentam algumas divergências. superlativo absoluto seria “péssimo” (expressões que se alternariam no uso, segundo as gramáticas em estudo, com “o mais mau” e “muito mau”).
O superlativo absoluto sintético de ruim – tal como do adjetivo mau – é péssimo (cf. Luiz Autuori e Oswaldo Proença Gomes, em Nos Garimpos da Linguagem, p. 56), uma das formas especiais ou anómalas da formação dos superlativos.
Assim, e como poderá constatar nos capítulos Grau dos advérbios (normal e comparativo) e Grau dos advérbios (normal e superlativo) da Gramática do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o superlativo absoluto sintético de mal é pessimamente.
Os adjectivos velho, esperto, forte e mau flexionam no grau superlativo absoluto sintético como velhíssimo, espertíssimo, fortíssimo e malíssimo/péssimo, respectivamente.
Do mesmo modo, fala-se de ótimo como o superlativo absoluto sintético de bom, e não de melhor, embora se trate sempre do mesmo adjetivo. Por outras palavras, melhor diz respeito ao adjetivo bom e ao advérbio bem, no grau comparativo de superioridade. Quanto ao superlativo, corresponde este a ótimo.
De facto, dicionários como o lexico.pt, em linha, atestam a forma dificilíssimo como uma das hipóteses do superlativo absoluto sintético do verbo difícil. Contudo, dicionários como Aulete, Michaelis, Dicionário da Língua Portuguesa, etc., não atestam esta forma, mas somente dificílimo.
"Calorzão" ou "calorão"? A resposta é simples: a forma correta é "calorão". O sufixo "ão" é o aumentativo regular da palavra "calor", e é o que está presente nos dicionários.