Dentro do cabeçote de chumbo do aparelho, os trabalhadores encontraram uma cápsula com 19 gramas de um pó que ficava esbranquiçado de dia e brilhante de noite. A substância radioativa, chamada Césio-137, espalhou-se pela cidade, ocasionou quatro mortes e deixou mais de mil pessoas afetadas pela radiação.
Entre os lugares mais incríveis e perigosos do mundo está o Lago Karachay. Neste local não é altitude, a geografia ou os animais que oferecem risco aos visitantes, mas a radioatividade.
O desastre ocorrido em Goiânia começou por causa de um descarte inadequado de um aparelho de radioterapia abandonado. A violação da cápsula de chumbo, contendo um pó azulado que emitia radiação, o césio-137, provocou o acidente que envolveu, direta e indiretamente, diversas pessoas.
A cápsula acabou sendo violada e liberou o material radioativo, que chamou a atenção de muitos em virtude da luminescência do césio, que é um pó que brilha no escuro, em um tom azulado. O nome desse elemento, inclusive, tem origem no latim“caesius”, que significa céu azul.
Para retornar ao estado de equilíbrio anterior, os elétrons têm que se livrar do excesso de energia. E fazem isso emitindo luz. Daí o brilho do césio 137. “Outros materiais muito radioativos, como o rádio, também têm a propriedade de brilhar no escuro”, acrescenta o químico Atílio Vanin, da Universidade de São Paulo.
Cerca de 6 mil toneladas de lixo radioativo foram recolhidas na capital goiana após o acidente. Todo esse material com suspeita de contaminação foi levado para a unidade de do Cnen em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana da capita, onde foi enterrado.
Em uma das duas frações radioativas que eles por fim conseguiram obter estava um novo elemento, que foi denominado “rádio” (do latim radius, raio), por parecer mais radioativo do que qualquer outro elemento. Hoje sabemos que o rádio é dois milhões de vezes mais radioativo que o urânio.
Na indústria química, o césio é empregado como catalisador em reações orgânicas de hidrogenação e em métodos de purificação do petróleo. Atualmente, uma das mais importantes aplicações desse elemento é na composição dos fluidos de perfuração para as indústrias de gás natural e petróleo.
Atualmente, a lei ucraniana proíbe viver na zona de Chernobyl. O governo da Ucrânia reconhece que aquela parte do território está poluída. No entanto, entre 130 e 180 pessoas, principalmente idosos, vivem aqui.
Mais de 30 anos depois, os cientistas estimam que a zona em torno da antiga usina não será habitável por até 20.000 anos. No entanto o evento serviu como um fator positivo para a melhoria nos fatores de segurança e conscientização da tecnologia nuclear.
Ilhas Marshall é um país da Oceania formado por mais de mil ilhas no Oceano Pacífico. Os atóis de Bikini e Eneuetak foram palco de testes nucleares estadunidenses, fato que fez das Ilhas Marshall a região de maior contaminação radioativa do mundo. Ouça o texto abaixo!
Além de Flamarion, outras quatro pessoas foram condenadas pelo césio-137: Carlos de Figueiredo Bezerril – médico responsável pelo Instituto Goiano de Radiologia (IGR), onde a cápsula foi achada. Criseide Castro Dourado – médica responsável pelo IGR. Orlando Alves Teixeira – médico responsável pelo IGR.
No dia 13 de setembro de 1987, ocorreu em Goiânia o maior acidente radioativo em área urbana; a população mundial ainda não havia se recuperado do acidente radioativo que ocorreu na usina nuclear de Chernobyl, em razão da explosão de um dos reatores, no ano de 1986.
O urânio é um metal de coloração prateada, radioativo, denso, flexível e maleável. O elemento químico urânio (número atômico 92) possui três isótopos principais – urânio 234; urânio 235 (físsil, usado como combustível nuclear) e urânio 238.
As radiações ionizantes são aquelas que têm energia suficiente para remover dos átomos, elétrons firmemente dispostos, criando então os íons. Têm energia suficiente para danificar o DNA das células e causar câncer. Elas podem ser classificadas com não evitáveis (naturais) e evitáveis (não naturais).
Em setembro de 1987 aconteceu o acidente com o Césio-137 (137Cs) em Goiânia, capital do Estado de Goiás, Brasil. O manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado, onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, gerou um acidente que envolveu direta e indiretamente centenas de pessoas.
Entre as vítimas do acidente que sobreviveram está o pensionista e catador de material reciclável Donizeth Rodrigues de Oliveira, de 52 anos. Ele relata que trabalhou no ferro-velho para onde o material radioativo foi vendido.
Ao contrário do que muita gente pensa, o lugar mais radioativo do mundo não é Chernobyl — embora esse tenha sido um dos piores acidentes nucleares da história da humanidade. Hoje, os maiores níveis de radiação nocivos ao corpo humano e ao meio ambiente são encontrados na cidade de Fukushima, no nordeste do Japão.
O acidente com Césio-137 resultou em quatro vítimas fatais diretas. A primeira e mais conhecida delas foi a menina Leide das Neves Ferreira, sobrinha de Devair Ferreira. Ela chegou a ingerir alimentos com as mãos sujas de Césio-137, e faleceu no Rio de Janeiro, onde esteve em tratamento, no dia 23 de outubro de 1987.
A exposição externa ao césio-137 pode causar queimaduras, doenças agudas em função da exposição à radiação, como câncer e problemas neurológicos, e morte. Os efeitos dependem da dimensão da exposição.