De acordo com dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, 209.124 mil pessoas foram afastadas do trabalho devido a transtornos mentais.
"Uma das principais explicações para esse aumento é o estresse sem precedentes causado pelo isolamento social decorrente da pandemia, além das restrições à capacidade das pessoas de trabalhar, busca de apoio de familiares e vida social ativa.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com transtornos de ansiedade, representando cerca de 9,3% da população.
Dificuldade de acesso a tratamento de qualidade na rede pública de saúde; Forte estigma social ainda existente no país em relação aos transtornos mentais; Falta de um protocolo de atendimento para a depressão.
Pessoas diagnosticadas como ansiosas tem menos propensão em distinguir estímulos seguros, neutros e ameaçadores. Além disso, o cérebro de quem sofre com ansiedade não consegue diferenciar situações novas e irrelevantes de algo familiar, resultando em medo, insegurança e outros sintomas da ansiedade.
Enquanto os jovens estão especialmente sujeitos à ansiedade, os mais velhos convivem mais com depressão, segundo dados do último Relatório sobre Saúde Mental no Mundo, publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Atrás somente da Ucrânia, que realiza mais que o triplo das pesquisas, o brasileiro se mantém nessa posição do ranking quando pesquisado nos últimos 12 meses. O termo ansiedade é derivado do anseio, do medo e da preocupação, muitas vezes em forma de reações mentais à tristezas que muitas vezes não são vividas.
De acordo com a OMS, cerca de 5,8% da população brasileira sofrem de depressão – um total de 11,5 milhões de casos. O índice é o maior na América Latina e o segundo maior nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos, que registram 5,9% da população com o transtorno e um total de 17,4 milhões de casos.
Ambiente (evento estressante no trabalho, rotina agitada) Personalidade ou modelo de pensamento (como a pessoa encara os desafios do dia a dia) Histórico de trauma (evento de alto impacto emocional como abusos) Doenças físicas (hormonais, cardiopatias, diabetes, dores crônicas, depressão e abuso de drogas)
O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é um tipo de ansiedade intensa, excessiva e persistente. Na TAG, a condição da ansiedade é permanente, interferindo na qualidade de vida do portador de forma significativa.
Especialistas apontam para estresse causado por isolamento na pandemia , índice elevado de desemprego, recorrentes mudanças no rumo da economia e falta de segurança pública como principais fatores.
Qual o país com maior índice de depressão e ansiedade?
Os Estados Unidos estão no topo da lista dos países mais ansiosos do mundo. Aproximadamente 18% da população americana tem um transtorno de ansiedade. Os motivos para isso incluem a incerteza política e econômica, o aumento da criminalidade e o alto custo da assistência médica.
Já o país com menor prevalência de depressão no mundo, segundo o relatório, são as Ilhas Salomão, na Oceania, onde a depressão atinge 2,9% da população. Além dos Estados Unidos, os países que têm prevalência de depressão maior do que o Brasil são Austrália (5,9%), Estônia (5,9%) e Ucrânia (6,3%).
A depressão, presente de modo provavelmente universal nas variadas populações do mundo e registrada desde tempos remotos (Del Porto, 2004), tem sido avaliada, em muitos estudos epidemiológicos, como sendo aproximadamente duas vezes mais prevalente em mulheres que em homens (Angst et al., 2002; Weissman et al., 1996).
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país com maior número de pessoas ansiosas. Cerca de 9,3% dos brasileiros já sentiram sintomas da síndrome. O país está à frente do Paraguai, Noruega e Nova Zelândia.
As maiores prevalências estão na região Sul (18,3% de pessoas com depressão), entre as mulheres (18,1% delas já tiveram diagnóstico), e na faixa etária de 55 a 64 anos (17%), seguida pelos jovens de 18 a 24 anos (14,1%).