Águas-vivas são seres marinhos cujos tentáculos possuem células urticantes (nematocistos), usadas para defesa ou captura de suas presas. Uma vez em contato com a pele humana, eles causam ferimentos que podem gerar muita dor. A princípio, as águas-vivas e caravelas não causam queimaduras e sim envenenamentos químicos.
Em contato com a pele humana, as toxinas liberadas podem causar quadros de dor, vermelhidão e inchaço. Raramente ocorrem quadros mais graves como náuseas, vômitos, manifestações cardíacas ou respiratórias.
Principalmente, reações alérgicas e estas podem levar à insuficiência cardíaca, insuficiência respiratória, edema de glote e até mesmo choque anafilático. O problema é que, além de serem enfermidades que já causam problemas sozinhas, quando ocorrem dentro do mar, o indivíduo ainda pode se afogar.
O professor da USP conta que os tentáculos se assemelham a um arpão, cujas pontas disparam o veneno. “Elas injetam abaixo da derme e, por serem muito pequenas, geralmente são várias centenas de cnidas disparadas em quem encostar nelas.” O professor explica que todas as águas-vivas têm veneno, mas nem todos nos afetam.
As águas-vivas são animais marinhos, chamados de cnidários. Possuem pequenos tentáculos que contêm células urticantes (nematocistos), que queimam em contato com a pele. “A água doce agrava a queimadura, pois dispara as toxinas de nematocistos que eventualmente estavam intactos”, informa a bióloga.
De dores abdominais, desmaios e até mesmo ataques cardíacos: encontrar com esses seres marinhos pode ser altamente perigoso para a saúde humana. Os efeitos de uma queimadura causada pelo contato com uma água-viva varia de acordo com o tipo desse animal marinho invertebrado.
Elas possuem células com estruturas microscópicas que funcionam como um pequeno arpão, chamadas cnidas, que carregam em seu interior toxinas ou venenos.
Os principais sintomas da lesão provocada pela água-viva são dor forte, inchaço e ardência acompanhados por marcas vermelhas ou escurecidas deixadas pela ação do veneno na pele da vítima.
No litoral brasileiro, as medusas que mais causam envenenamentos são a caravela Physalia physalis, a hidromedusas Olindias sambaquiensis, a cifomedusa Chrysaora lactea.
A água-viva é consumida em toda a Ásia, mas ainda é raro encontrá-la nos restaurantes ocidentais. Na China, por exemplo, a água-viva é consumida há mais de mil anos. A salada de água-viva é uma iguaria popular no país.
Queimadura de água viva dura quanto tempo? A dor forte costuma durar meia hora, começando a diminuir assim que água do mar e vinagre são aplicados. Em seguida, o ferimento pode permanecer por algumas horas ou dias, conforme o tipo de contato.
Existem muitos mitos acerca do que fazer em caso de ferimento por água-viva. É possível que você já tenha ouvido alguém falar de urina e limão para tratar o problema. Jamais faça isso! Eles podem irritar ainda mais o local e trazer mais complicações.
O vinagre contém uma substância, conhecida como ácido acético, que neutraliza o veneno da água viva. Em nenhum caso se deve aplicar urina ou álcool na região pois podem agravar a irritação.
Um único tentáculo pode conter milhares de agulhas. A gravidade da picada depende do tipo de animal. A picada da maioria das espécies resulta em uma erupção cutânea pruriginosa e dolorosa que pode se transformar em bolhas cheias de pus que, mais tarde, acabam por rebentar.
fleckeri , como outras Cubozoa, é uma das responsáveis pela Síndrome de Irukandji. Considerada como a água-viva mais letal do mundo, a quantidade de veneno em um espécime adulto é suficiente para matar 60 humanos adultos.
Menos se você for uma água-viva da espécie Turritopsis dohrnii. Neste caso, a não ser que algum predador a abocanhe, o céu é o limite: essas criaturas podem viver indefinidamente. O primeiro a detectar a suposta "imortalidade" dessa água-viva foi o então estudante de biologia marinha alemão Christian Sommer, em 1988.
Compressas de água do mar ou soro fisiológico gelado podem ser aplicadas para aliviar a dor, pois têm efeito analgésico. É importante nunca usar água doce, urina, sabonete ou álcool na área afetada, pois podem estimular a liberação do veneno que ainda pode estar presente nos tentáculos.
A medusa é da espécie Tamoya haplonema e considerada muito perigosa. "Apresentam toxina forte com respostas na pele e marcas podendo ter reações sistêmicas: dor, náuseas e vômitos, disse."
Por que as águas-vivas podem machucar? Esses animais possuem células com substâncias tóxicas usadas na captura de suas presas. O líquido tóxico que provoca dor intensa é encontrado no interior de estruturas urticantes chamadas de nematocistos, localizados principalmente nos tentáculos.
A água-viva é capaz de transformar todas as células existentes em um estado mais novo. Digamos que ela morre, mas ressuscita mais nova. O processo científico é chamado transdiferenciação e é usado quando uma célula já diferenciada sofre uma transgressão dessa diferenciação e se torna um outro tipo de célula.
O primeiro passo é remover as agulhas deixadas pela água-viva, sempre com água do mar e apoio de uma pinça. Caso tenha vinagre à disposição, deve ser derramado sobre a ferida, pois o ácido neutraliza o veneno. Depois de certo tempo, hidratante gelado e água termal também ajudam a melhorar a vermelhidão.
Mas qual a função destes animais para o meio ambiente? Apesar de seus tentáculos urticantes ajudarem a manter os predadores longe e seu corpo transparente auxiliá-la a passar despercebida, alguns animais, como as tartarugas-cabeçudas, o peixe-lua e o peixe-enxada, possuem uma alimentação à base de águas-vivas.
As espécies que ocorrem no Brasil não causam lesões epidérmicas graves e os sintomas geralmente se resumem a dores e irritações na pele, mas em casos raros podem ocorrer reações sistêmicas como febre, câimbras, vômitos, dificuldades respiratórias e nesses casos recomenda-se a procura por atendimento médico.