Os quilombolas cultivavam e processavam alimentos, pescavam e criavam animais e, em todas essas práticas, que variavam de território a território, observa-se a presença marcante de alimentos como milho, mandioca, feijão, batata, arroz, banana, cana-de-açúcar, melancia e diversas outras plantas e frutas nativas.
O cultivo de mandioca, milho, feijão e arroz compõe a base alimentar dessas comunidades quilombolas desde o período colonial. A partir desta cultura alimentar, estruturaram-se modos de fazer o plantio, de colheita e de troca que se tornaram tradicionais dentro da comunidade.
A formação dos quilombos, comunidades autônomas estabelecidas por escravos fugidos, foi um ato de resistência contra o sistema escravocrata. Nessas comunidades, a culinária se apresentava como um elemento de união, identidade e sobrevivência.
A agricultura de pequena escala realizada pelos quilombolas implica no manejo de alta diversidade inter e intraespecífica. Durante o ano agrícola de 2019, foram cultivadas 42 espécies em roças e hortas, compreendendo 83 variedades.
As comunidades quilombolas, uma herança dos refúgios dos negros escravizados que começaram a se formar no século 16, vivem, praticamente, da agricultura familiar.
Os grupos indígenas ensinaram os quilombolas a plantar e processar outros alimentos como a mandioca, uma raiz comestível. Assim como as comunidades indígenas, as comunidades quilombolas gerenciam suas terras de maneira comunal. Não separam terrenos para indivíduos e cultivam a terra como um grupo.
Quando pensamos em quilombo no Brasil vem à nossa mente o famoso Quilombo dos Palmares, sediado no Nordeste e que contemplou uma rede de 12 quilombos, chegando a contar com mais de 20 mil pessoas.
Os quilombos eram comunidades de africanos e seus descendentes que fugiam da escravidão. Nesses locais viviam em liberdade, produzindo o que necessitavam para viver. Eram locais onde tinham a possibilidade de resgatar suas tradições culturais e religiosas.
Nas comunidades quilombolas, hoje, existem três religiões predominantes: o catolicismo, o candomblé e o evangelismo. Algumas possuem apenas uma religião, porém, o mais comum é que, numa mesma comunidade, predominem duas ou três religiões diferentes.
Quilombola. Uma mistura de sabores com gostinho de Brasil, diretamente das propriedades rurais para o seu prato. Alimentos que contam a história da Campina dos Morenos.
Quilombolas usavam com frequência armas e armadilhas aprendidas com os indígenas para defender o quilombo da repressão praticada pelos colonos. O Brasil possui 5.972 localidades quilombolas divididas em 1.672 municípios brasileiros, segundo o IBGE.
Ainda hoje existem comunidades quilombolas que resistem à urbanização e tentam manter seu modo de vida simples e em contanto com a natureza, vivendo, porém, muitas vezes em condições precárias devido à falta de recursos naturais e à difícil integração à vida urbana e não tribal.
O povo do quilombo é um povo alegre, que gosta de música e de dança. O canto está sempre presente em seu cotidiano e nas festas. Entre os quilombolas há um grande número de cantores e compositores, que relatam em suas músicas a vida, a luta e a esperança de seu povo.
Qual o tipo de agricultura para consumo próprio praticado pelos quilombolas?
Ao longo de sua existência, para sobreviver no Vale, os quilombolas praticaram uma agricultura itinerante, herdada dos povos indígenas que habitaram a mesma região, chamada por eles de roça de coivara e que tem outros nomes em outras regiões tropicais.
A comunidade durou quase cem anos. Entre 1597 e 1695, resistiu a investidas da coroa portuguesa e de delegações holandesas, que tentaram por muitas vezes destruir o local, sem sucesso. O quilombo reuniu na serra da Barriga —na época em Pernambuco, hoje região pertencente ao estado de Alagoas— milhares de pessoas.
Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas.
Considerado o maior quilombo do Brasil, o Kalunga (situado nos municípios goianos de Cavalcante, Teresina e Monte Alegre), após conviver com avanço do agronegócio e da mineração, conquista uma importante vitória: as terras da antiga fazenda Nova Aurora, que vão abrigar entre 30 e 40 famílias.
Olá, Podemos explicar de maneira simples que a se dá pelo fato que os Quilombos são as comunidades que eram construídas pelos escravos fugitivos e que queriam se ver livres da escravidão. Quilombola é o nome dado a esses escravos, visto que eles viviam nos quilombos.
É considerada quilombola aquela pessoa que se autodetermina pertencente a esse grupo. A autoatribuição da identidade quilombola é um processo de reflexão da pessoa que pertence a um grupo historicamente constituído e que reivindica sua identidade como membro desse grupo.
Utiliza-se, para tanto, a conceituação de quilombos do período colonial, segundo a qual quilombo era definido como “toda a habitação de negros fugidos, que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que não tenham ranchos levantados e nem se achem pilões nele”.
Os quilombolas cultivavam e processavam alimentos, pescavam e criavam animais e, em todas essas práticas, que variavam de território a território, observa-se a presença marcante de alimentos como milho, mandioca, feijão, batata, arroz, banana, cana-de-açúcar, melancia e diversas outras plantas e frutas nativas.
Qual é a principal fonte de renda dos quilombolas?
A agricultura familiar representa uma importante fonte de renda para os quilombolas. Artesanato, extrativismo, produção cultural, turismo social e venda de produtos feitos pelas comunidades também são alternativas para complementar a renda.
(2011) ao avaliarem a alimentação de uma comunidade quilombola no Rio Grande do Sul evidenciaram que os principais alimentos consumidos eram arroz, feijão, carne e massas, com baixo consumo de frutas. Além disso, observaram na comunidade que o alimento mais consumido entre refeições eram as bolachas e café com açúcar.