Depois que os Estados Unidos se juntaram aos Aliados em 1941, Oppenheimer foi convidado a participar do ultrassecreto Projeto Manhattan, cujo objetivo era desenvolver uma bomba atômica.
Diante da ameaça nazista, durante a Segunda Guerra Mundial, o físico liderou uma equipe de cientistas para a produção de uma arma poderosa para mudar o curso do conflito.
A trama acompanha o físico e um grupo formado por outros cientistas ao longo do processo de desenvolvimento da arma nuclear que foi responsável pelas tragédias nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945.”
"Se eu soubesse que os alemães falhariam na construção da bomba atômica, não teria participado da abertura dessa caixa de Pandora” é uma das frases mais impactantes ditas pelo físico alemão Albert Einstein após seu apoio ao Projeto Manhattan, liderado por J. Robert Oppenheimer.
Em 1966, ele foi submetido a uma série de sessões de quimioterapia, entretanto, entrou em coma logo no ano seguinte, em 15 de fevereiro de 1967. Apenas três dias depois, ele morreu em sua residência, em Princeton, Nova Jersey, aos 62 anos.
E Oppenheimer foi condenado porque um outro cientista não conseguia entende-lo. O processo Oppenheimer lembra a representação teatral da obra de Koestler – O zero e o Infinito, que por sua vez evocava os famosos processos de Moscou.
Além desses personagens, Oppenheimer também destaca algumas figuras históricas que retrataram de maneira diferente da realidade. Por exemplo, o filme sugere que o comunista Jean Tatlock traiu J. Robert Oppenheimer para passar informações secretas para os soviéticos.
Apesar de aparentemente simples, a frase que conclui o filme é uma das que possuem o maior peso. A revelação do poder atômico desencadeou uma reação em cadeia que durou décadas e foi responsável pelo desenvolvimento de armas cada vez mais poderosas — levando o mundo para um caminho sombrio sem escapatória.
Hoje o Laboratório Nacional de Los Alamos ainda serve como centro de estudos da Administração Nacional de Segurança Nuclear, entretanto, os mais curiosos podem visitar algumas das dependências da cidade que uma vez foi secreta, explica o House Beautiful.
Acredita-se que pelo menos 110 mil pessoas tenham morrido nas explosões, que dizimaram as duas cidades em uma escala de devastação nunca vista antes ou depois.
Como retrata o filme, essa discussão ocorreu ao mesmo tempo em que Strauss suspeitava das verdadeiras intenções de Oppenheimer. A desconfiança foi alimentada pelo fato de várias pessoas próximas a Oppenheimer terem sido filiadas ao Partido Comunista americano, incluindo o seu irmão e a sua esposa.
Ao final, Oppenheimer foi inocentado da acusação de ser um colaborador dos soviéticos, mas teve sua licença de segurança revogada (perdendo o acesso a informações confidenciais e não podendo mais participar de projetos que envolviam segredo de estado).
Porque Oppenheimer foi contra a bomba de hidrogênio?
Julius Robert Oppenheimer acreditava que a simples demonstração do funcionamento de sua bomba atômica seria suficiente para acabar com a guerra. No entanto, os EUA não apenas usaram a bomba, como avançaram para a criação da bomba de hidrogênio.
Ele apelidou seu carro de Garuda, o pássaro montaria do deus hindu Vixnu. Oppenheimer nunca se tornou um hindu no sentido tradicional; ele não se juntou a nenhum templo nem rezava para nenhum deus. "Ele ficou realmente encantado com o charme e a sabedoria geral do Bhagavad-Gita", disse seu irmão.
Muitos historiadores, biógrafos e pessoas próximas a Oppenheimer relatam que o cientista foi assombrado pela culpa do que o seu trabalho científico criou. Publicamente, Oppenheimer defendeu que seu trabalho foi realizado de maneira responsável. Ainda assim, ele se tornou um defensor contra o uso de armas nucleares.
Einstein e Oppenheimer tinham um relacionamento integral que ultrapassava a ciência e seus papéis dentro dela. Conforme explorado no filme, a dupla encontrou familiaridade em sua adoração mútua pela revolução científica e suas lutas com o peso drástico e transformador de suas contribuições.
Em "Oppenheimer", por exemplo, na cena que marca o discurso do físico após a explosão da bomba de Hiroshima e Nagazaki, há um erro nas bandeiras dos Estados Unidos presentes nas tomadas. Por lá, aparece a bandeira tradicional dos EUA, composta por 50 estrelas — cada uma representando um estado.
O mais famoso e importante deles foi, de fato, Klaus Emil Julius Fuchs, um físico alemão que trabalhou em Los Alamos, sob a supervisão de Robert Oppenheimer. Atuou infiltrado e forneceu segredos importantes para os comunistas.
Vale lembrar que a preferência dele era frequentar palestras ou ler. Assim, no final do outono de 1925, em uma ação imprudente, ele optou por envenenar a maçã que se encontrava na mesa do professor, para causar um mal-estar.
Os cientistas que ele liderou em Los Alamos, provavelmente, formavam o grupo mais talentoso de cérebros já reunidos em um único laboratório — 12 deles viriam a ganhar o Prêmio Nobel. Em 1954, no auge da era McCarthy, Oppenheimer foi acusado de ser comunista e até de espionar para a União Soviética.
Após a morte de seu pai, Peter estabeleceu-se permanentemente no norte do Novo México, residindo na fazenda Perro Caliente, que seu pai havia adquirido anos antes. Segundo o Today, Peter ainda mora no Novo México e atua como carpinteiro. Ele tem três filhos: Dorothy, Charles e Ella.
Posteriormente, entre 1947 e 1952, Oppenheimer passou a ocupar o cargo de presidente do Comité de Assessoria Geral (GAC) da Comissão de Energia Atómica dos Estados Unidos da América (AEC), no qual se opôs ao desenvolvimento da bomba de hidrogénio.