Testes moleculares, como a reação em cadeia da polimerase (PCR), podem ser úteis na detecção do DNA do Treponema pallidum no LCR. Além disso, biomarcadores mais específicos estão sendo investigados como indicadores auxiliares para o diagnóstico de neurossífilis.
O exame do líquor (líquido cefalorraquidiano) desempenha um papel fundamental nesse processo, fornecendo informações importantes sobre a presença da infecção no sistema nervoso central.
Os principais sintomas de neurossífilis incluem: Distúrbios da visão e cegueira; Falhas de memória ou dificuldade em concentração; Alteração na marcha ou dormência nas pernas e pés.
Neurossífilis. O tratamento da neurossífilis é feito com a penicilina G cristalina (3-4 milhões de unidades via intravenosa), a cada 4 horas, durante 14 dias. Se o paciente for alérgico, o tratamento de escolha é a ceftriaxona(2g), via intravenosa, uma vez ao dia, de 10 a 14 dias.
O que é VDRL ? VDRL é a sigla usada para Venereal Disease Research Laboratory que, em tradução literal para o português, é o Estudo Laboratorial de Doenças Venéreas. O método é usado para identificar pacientes portadores da sífilis, uma doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema Pallidum.
O VDRL é mandatário no diagnóstico da neurossífilis?
Qual a diferença entre VDRL e FTA-ABS?
Ao contrário do VDRL, cujo valor cai progressivamente com a cura e pode ficar negativo após alguns anos, o FTA-ABS uma vez positivo assim permanecerá, mesmo após a cura do paciente. No entanto, algumas pessoas tratadas durante a sífilis primária podem negativar o FTA-ABS após dois ou três anos.
Por exemplo, podem haver resultados falso-negativos se os pacientes tiveram sífilis, por volta de três meses antes da realização das análises, e a amostra de sangue não detetou anticorpos no organismo.
Evidenciou-se que a neurosssífilis pode acarretar várias complicações nos pacientes acometidos por esta enfermidade dentre as quais podemos destacar: Demência, psicose, tabes dorsales, sífilis meningovascular, alterações cognitivas, déficits motores, cefaleia, ataxia, distúrbios áudios visuais dentre outros.
Na sífilis em atividade a doença apresenta, habitualmente, altos títulos de VDRL (maiores ou iguais a 1/16). Esta condição ou a elevação de títulos do VDRL em quatro vezes ou mais, comparativamente ao último exame realizado, justificariam um novo tratamento para indivíduos previamente tratados.
Porém, a bactéria ainda está presente e os testes para sífilis são positivos. A sífilis pode permanecer latente permanentemente e, em geral, não é contagiosa durante esse estágio.
A lesão inicial da sífilis primária manifesta-se como uma pequena elevação na pele nos órgãos genitais, que em poucas horas se transforma em uma úlcera, geralmente não dolorosa.
Dentre eles, pode se desenvolver a sífilis cardiovascular. Os sintomas são dor torácica e nas costas, provocada por aneurisma da artéria aorta ascendente ou descendente, com risco de ruptura. Outro sintoma é o cansaço, sensação de falta de ar, quando a sífilis acomete a válvula aórtica.
A sífilis congênita pode ser confundida, nos primeiros dias de vida, com infecções como rubéola, toxoplasmose, citomegalia, herpes; mais tardiamente as manifestações acabam se confundindo com sarampo, catapora, escarlatina e até escabiose.
A sífilis adquirida até dois anos é considerada recente. Nessa fase, a doença pode manifestar-se como sífilis primária, secundária ou latente recente. Já a infecção presente no indivíduo há mais de dois anos é chamada de sífilis tardia, e pode manifestar-se como latente tardia ou terciária.
Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. Sífilis latente: fase assintomática (quando o paciente é portador da infecção, mas não apresenta sinal e/ou sintomas). É dividida em sífilis latente recente (até um ano de infecção) e sífilis latente tardia (mais de um ano de infecção).
Após o diagnóstico de sífilis ser estabelecido, os testes treponêmicos (FTA-Abs, teste rápido, TPPA, ELISA, por exemplo) não devem mais ser solicitados, pois permanecem reagentes para o resto da vida, mesmo após tratamento adequado [1].
Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo, surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias. Caso ocorra em grávidas, poderá causar aborto/natimorto ou má formação do feto.
Apesar do VDRL ser um dos principais exames para diagnosticar a sífilis, pode dar um resultado falso-positivo, com a pessoa tendo outras doenças como lepra, tuberculose ou hepatite, por exemplo.
“As lesões desse estágio são parecidas com uma reação alérgica, porém é como se fosse uma 'alergia' que não dói e não coça. Nós temos 'olhos treinados' para reconhecer a doença, além analisar clinicamente ainda dispormos de exames como: VDRL, FTA-abs e exame de campo escuro microscopia, para confirmar o diagnóstico”.
A sífilis, quando bem tratada, tem cura. Como é uma infecção bacteriana, o tratamento consiste em injeções do antibiótico Penicilina Benzatina, conhecido popularmente como Benzetacil.
O VDRL não precisa chegar a zero para se confirmar a cura. Basta que os sintomas desapareçam e o VDRL caia de forma relevante. Os valores do FTA-ABS não servem para serem usados no controle de cura.