O que é arte para Aristóteles A arte não é apenas uma representação do que as coisas são, mas também ao que parecem ser, o verossímil, ou ao que deveriam ser, o ideal.
Aristóteles tem um pensamento diferente sobre a arte, que, para ele, é uma criação humana. O filósofo entende que o Belo não pode ser desligado do homem, já que ele está em nós, é uma fabricação humana. As artes podem imitar a natureza, mas também podem abordar o impossível, o irracional e o inverossímil.
A arte a favor da vida - eis a chave do pensamento de Nietzsche. A arte transfigura o ser existente, mas só a tragédia exprime a crença na eternidade da vida. O espírito trágico só pode ser explicado em termos musicais.
Entretanto, Platão julga a arte como imitação, capaz de enganar, uma vez que a realidade sensível já é uma imitação do inteligível. A arte afasta ainda mais do real, pois imita a cópia. A imitação da cópia é o que Platão chama de Simulacro, que introduz uma desmedida maior do que a própria existência do mundo natural.
Para o filósofo, a arte é a reprodução do mundo, que por sua vez, é a representação de ideias no mundo manifesto e por isso a arte distancia a mente da realidade e consequentemente do Belo. O filósofo reconhece que a arte possui valor em si mesma, por isso, cria confusão com o objeto real e deturpa a essência do belo.
A arte para Aristóteles quer dizer produto, fazer, elaborar. De fato, ela, diferentemente do que se conceitua hoje, reflete a natureza, physis, sendo isto sua característica mais universal. A arte imita a natureza e esta imitação contribuiu para compreensão dela própria.
Podemos entender que para Aristóteles o belo não é ligado a conceitos de real. O artista teria a liberdade para criar realidades e dar sentido para um mundo que não tem sentido. A obra de arte teria também um papel histórico e didático na evolução humana.
Só é possível, segundo Kant, denominar arte a produção realizada de forma livre e racional. Mesmo que se realizem “obras” na natureza, como o exemplo das abelhas que constroem suas colmeias, como se parecessem obra de arte, tais seres, contudo, não o fazem de maneira racional e livre (KANT, 1995).
Para ele, uma obra só poderia ser considerada bela se fosse capaz de promover a catarse em seus admiradores. Nessa concepção, a catarse nada mais é do que a purificação da alma e das ideias a partir de uma obra de arte e, por excelência, segundo ele, a catarse se dá na tragédia!
A estética, também chamada de ciência do belo ou filosofia da arte é a área da filosofia que se dedica a estudar e compreender a partir da racionalidade aquilo que é belo tanto nas manifestações da natureza quanto nas manifestações artísticas produzidas pelos seres sociais.
Qual filósofo defendeu que a arte imita a natureza?
Platão defende que um artista, ao imitar a natureza, está a imitar uma imitação. Segundo esta teoria, uma obra só é arte se é produzida pelo homem e imita algo. Nesta pintura podemos ver uma mulher, a Deusa da beleza, Vénus, em cima de uma conchas (=valva) que a trouxe até á terra pelas ondas e espuma do mar.
Palavra de origem latina, ars, artis, significa técnica, habilidade natural ou adquirida, maneira de ser ou de agir. Segundo o dicionário Houaiss, arte é a "produção consciente de obras, formas ou objetos, voltada para a concretização de um ideal de beleza e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana".
"Nietzsche argumenta que a tragédia combina dois tipos de estética que são usualmente mantidos em separado nas outras artes: o apolíneo e o dionisíaco. Apolo é o deus da beleza; Nietzsche o associava ao sonho, harmonia, forma e artes plásticas (como a escultura).
Segundo Nietzsche a vida é um constante criar e recriar sem uma teleologia pré- definida. É justamente por este aspecto que a arte expressa de forma mais transparente o que a vida é, pois, a arte é justamente o processo de criação e recriação sem uma finalidade para além da própria criação.
Ele acreditava que a arte tinha o poder de tocar as pessoas e de transmitir emoções profundas. Suas obras muitas vezes retratavam pessoas e lugares comuns, como camponeses e paisagens rurais, mas ele os transformou em imagens vibrantes e cheias de vida.
« A finalidade da arte é dar corpo à essência secreta das coisas, não é copiar a sua aparência. » « A arte é um passo do que é óbvio e familiar na direcção do que é misterioso e oculto. » « Todo o artista molha o pincel na sua própria alma e pinta a sua própria essência nos seus quadros. »
A arte não produz beleza para ele, pois a beleza, ao contrário, conduziria necessariamente à verdade, que é de outra ordem (superior) de realidade. Vemos assim que a concepção de Platão sobre a arte é indissociável de sua concepção ontológica (de “ser” e de “verdade”).
“Apenas a arte apresenta, em cada época, uma imagem 'definitiva' do mundo (…). Por suas dimensões cognitivas, éticas, políticas, etc., a arte remete a todas as dimensões da vida”. De fato, nenhuma outra produção humana é capaz de acompanhar tão de perto e tão honestamente a trajetória da humanidade.
Platão defendia o Inatismo, nascemos como principios racionais e idèias inatas. A origem das idéias segundo Platão é dado por dois mundos que são o mundo inteligivel, que é o mundo que nós, antes de nascer, passamos para ter as idéias assimiladas em nossas mentes.
Descartes diz expressa e freqüentemente que a eficácia das artes tem por condição a verdade do conhecimento, observando mesmo que o desenvolvimento de uma arte rudimentar é o sinal de que suas regras utilizam inconscientemente verdades (1, p. 18, 1. 22-27).
Em grosso resumo, a Teoria da Arte busca apreender o fenômeno artístico e produzir conhecimento sobre, englobando fatores artísticos e extra-artísticos relacionados ao seu objeto de investigação.
Para Sócrates o “ser” belo se impõe sobre a “aparência”. Para Hípias o belo nada mais é do que uma aparência que se impõe sobre todas as coisas. Mas Sócrates não está, de fato, procurando saber o que produz a aparência ou o ser (enquanto aparência) da beleza, mas sim o que é a própria beleza.