Para Howard Becker a sociedade em si é a criadora daquilo que considera desvio, devendo então constituir infrações diversas de origens heterogêneas, uma vez que a própria sociedade se transforma. Assim, não há como analisar desvio sem antes entender qual será a reação dos outros perante o ato cometido.
O trabalho de Becker sobre o desvio o solidificou como um dos fundadores da teoria da rotulagem . A teoria da rotulagem baseia-se na ideia de que um desviante social não é um indivíduo inerentemente desviante, mas que se torna desviante porque é rotulado como tal.
Becker propõe a utilização exclusiva de técnicas padronizadas de coleta de dados. Becker propõe a utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, mas permite que o pesquisador faça adaptações de acordo com suas preferências e dificuldades.
Trata-se de uma teoria segundo a qual as noções de crime e criminoso são forjadas socialmente, a partir do que é definido legalmente como delito e, por consequência, agir delituoso.
O que Howard Becker propõe em relação às técnicas de pesquisa qualitativa?
Sobre sua perspectiva científica, o que Howard Becker propõe em relação às técnicas de pesquisa qualitativa? A Becker propõe a adoção de procedimentos uniformes na pesquisa qualitativa, de forma a garantir a objetividade dos resultados.
Conforme Denzin e Lincoln (2006), o berço da pesquisa qualitativa está na sociologia e na antropologia. Na sociologia, a discussão da importância da pesquisa qualitativa para o estudo da vida de grupos humanos se deu por meio de trabalhos realizados pela Escola de Chicago, nas décadas de 1920 e 1930.
Becker acreditava que “grupos sociais criam desvio ao fazerem regras cuja infração constitui desvio”. A rotulagem é um processo de reação social por parte do "público social", em que as pessoas estereotipam os outros, julgando e definindo (rotulando) o comportamento de alguém como desviante ou não.
No desenvolvimento foi abordado, dessa vez de maneira mais detalhada, que a teoria do Labelling Approach (etiquetamento social) nasceu na década de 60 nos Estados Unidos, tendo como principais criadores Erving Goffman, Edwin Lemert e Howard Becker, prevendo basicamente que as próprias instituições de controle ...
De outro modo, a teoria geral da anomia de Merton (1938; 1970) parte do pressuposto de que a causa da anomia está na sociedade, na imposição de determinadas metas culturais a todos, e quando, uma parcela do grupo não consegue alcançá-las, não há mecanismos criados pela sociedade para fazê-los atingir seus objetivos.
O desvio primário acontece por uma série de razões e tem muito pouco efeito sobre si mesmo. O desvio secundário surge como uma resposta à reação social ao desvio primário. O conceito de si é a mudança do normal para o desviante.
Como você acha que um outsider é visto socialmente?
Um outsider é geralmente visto socialmente como alguém que não se encaixa nos padrões ou normas estabelecidas pela sociedade. Essa pessoa pode ser considerada diferente, estranha ou até mesmo excluída pelos demais.
Becker (1992) conceitua o ser humano como um sujeito, que é um projeto a ser construído e da mesma maneira o objeto, ou seja, o que se relaciona com o sujeito, também como um projeto a ser construído. Dessa forma, sujeito e objeto não teriam “experiência prévia, a priori: eles se constituem mutuamente, na interação.
De acordo com essa corrente, a sociedade é dividida em função das diferentes culturas de classe, cada uma com suas próprias normas, crenças e valores. O comportamento desviante é "localizado" num dos setores do sistema social, em conflito com os outros componentes desse mesmo sistema.
O desvio social parte da fuga dos princípios em relação as normas sociais presentes em uma determinada sociedade. A violência cultural faz parte de um desvio social.
A Teoria do Labelling Approach, também conhecida como Teoria da Rotulação, da Etiquetagem, Interacionista ou da Reação Social, se baseia na ideia de que a sociedade e principalmente o sistema punitivo, acabam sendo os responsáveis em determinar quem deve ser considerado criminoso.
Qual é o principal postulado da teoria do etiquetamento?
A teoria do etiquetamento criminal muda o foco de pesquisa do crime ou do criminoso e passa a analisar o problema da estigmatização, deslocando o problema criminológico do plano da ação para o plano da reação. Dessa forma esta teoria erige as audiências sociais em variáveis críticas do estudo da deviance.
Conjunto de estudos elaborados no âmbito do Departamento de Sociologia da Universidade de Chicago, a partir do final do século XIX, que tiverem participação marcante no desenvolvimento da criminológica sociológica.
A Labeling Approach Theory ou Teoria do Etiquetamento Social, é uma teoria criminológica marcada pela ideia de que as noções de crime e criminoso são construídas socialmente a partir da definição legal e das ações de instâncias oficiais de controle social a respeito do comportamento de determinados indivíduos.
Comportamento desviante: viola as normas e valores da sociedade. Comportamento criminoso: viola a lei (exemplos: assassinatos, furtos). Pessoas que demonstram comportamento desviante podem agir ou se vestir de forma que difere das normas e valores da sociedade em que vivem.
O método qualitativo de pesquisa social no Brasil teve um berço inusitado: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), centro oficial da pesquisa censitária nacional, onde as grandes investigações demográficas e econômicas são realizadas.
Qual a diferença entre qualitativo e quantitativo?
A pesquisa quantitativa utiliza uma metodologia baseada em números, métricas e cálculos matemáticos. A pesquisa qualitativa, por sua vez, baseia-se no caráter subjetivo. Ou seja, seu resultado não mostra números concretos, e sim narrativas, ideias e experiências individuais dos participantes.
Costumam-se considerar técnicas qualitativas todas aquelas diferentes à pesquisa estatística e ao experimento científico, isto é, entrevistas abertas, grupos de discussão ou técnicas de observação de participantes.