Catarina atingiu a região Sul do Brasil com intensidade máxima, com o equivalente a ventos sustentados com a força de um furacão de Categoria 2, em 28 de março de 2004. A tempestade se desenvolveu a partir de um ciclone extratropical de núcleo-frio praticamente estacionário em 12 de março.
O evento climático extremo de ontem atingiu uma área menor, porém, apesar de ter tido vendaval até mais forte. Segundo a agência de meteorologia Climatempo, o vendaval que registrou 108 km/h em Interlagos foi o recorde na capital, de acordo a série histórica mantida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Com exceção do Catarina, o Brasil nunca registrou antes um furacão. Para entender o porquê, é preciso compreender como antes eles se formam. Um furacão nada mais é do que uma perturbação atmosférica cuja pressão é muito baixa no centro, o que provoca ventos circulares com velocidades superiores a 119 km/h.
O Tufão Tip é considerado o ciclone tropical mais intenso registrado na história moderna. Ele atingiu seu pico de intensidade em outubro de 1979, no oeste do Oceano Pacífico.
Formado em agosto de 2005, este ciclone tropical alcançou a categoria 5 na escala Saffir-Simpson, com ventos que ultrapassaram os 280 km/h. Sua força destrutiva foi sentida principalmente nos estados de Louisiana e Mississippi, nos Estados Unidos, com Nova Orleans sendo a cidade mais atingida.
Uma pesquisa, realizada pela Faculdade de Oceanografia, da Universidade do Rio de Janeiro, aponta que, entre os anos de 2004 e 2016, ocorreram, no Brasil, dois ciclones tropicais e cinco ciclones subtropicais, constatando-se que a maioria dessas tempestades ocorre no litoral sul do país.
De acordo com a base de dados da PREVOTS, há 321 registros de danos por tornados (incluindo tromba-d'águas) em todo território brasileiro entre junho de 2018 até junho de 2023.
A meteorologista Bianca Lobo, do Climatempo, explicou que um dos principais "combustíveis" para a formação de um furacão são as águas quentes do mar — que precisam estar acima de 27°C. "No Brasil, nós não temos isso. As maiores temperaturas são registradas no mar do Nordeste, onde não passam de 26°C", diz.
Porque no Brasil não tem furacão Cordilheira dos Andes?
“Nós temos águas bem mais frias e um ambiente atmosférico bem mais hostil que impede a formação de algum ciclone tropical. (...) Então, a Cordilheira dos Andes não protege de furacões porque não tem furacão naquele lado”.
O olho do furacão, que tem cerca de 30 a 60 quilómetros de diâmetro, forma-se quando existe um fluxo de ar de cima para baixo, o que faz com que as nuvens se dissipem criando uma espécie de oásis.
Na verdade, furacões, ciclones e tufões são todos o mesmo fenômeno meteorológico. Os cientistas chamam essas tempestades de nomes diferentes, dependendo de onde elas ocorrem.
Historicamente, apenas um furacão foi registrado no Brasil: o Catarina, em 2004. O fenômeno atingiu os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina com ventos de até 180 km/h, causando destruição em 40 cidades.
O tornado que atingiu o aeroporto de Brasília, nesta quarta-feira, 1.º de outubro, é o segundo registro do fenômeno reconhecido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no país.
Menor e mais intenso que os outros tipos de ciclones, ele dura aproximadamente 20 minutos e pode ter ventos de mais de 400 km/h —quando não é de alta intensidade, seus ventos vão até 160 km/h.
Ocorreram 2 ciclones tropicais e 5 ciclones subtropicais no Brasil, de 2004 a 2016. Dentre eles, apenas o furacão Catarina atingiu território nacional. Por outro lado, além do Catarina, as tempestades subtropicais Cari e Eçaí também causaram danos à sua passagem.
"Não há como evitar as chuvas, mas podemos reduzir os danos a partir de medidas de prevenção. Essas medidas podem ser estruturais ou não-estruturais", avalia Goldenfum.
O fenômeno pode ser dividido em três categorias: tropicais, extratropicais e subtropicais. Publicado em 17/08/2023 15h04 . Última modificação 18/08/2023 13h38 . Ciclone é uma área fechada de baixa pressão atmosférica, onde os ventos giram no sentido horário no Hemisfério Sul.
A melhor proteção individual é constituída por abrigos subterrâneos, como um porão, já que o efeito de sucção dos tornados só ocorre a partir da superfície do solo. Se a sua residência não tem porão, fique em corredor interno e deitado próximo ao chão.