Pedagogia do Oprimido: é o principal livro de Paulo Freire. Foi escrito durante o início de seu exílio no Chile, e propõe uma revisão da relação entre educadores e alunos, focando no diálogo entre eles. Para Freire, a educação dialógica é a chave para a educação libertadora das massas.
Uma das principais contribuições de Paulo Freire é a sua crítica à educação tradicional, conceituada na obra “Pedagogia do Oprimido” como educação bancária.
Freire ganhou mais de 40 prêmios, entre menções honrosas de entidades como a Unesco e títulos de doutorados honoríficos de diversas universidades. Também ocupou cargos de gestão fora dos ambientes universitários, como a Secretaria de Educação da Cidade de São Paulo, durante a gestão da prefeita Luiza Erundina.
Pedagogia do Oprimido é um dos mais conhecidos trabalhos do educador e filósofo brasileiro Paulo Freire. O livro propõe uma pedagogia com uma nova forma de relacionamento entre professor, estudante, e sociedade. O livro continua popular entre educadores no mundo inteiro e é um dos fundamentos da pedagogia crítica.
Mario Sergio Cortella - Por que Paulo Freire é tão odiado?
O que Paulo Freire destaca sobre?
Paulo Freire é uma referência reconhecida mundialmente. Seu pensamento tem orientado o desenvolvimento de práticas emancipatórias em diferentes campos de atuação. No campo da formação de educadores, sua produção teórica representa importante contribuição para o desenvolvimento de práticas educativas crítico-reflexivas.
Freire acreditava que, por trabalhar com a alfabetização de adultos pobres, esses conceitos auxiliariam no objetivo de tornar a educação libertadora e que, dessa forma, despertaria a consciência dos alunos para as relações de opressão nos ambientes de trabalho e para as injustiças sociais existentes na sociedade.
Paulo Freire vê a educação como ferramenta para emancipação individual e social e avalia que todo processo educacional deve partir da realidade do próprio aluno. Também valoriza a horizontalidade, ou seja, a possibilidade não só de estudantes aprenderem com professores, mas também o contrário.
Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É também o Patrono da Educação Brasileira.
Patrono da educação brasileira desde 2012, Freire entrou para a história nacional e internacional como um educador que defendia uma perspectiva libertária, crítica, conscientizadora e política da educação.
Mais do que uma proposta de alfabetização de jovens e adultos, Freire criou uma filosofia da educação, com um corpo teórico consistente que contempla uma pedagogia voltada à prática e à ação transformadora. Era o contrário da ideia de neutralidade, demonstrando que a neutralidade é impossível no ato educativo.
Para o método Paulo Freire, o professor está em igualdade com o aluno, ambos são agentes na construção do conhecimento. Dessa forma, não há uma hierarquia e o professor não é uma autoridade, ou seja, não é o detentor de todo o conhecimento. Isso permite ao aluno um papel de protagonista do conhecimento.
O método de Paulo Freire foi ganhando corpo e teve sua principal experiência em 1963, em Angicos, Rio Grande do Norte. Ao todo, foram 300 adultos alfabetizados em 40 horas ao longo de 45 dias nos chamados círculos de cultura. A pequena cidade potiguar tornou-se um marco para a educação no Brasil e no mundo.
Educador comprometido com as classes populares, Freire é reconhecido pelo seu método de alfabetização inserido na realidade do educando, pela importância conferida a uma educação dialógica, libertadora e na qual seja problematizada, incessantemente, a realidade, numa perspectiva aberta, não sectária e amorosa.
Aprendi que estudar é “curiosar” o mundo, conhecer nosso contexto. Quando a gente se põe a estudar é mais importante fazer perguntas do que achar respostas porque de nada adianta “consumir ideias se eu não posso criá-las e recriá-las”; Aprendi que teoria não se desvincula de prática.
A crítica de Paulo Freire é contra qualquer religião (não só a Igreja Católica) que separa a transcendência da mundanidade, coloca Deus fora da realidade, condenando esta última a ser o resultado da vontade Dele e, por consequência, como essencialmente correta e contra a qual é pecado se insurgir (Freire, 2005, p. 55).
Paulo Freire destacou a importância da leitura do mundo, ou seja, a compreensão do contexto e das experiências do aluno, é essencial para uma leitura da palavra eficaz, tornando a educação um processo mais autêntico e transformador.
Pedagogia do Oprimido é um dos mais conhecidos trabalhos do educador e filósofo brasileiro Paulo Freire. O livro propõe uma pedagogia com uma nova forma de relacionamento entre professor, estudante, e sociedade. O livro continua popular entre educadores no mundo inteiro e é um dos fundamentos da pedagogia crítica.
Além dos projetos citados, o Paulo Freire foi homenageado em ao menos 35 universidades, nacionais e internacionais, como a Universidade de Genebra, a Universidade de Estocolmo, a Universidade de Massachusetts e a Universidade de Lisboa.
O que aconteceu com Paulo Freire na ditadura militar?
O educador sofreu perseguição do regime militar (1964-1985), ficou preso por 70 dias e foi exilado por 16 anos, considerado traidor. Em 1967, durante o exílio, no Chile, escreveu o primeiro livro, Educação como Prática da Liberdade.
Atualmente, o Método Paulo Freire, como é conhecido por muitos ao redor do mundo, é utilizado na integração de refugiados na Alemanha, sendo especialmente empregado no ensino do alemão para integração de estrangeiros.
Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde continuou produzindo conhecimento na área de educação. Sua principal obra, Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969. Nela, Paulo Freire detalha seu método de alfabetização de adultos. Retornou ao Brasil no ano de 1979, após a Lei da Anistia.
Paulo Freire defendia a tese de que a educação deve valorizar a cultura do aluno, reconhecendo que, estando alfabetizado ou não, o aluno leva à escola uma cultura própria, que não é pior nem melhor que a do professor e, portanto, há um aprendizado mútuo.
O mundialmente renomado pedagogo brasileiro, Paulo Freire, buscou formular a ideia de uma educação libertadora que se realiza como “um processo pelo qual o educador convida os educandos a reconhecer e desvelar a realidade criticamente”. 2 Para Freire, a prática pedagógica é dialógica. Logo, é um espaço de contradições.