Segundo Freud em sua famosa frase, “o superego é o herdeiro do complexo de Édipo”. Ou seja, a criança sente-se ameaçada de castração e/ou perda do amor dos pais se persistir em seus desejos incestuosos.
Um pouco à frente, o ideal do ego é apresentado como o herdeiro do complexo de Édipo. “Erigindo esse ideal do ego, o ego dominou o complexo de Édipo e, ao mesmo tempo, colocou-se em sujeição ao id” (Freud, v.
224) afirma que o superego é herdeiro do complexo de Édipo. E a sua formação ocorre após esse último ser desconstruído, já que a criança durante o seu desenvolvimento sente que está em uma “disputa” pelo amor e a atenção do progenitor do sexo oposto.
O Complexo de Édipo foi formulado e descrito por Sigmund Freud no fim do século 19, com base na mitologia grega de “Édipo Rei”. É uma das teorias da psicanálise que descreve a atração que os filhos sentiriam pelo genitor do sexo oposto, ao mesmo tempo em que rivalizaria com o do mesmo sexo.
É o primeiro estágio em que as crianças tornam-se conscientes das diferenças sexuais. Com suas observações, Freud concluiu que nessa fase, tanto homens como mulheres desenvolvem temores sobre questões sexuais.
Como funciona o Complexo de Édipo? Freud e a Casa do Saber explicam | Mapa do Saber - Episódio 01
Como se dá o Complexo de Édipo?
Durante o Complexo de Édipo, uma criança desenvolve sentimentos de atração romântica ou amorosa pelo genitor do sexo oposto (Édipo ou Electra), ao mesmo tempo em que pode sentir rivalidade ou hostilidade em relação ao genitor do mesmo sexo.
É um momento onde a identidade feminina se desloca frente às questões de sua sexualidade e de seu papel como mãe. Com as transformações de seu corpo causadas pela idade, algumas mulheres optam por abrir mão da sua sexualidade para se dedicar à companhia dos filhos. É deste tema que trata O complexo de Jocasta.
O complexo de Édipo invertido se refere à afeição dada à criança pelo genitor do mesmo gênero. Ou seja, os meninos se afeiçoam ao pai, demonstrando ciúmes de ver a mãe próxima do pai e têm atitudes agressivas contra a mãe, além de ter sentimentos negativos contra ela.
O Complexo de Édipo, conforme proposto por Sigmund Freud, é uma fase do desenvolvimento psicossexual que ocorre na primeira infância, geralmente entre 3 e 6 anos de idade. Nessa fase, a criança desenvolve sentimentos de atração pelo pai do sexo oposto e rivalidade com o pai do mesmo sexo.
A mãe fálica toma a criança como objeto do seu gozo mortífero. Por ser uma mãe narcisista, não deseja dividir o filho com mais ninguém. Daí, o seu golpe de força desafia a consistência do golpe de força do pai.
O que acontece quando o Complexo de Édipo e mal resolvido?
De acordo com a teoria de Freud, a criança que não consegue resolver o complexo de Édipo é aquela que não conseguiu se identificar com o pai, ou seja, que não imita os comportamentos do seu gênero e, por isso, não desenvolve comportamentos que busquem substituir a figura materna.
Qual o nome que se dá quando a mãe se apaixona pelo filho?
O Complexo de Édipo é o processo na formação da personalidade pelo qual toda pessoa passa. O que ocorre, em algumas pessoas, é o entendimento do "amor do pai" ou "amor da mãe" pelo filho(a). (Chamado de complexo de Electra, por Yung, no caso da filha).
A Síndrome de Electra ocorre quando a menina, entre 3 e 6 anos de idade, desenvolve um afeto excessivo pelo pai. Isso faz com que ela entre em competição com a mãe, considerando que precisa disputar atenção da figura masculina. Em alguns casos as meninas podem verbalizar o sonho de se casar com os pais.
Já um superego dominante gera um indivíduo moralista, paralisado pelos impedimentos que sua mente impõe a vida toda. É um perfil que se encaixa bem nos fanáticos religiosos, que guiam suas condutas tendo como ponto de partida sempre um conjunto de proibições.
O complexo de Édipo termina ao final da infância, inicio da adolescência, por volta dos 13 anos de idade. Nesse período a criança percebe que não precisa substituir os pais, mas passa a querer superá-los, o que gera a revolta adolescente.
Quando a rivalidade com a mãe e a predileção exagerada pelo pai não diminuem e se estendem até a juventude ou fase adulta, pode se tratar como chamamos na Psicanálise de um “Complexo de Electra tardio ou mal resolvido”.
Enquanto no Complexo de Édipo é o menino quem deseja a mãe, no Complexo de Electra é o oposto, a menina é quem tem uma identificação tão complexa com a mãe que chega ao ponto de desejar eliminá-la e possuir o pai.
Trata-se da substituição do pai como significante no lugar da mãe. A mãe se instaura como o ser primordial que pode estar presente ou ausente. A criança deseja não simplesmente a presença, a atenção ou o cuidado da mãe, mas seu desejo. O desejo é o desejo do desejo da mãe.
Se sua sogra for uma Jocasta, provavelmente ela já deve ter tentado mi... TikTok. Você já ouviu falar em complexo de Jocasta? Esse termo designa 1 relação deturpada, 1 relação afetiva deturpada.
Electra representa a problemática do desenvolvimento feminino mal sucedido, frequentemente marcado por ciúmes, masoquismo, dramatização, rejeição da feminilidade e sexualidade freada. Assim, Electra traduz o conflito entre mãe e filha, repleto de fantasias de morte, suicídio e ódio, que leva ao sadismo e ao masoquismo.
A correta resolução do Complexo de Édipo, que ocorre com a intervenção dos pais em conter a necessidade de atenção que a criança desenvolve, é fundamental para que os pequenos cresçam e tenham uma saúde emocional bem desenvolvida.
Via de regra, o período completo dura dos três aos cinco anos. Durante esse momento conflituoso, a criança vai percebendo que não é mais o centro da atenção dos pais e começa a percebê-los como figuras distintas que fornecem amor, carinho, mas também frustrações — ao proibir alguns de seus comportamentos e atitudes.
Anos depois, quando uma peste chega à cidade, Édipo e Jocasta consultam o oráculo para tentar resolver essa questão e acabam por descobrir que são mãe e filho. Jocasta suicida-se e Édipo fura os próprios olhos como punição por não ter reconhecido a própria mãe.