Conforme a teoria da psicogênese da escrita, elaborada por Ferreiro e Teberosky, os aprendizes passam por quatro períodos nos quais têm diferentes hipóteses ou explicações para como a escrita alfabética funciona: pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético.
Emília afirma que a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela. Neste processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e dominá-lo.
Teberosky defendia que, dado que as crianças fazem parte de uma cultura letrada, os alunos chegavam à alfabetização com aprendizagens importantes relacionadas aos usos sociais da escrita. Dessa maneira, destacam-se o papel do ambiente alfabetizador, da leitura e de atividades de oralidade.
Ferreiro (1999, p. 47) afirma que “a alfabetização não é um estado ao qual se chega, mas um processo cujo início é na maioria dos casos anterior a escola é que não termina ao finalizar a escola primária”. Goodman (1980 Apud Ferreiro & Palácio, 1987, p.
Emília Ferreiro (1995) defende a idéia de que antes mesmo de iniciar o processo de alfabetização tal qual nós conhecemos, as crianças já trazem consigo algum conhecimento que vai sendo construído desde o momento em que nascem, por isso elas são capazes de interpretar o ensino que recebem, transformando a escrita ...
Quem é Emilia Ferreiro? Qual a relação dela com a Educação?
Quais são as ideias de Emilia Ferreiro?
Quais são suas ideias? Assim como Jean Piaget, Emília também acredita que as crianças possuem um papel ativo e essencial em seu aprendizado, construindo o próprio conhecimento. Ambos propõe que escolas não devem focar exatamente no conteúdo, mas sim no sujeito que o aprende.
Qual crítica é feita ao trabalho de Emilia Ferreiro?
Com base nesses pressupostos, Emilia Ferreiro critica a alfabetização tradicional, porque julga a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita por meio de avaliações de percepção (capacidade de discriminar sons e sinais, por exemplo) e de motricidade (coordenação, orientação espacial etc.).
Ferreiro e Teberosky definiram em quatro níveis de aprendizagem, são eles: pré-silábico; silábico; silábico alfabético; alfabético até o alcance no nível ortográfico. A partir de uma pesquisa desenvolvida no decorrer de dois anos e de um trabalho experimental com crianças entre quatro e seis anos de idade.
O construtivismo entende o sujeito como um ser que constrói ativamente os seus conhecimentos, protagonista de sua aprendizagem. Emilia Ferreiro trouxe essas ideias construtivistas para entender como a criança entende essa relação com a escrita – área que o próprio Piaget não tinha explorado muito”, explica.
Qual é a abordagem de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky?
Ana Teberosky foi parceira de pesquisa de Emilia Ferreiro, e as psicólogas realizaram o estudo “Psicogênese da língua escrita”, na qual buscaram compreender os procedimentos mentais pelos quais as crianças passam tentando compreender as regras de produção escrita.
Quais são as fases da escrita segundo Emilia Ferreiro?
De acordo com Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1989), a criança passa por um processo de aquisição de escrita baseado em cinco níveis de hipóteses: pré-silábica, intermediário, hipótese silábica, hipótese silábico-alfabética e hipótese alfabética.
Conforme Ferreiro, a escrita das crianças segue uma linha de evolução na qual podemos considerar três grandes períodos, esclarecendo que o interior de cada um deles comporta subdivisões. ...
- Nível pré-silábico. ...
- Nível silábico. ...
- Passagem do nível silábico para o alfabético. ...
Como a teoria de Emilia Ferreiro sobre a escrita impactou o campo da educação?
Ela destaca que as crianças constroem hipóteses sobre a escrita desde cedo, revelando uma compreensão intrínseca da linguagem escrita. Além disso, suas teorias ressaltam a importância de considerar o contexto cultural e social das crianças.
O que Ana Teberosky fala sobre alfabetização e letramento?
Segundo Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1985), a grande maioria das crianças, na faixa dos seis anos, faz corretamente a distinção entre texto e desenho, sabendo que o que se pode ler é aquilo que contém letras, embora algumas ainda persistam na hipótese de que tanto se pode ler as letras quanto os desenhos.
Magda Soares defendia que sim, é preciso ter vários métodos para alfabetizar, mas, sobretudo, como ensinar o quê e para quem. Deixou claro que a fala é inata, já a escrita é cultural e precisa ser desenvolvida, ou seja, a criança não aprende a ler e a escrever sozinha.
Conforme a teoria da psicogênese da escrita, elaborada por Ferreiro e Teberosky, os aprendizes passam por quatro períodos nos quais têm diferentes hipóteses ou explicações para como a escrita alfabética funciona: pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético.
Emilia inverteu a lógica tradicional de educadores que se preocupavam com a aprendizagem apenas quando o aluno parecia não aprender, transferindo o foco da alfabetização para o sujeito que aprende. Suas conclusões inspiraram políticas públicas educacionais em diversos estados brasileiros, a partir dos anos 1980.
Qual é a teoria construtivista proposta por Emilia Ferreiro?
No princípio, o nome construtivismo se aplicava só à teoria de Emilia Ferreiro. Essa teoria priorizou aos educadores a base científica para a formulação de novas propostas pedagógicas de alfabetização sob o prisma da lógica infantil. Em síntese, as crianças não aprendem do jeito que são ensinadas.
Qual o método de alfabetização de Emilia Ferreiro?
Emília Ferreiro traz concepções de que todos os conhecimentos têm uma gênese (origem) e que a aprendizagem da escrita não está vinculada à fala, e mesmo quando a criança já estabelece a relação entre fala e escrita, esta relação ainda não é do tipo fonema (fala, som) e grafema (escrita, grafia).
Qual crítica é feita ao trabalho de Emilia Ferreiro?
A esses e essas é que Ferreiro se dedicou de maneira especial. Seu trabalho superou em muitos aspectos o esco- lanovismo e assumiu um caráter crítico, tornou-se uma proposta crítica de educação.
Qual foi a contribuição de Emilia Ferreiro para a educação?
Emília chegou à conclusão de que as crianças têm um papel ativo de aprendizagem. Elas constroem seu próprio conhecimento. Emília afirma que a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela.
Nesse sentido, o principal atributo da matriz invariante do pensamento construtivista de Emilia Ferreiro sobre alfabetização consiste no fato de essa pesquisadora considerar que a atividade estruturante do sujeito faz com que ele construa esquemas interpretativos para compreender a natureza da escrita.
Qual é a principal crítica de Emilia Ferreiro à alfabetização tradicional?
Emília Ferreiro critica a alfabetização tradicional e completa afirmando que o processo deve acontecer no período oportuno, quando a criança já desenvolveu habilidades psicomotoras específicas e ainda aquelas relacionadas à consciência fonológica, então estará disponível para exercitar e se concentrar nos processos ...
Ainda que a referência mais conhecida seja Método Paulo Freire, este autor jamais criou um método de alfabetização. Proposta é um termo mais adequado aos fundamentos defendidos pelo educador brasileiro Paulo Freire (1921-1997).