Relações PaO2/FiO2>301 indi- cam uma oxigenação adequada; entre 201 e 300, lesão pulmonar aguda (LPA); e <200 caracterizam um dos sinais da síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA)(15-17).
É a pressão parcial de O2 dissolvida no sangue arterial. A PaO2 normal (ou pO2) é de 80 a 100 mmHg ao nível do mar. A pO2 diminui no idoso; o valor de indivíduos de 60 a 80 anos de idade varia de 60 a 80 mmHg. Refere-se à quantidade de oxigênio ligado à hemoglobina.
Oxigenação. Hipoxemia é a redução da pressão parcial de oxigênio (PO2) no sangue arterial e hipóxia é a diminuição da PO2 no tecido. A GA avalia precisamente a existência de hipoxemia, que geralmente é definida como a PaO2 suficientemente baixa para reduzir a SaO2 abaixo de 90% (isto é, PaO2 < 60 mmHg).
pCO2: elevado (55 mmHg), sugerindo acidose respiratória devido ao aumento do dióxido de carbono. pO2: dentro dos limites normais (90 mmHg), indicando a adequada oxigenação.
O cálculo da PaO2 ideal leva em consideração a idade, sendo, então, na posição supina, calculada por PaO2=109-(0,43 x idade)(18). Diante disso, os idosos apresentam uma PaO2 normalmente mais baixa.
O pH é o logaritmo negativo da concentração de íons hidrônio (H3O+); a pO2 é a quantidade de moléculas de oxigênio dissolvidas no sangue e a pCO2 é a quantidade de moléculas de gás carbônico dissolvidas no sangue, estas duas últimas expressas na forma de pressão parcial.
A PO2 com 50% de saturação (P50) é, normalmente, 27 mmHg. A curva de dissociação é desviada para a direita por aumento na concentração de íon hidrogênio (H +), aumento de 2,3-difosfoglicerato (DPG) do eritrócito, elevação da temperatura (T) e aumento da pressão parcial de dióxido de carbono PCO2.
De forma geral, pessoas saudáveis apresentam saturação de oxigênio acima de 95%, no entanto essa saturação pode chegar até 93% em caso de gripe e resfriado, não sendo motivo de preocupação. No entanto, quando a saturação de oxigênio encontra-se menor que 90% pode ser sinal de doenças mais graves.
A PaO2 exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares pulmonares, e depende diretamente da pressão parcial de oxigênio no alvéolo, da capacidade de difusão pulmonar desse gás, da existência de Shunt anatômicos e da reação ventilação / perfusão pulmonar.
Na forma aguda, a pessoa pode sentir falta de ar extremamente incapacitante, palpitação cardíaca, tontura e desmaio. Em casos mais graves, pode levar a crises convulsivas, parada cardíaca e até mesmo a óbito. Já nos casos crônicos, o corpo tende a se acostumar com a condição e raramente ocorre taquicardia.
pCO2, ou PaCO2, corresponde a pressão parcial de CO2 (gás carbônico) no sangue arterial e exprime a eficácia da ventilação alveolar, dada a grande difusibilidade deste gás.
Definimos hiperoxemia como PaO2 > 100 mmHg e uso excessivo de oxigênio como FiO2 > 60% em pacientes com hiperoxemia. Hiperoxemia persistente foi definida como presença de hiperoxemia no primeiro e no segundo dia de VM.
A pCO2 dentro da faixa esperada indica que está acontecendo a compensação e teremos acidose metabólica compensada. Se estiver abaixo do valor mínimo, está acontecendo uma maior hiperventilação e, assim, também existe alcalose respiratória.
Uma pessoa precisa de cerca de 25 a 35 metros cúbicos de ar fresco por hora para atividades normais. Se houver ar fresco suficiente, os níveis de dióxido de carbono (CO2) permanecem abaixo do nível crítico de cerca de 1.000 ppm (ppm = partes por milhão, como uma medida da quantidade de dióxido de carbono no ar).
O aumento do PCO2 leva à depressão do centro respiratório, o que, pela hipoventilação, causa um aumento contínuo do CO2, até o tratamento e reversão da causa inicial ou morte; este tratamento, dependendo da gravidade do paciente avaliado, pode utilizar ventiladores mecânicos para o auxílio à ventilação.
Existem 3 tipos de condições que podem causar hipóxia e/ou hipoxemia: uma redução na fonte de oxigénio (redução da concentração no ar inalado), uma redução no fornecimento de O₂ aos tecidos e um aumento na procura de O₂ a nível dos tecidos: 1.
O cálculo da diferença alvéolo-arterial de oxigênio envolve o cálculo da pressão parcial do oxigênio alveolar, através da seguinte fórmula: PAO2 = PIO2 – PACO2/R.
A saturação de hemoglobina é um indicador crucial, representando a porcentagem de hemoglobina que está transportando oxigênio, pode ser aferida de forma não invasiva pela oximetria de pulso, ou invasiva pela gasometria arterial. Valores normais geralmente variam entre 95-100%, e quedas significativas indicam hipoxemia.
“Vários fatores pré-analíticos, como preparo do paciente e coleta e transporte inadequados da amostra de sangue, podem interferir nos resultados da gasometria, acarretando resultados falsamente reduzidos ou falsamente aumentados dos seus parâmetros, com o potencial para indução de erros de interpretação e, ...