As descargas atmosféricas apresentam um alto poder destrutivo, dada a corrente do raio (2 a 200 quiloàmperes), apesar de sua curta duração, cujo período crítico na faixa de dezenas de microssegundos.
Ao atingir uma pessoa, o raio pode causar sérias queimaduras e outros danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo, através do aquecimento e de uma variedade de reações eletroquímicas. A chance de sobreviver é de apenas 2%.
Raios são descargas elétricas de grande intensidade que conectam o solo e as nuvens de tempestade na atmosfera. A intensidade típica de um raio é de 30 mil Ampères, cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico. A descarga percorre distâncias da ordem de 5 km.
A voltagem de um raio encontra-se entre 100 milhões e 1 bilhão de Volts. Sua corrente é da ordem de 30 mil Ampères, ou seja, a mesma utilizada por 30 mil lâmpadas de 100 W juntas.
Agora, respondendo a pergunta feita no título, em teoria é possível sim, armazenar energia proveniente dos raios, mas em termos práticos ainda não temos tecnologia suficiente para absorver em grandes quantidades.
Mistérios da Ciência: O Poder dos Raios (Dublado) - Documentário
Quantos volts é um raio?
Diferentemente do que se acredita, a energia dos relâmpagos não é muito grande. Considerando que um relâmpago nuvem-solo transporta uma carga elétrica média de 10 C, e que a tensão ao longo do canal é em torno de 100 milhões de volts, então a energia elétrica total do relâmpago é de 10^9 J, ou seja, cerca de 300 kWh.
Nomeada como Amaterasu, em homenagem à deusa do sol na mitologia japonesa, trata-se de um dos raios cósmicos de maior energia já detectados pelo ser humano, segundo os cientistas.
Por causa da distância muito maior que viaja antes da descarga, os raios positivos, tipicamente, são de seis a dez vezes mais fortes que um raio negativo, e duram cerca de dez vezes mais.
No entanto, estudos de longa data indicam que voltagens superiores a 50 volts em pessoas não molhadas e superiores a 12 volts em pessoas imersas na água (piscinas ou mar, por exemplo), podem ser muito perigosas e até fatais.
Uma equipe internacional de pesquisadores documentou uma tempestade produzindo um potencial elétrico de cerca de 1,3 bilhão de volts (GV), 10 vezes maior do que o maior valor medido anteriormente.
Os relâmpagos intranuvens iniciam-se através de um líder contínuo que se propaga com uma velocidade em torno de 40 mil km/h, em geral de uma região de cargas negativas para uma região de cargas positivas dentro da nuvem, transportando cargas negativas.
Apesar de muitas pessoas pensarem que o celular atrai raios, a resposta é não, smartphones não fazem com que você tenha mais chances de ser atingido por um raio. Esse mito já foi desmentido por vários especialistas, incluindo profissionais NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration).
Basicamente, raios são descargas atmosféricas que, em regiões tropicais, como o Brasil, costumam ocorrer durante a ocorrência de chuvas. Essas descargas tendem a ser atraídas pelos pontos mais altos de um local, especialmente se ali houver algum objeto metálico, como uma antena, por exemplo.
Raios podem matar até mesmo dentro de casa. O Brasil é o líder mundial de incidência de raios. Em 2020, foram registrados 154 milhões de quedas de raios no país, segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O raio nuvem-terra pode ter polaridades positivas ou negativas, dependendo da transferência de carga elétrica da nuvem. Embora representem menos de 5% do impacto total, os raios de polaridade positiva são mais poderosos do que os raios de polaridade negativa, atingindo 300 000 amperes e um bilião de volts.
O último recorde havia sido registrado no Brasil, no dia 31 de outubro de 2018 com um raio de 709 km que surpreendeu os habitantes da região Sul do país. O recorde de raio com maior duração também foi registrado pela organização pertencente à ONU.
As descargas atmosféricas apresentam um alto poder destrutivo, dada a corrente do raio (2 a 200 quiloàmperes), apesar de sua curta duração, cujo período crítico na faixa de dezenas de microssegundos.
Em casa, permaneça longe de portas e janelas. Evite áreas altas, busque refúgio em lugares baixos. Durante uma tempestade, não utilize aparelhos eletrodomésticos, mantenha-os desligados das tomadas e, também, desconecte da antena externa o televisor, assim você estará reduzindo danos.
As árvores isoladas, em geral, atraem mais raios que cercas e animais. Mesmo no caso de uma cerca devidamente protegida (aterrada e seccionada), se um raio cair sobre ela e se junto dela estiver um rebanho, provavelmente o resultado será catastrófico.
No caso de um raio atingir um carro, é muito improvável que os passageiros se machuquem... mas o veículo costuma ter danos materiais: queimaduras, os pneus costumam estourar e, claro, os componentes elétricos do carro costumam ficar inutilizados. O carro ainda é um porto seguro para raios.
Outra opção é procurar abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis. Se não houver nenhum abrigo seguro por perto, a orientação é afastar-se de qualquer ponto mais alto e de objetos metálicos, manter os pés juntos, agachar-se até a tempestade passar, e não ficar deitado.