No primeiro processo em destaque, a Sexta Turma, por unanimidade, decidiu que as medidas protetivas de urgência, embora tenham caráter provisório, não possuem prazo de vigência, devendo vigorar enquanto persistir a situação de risco à ofendida.
Geralmente, essas medidas têm prazo determinado, que pode ser de 3 meses a 1 ano, por exemplo. Após o término do prazo, é possível que a medida seja renovada, caso seja necessário, mediante pedido do Ministério Público ou da própria vítima.
Quanto tempo demora para acabar uma medida protetiva?
As medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha são válidas enquanto perdurar a situação de perigo. E isso, por si só, impede a fixação de tempo de vigência.
2. Reconhecida a natureza jurídica de tutela inibitória, a única conclusão admissível é a de que as medidas protetivas têm validade enquanto perdurar a situação de perigo.
O que é a medida protetiva e quanto tempo ela dura? | Advogado Lunay Costa - SP, Sp
Quantos anos dura medida protetiva?
No primeiro processo em destaque, a Sexta Turma, por unanimidade, decidiu que as medidas protetivas de urgência, embora tenham caráter provisório, não possuem prazo de vigência, devendo vigorar enquanto persistir a situação de risco à ofendida.
Pela proposta em análise na Câmara dos Deputados, a manutenção das medidas deverá ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, a cada seis meses. A lei atual não estipula de forma expressa prazo de duração para as medidas protetivas, devendo elas vigorar enquanto houver situação de risco para a mulher.
Posso retirar a medida protetiva? A vítima pode desistir da medida protetiva, mas o pedido será avaliado pelo juiz e havendo crime o processo deste continua e tem procedimento próprio para desistência.
Não, a medida protetiva de urgência não suja o nome, pois ela é uma ação judicial para proteção da vítima e não envolve registro em órgãos de crédito ou antecedentes criminais.
Quem tem medida protetiva fica com antecedentes criminais?
A medida protetiva suja o nome do agressor? A concessão de medidas protetivas não interfere na situação cadastral do agressor no SPC, SERASA ou qualquer órgão de proteção ao crédito. Também não constará nenhum registro relativo a antecedentes criminais.
“Diz o parágrafo sexto do artigo 19 da Lei Maria da Penha, pela lei 14.550/2023, que a medida protetiva de urgência somente cessará quando cessarem os motivos da sua necessidade, quando ela não for mais necessária. E para ela não ser mais necessária, a gente precisa ouvir a vítima necessariamente.
As medidas protetivas serão concedidas independentemente da tipificação penal da violência, do ajuizamento de ação ou da existência de inquérito policial ou boletim de ocorrência. Deverão vigorar enquanto persistir risco à integridade física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral da ofendida ou dos dependentes.
A eventual reconciliação do casal após o deferimento de medida protetiva de urgência da Lei 11.340/2006 (Maria da Penha) não afasta o crime previsto para quem a descumpre, porque não cabe à vítima dispor sobre um bem jurídico que não lhe pertence.
Quanto tempo demora para cancelar uma medida protetiva?
A partir do pedido revogação de medida protetiva feito pela vítima, o expediente deverá ser encaminhado ao juiz, o qual terá o prazo de até 48 horas para conhecer do pedido, nos termos do art. 18 da Lei Maria da Penha.
As medidas protetivas são decretadas pelo poder judiciário. Nesse sentido, somente o juiz responsável pelo processo poderá revogar essa medida. De qualquer forma, caso seja da vontade da vítima a revogação dessas medidas, deverá se manifestar esse desejo perante juiz da vara de Violência Doméstica.
O juiz explicou que a vítima pode requerer a renovação do prazo das medidas protetivas e que se constatar o descumprimento da decisão deve procurar a delegacia de polícia mais próxima ou acionar a Patrulha Maria da Penha.
Com a mencionada alteração na legislação, o ofensor que desrespeita medida a ele imposta, comete o crime tipificado no artigo 24-A da Lei Maria da Penha e está sujeito a pena de 3 meses a 2 anos de detenção. As medidas protetivas de urgência estão previstas nos artigos 22 a 24 da Lei Maria da Penha.
Procedimentos para Arquivamento Provisório: Após a decisão de concessão da medida protetiva de urgência, recomenda-se que o processo seja arquivado administrativamente pelo período de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, conforme a política de gestão interna estabelecida pelo juízo.
No entanto, as medidas protetivas de urgência podem ter caráter processual penal ou cível, a depender da esfera de proteção (integridade física da vítima ou o seu patrimônio), o que pode ocorrer por meio da prisão preventiva do ofensor, da fixação de alimentos, restrição de visitas a menores, dentre outras.
As medidas protetivas mais conhecidas e que são normalmente pedidas são o afastamento do agressor do lar e do local de trabalho ou lazer; proibição de se aproximar da vítima e de familiares e testemunhas, com fixação de limite mínimo de distância; proibição de entrar em contato com a vítima, seus familiares ou ...
Empregadas que foram vítimas de violência doméstica e possuem medida protetiva, podem solicitar estabilidade no emprego de seis meses, caso o acusado não cumpra o que foi estabelecido em juízo. A medida protetiva pode ser definida em dois tipos: A que obriga o agressor a ficar longe da vítima.
“A vigência das medidas protetivas da Lei Maria da Penha independe do curso da ação penal, podendo se perenizar mesmo quando o feito é arquivado por desinteresse da ofendida. Elas visam à proteção da mulher, e não a prover a instrução do processo”.
Quanto tempo prescreve o crime de violência doméstica?
As infrações penais como vias de fato e ameaça, por exemplo, prescrevem em três anos, em razão da pena máxima que não ultrapassa os seis meses. Já a lesão corporal que tem pena máxima de três anos, e prescreve em oito anos.
Se, todavia, não foi possível localizar alguma das partes, para saber se a medida protetiva foi retirada é permito que se dirija diretamente ao poder judiciário para solicitar informações ou contrate um advogado de sua confiança para apurar essa situação.