O patamar foi atingido na quarta-feira (13), quando a saca fechou em R$ 100,64. Ontem, quinta (14), nova alta para R$ 100,85. Os valores praticados atualmente são os maiores desde novembro de 2020, quando o mês terminou em R$ 103,98.
O cenário de alta é comparado com outubro de 2020, quando os produtores registraram valor recorde no pico da pandemia da Covid-19. Em algumas regiões do país é possível encontrar sacos de 5 kg, das marcas mais comerciais, sendo vendidos por R$ 30. As mais nobres já passam de R$ 40. O quilo já varia entre R$ 5 e R$ 6.
O Brasil encerrou maio com o arroz branco mais caro do mundo. O dado foi divulgado nesta sexta-feira pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO. No mês, o produto ficou 10% mais caro no Brasil e atingiu US$ 830 a tonelada.
Nesse contexto, o mercado estima que o preço do arroz deve se manter em patamares elevados em 2024. A recuperação da produção e a menor oferta de importantes países exportadores, indicam que a demanda pelo grão continue crescendo ao longo do ano. Isso deverá puxar os preços para cima.
Preço do arroz registra alta de mais de 60% desde o começo da pandemia
O que causou a alta do arroz?
“Ao longo dos últimos 12 meses, esses quase 25% de reajuste no preço do arroz é consequência da redução da área plantada no Brasil, principalmente no estado do Mato Grosso, onde ocorreu uma boa rentabilidade no plantio de soja e milho, principalmente em 2021/2022, e parte da área teve uma substituição reduzindo a área ...
Enquanto isso, os preços pagos aos produtores abriram o ano de 2024 em alta. No dia 9 de janeiro, o valor da saca de 50 kg de arroz em casca alcançou R$ 131,44. É o maior patamar nominal (sem o ajuste pela inflação) da série histórica divulgada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Vlamir Brandalizze comenta sobre os preços do arroz no Brasil. O aumento dos valores da saca em meio a um período de baixa oferta deve trazer reajustes maiores aos consumidores no varejo. O saco de 5kg já varia de 25 a 40 reais e as promoções devem se tornar cada…
Conab estima safra de arroz maior e contraria previsão do governo sobre falta do produto. O Brasil deve produzir 10,395 mil toneladas de arroz na safra 2024/2025, segundo o 9º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira, 13.
Quanto chegou a custar o arroz no governo Bolsonaro?
Em maio, durante as enchentes, o arroz atingiu a sua maior cotação no dia 22, quando a saca chegou a R$ 122, uma alta de 15% em relação ao início do mês, segundo dados do Cepea. A partir de então, o preço começou a recuar e atingiu R$ 118 na terça-feira (4).
Sendo comercializado acima de R$ 100 a saca, a elevação estaria acontecendo por uma soma do superaquecimento da demanda mundial provocada pela pandemia de covid-19, aliada à forte valorização do dólar frente ao real e à falta de incentivo à atividade orizícola no Brasil nos últimos 10 anos.
Um pacote de cinco quilos, normalmente vendido a cerca de R$ 15, agora chega a custar R$ 40. Levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostra que a alta do arroz chega a 100% em 12 meses. E não há alívio no bolso do brasileiro no horizonte.
Os preços em queda no primeiro semestre, devido ao período de colheita e da maior negociação do cereal, pressionaram a média anual, que fechou em R$ 39,79/sc de 50 kg, em termos nominais, baixa de 2% frente à média de 2017 (R$ 40,60/sc de 50 kg).
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) da Universidade de São Paulo (USP), em dezembro de 2014 a saca de 50 kg custava R$ 37,82.
Por que o governo quer importar? A decisão pela compra se deu após enchentes no Rio Grande do Sul prejudicarem parte das plantações de arroz. Lavouras da região central do estado foram as mais prejudicadas. Além disso, o estado está com dificuldade para transportar o grão, tendo em vista a interrupção de estradas.
"Esse repasse aos consumidores é reflexo de uma safra um pouco menor de arroz no Brasil, além de impacto de uma conjuntura internacional em meio restrição de exportação por parte da Índia e também de uma exportação maior no último ano pelo Brasil.
A pesquisa mostra que diversos aspectos influenciaram a alta do arroz. O isolamento mudou os hábitos de consumo e a população passou a estocar alimentos.
No entanto, o cenário de oferta restrita global e a desvalorização da moeda brasileira contribuíram para esse avanço nos preços internos, de acordo com informações do Cepea.
Foto: iStock. As ações da Embraer (EMBR3) lideram os ganhos do Ibovespa em 2024, conforme um levantamento feito pelo Investing.com para o Suno Notícias. A lista considera a variação dos ativos desde a abertura do primeiro pregão do ano, em 2 de janeiro, até às 11h30 da última quarta-feira.
Um dos principais fatores que mexeu com os preços ao longo do ano fica por conta da restrições dos embarques de arroz pela Índia, principal exportador global do cereal, na tentativa de conter sua inflação, assim como os problemas na safra da Tailândia, segundo maior exportador global.
Pesquisa do Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que o preço médio do pacote de 5 kg de arroz em fevereiro desse ano, antes de ser decretada a pandemia, custava R$ 12,78 e, em outubro (valor apurado até o ...
O governo federal espera uma queda em torno de 20% no preço do arroz nas próximas semanas. Nesta quinta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve reunião com ministros para tratar da alta dos preços dos alimentos aos consumidores no fim de 2023 e início deste ano.