O bloqueio de puberdade deve ser feito quando durante o acompanhamento médico se detecta algum distúrbio, como exemplo, puberdade precoce. Se bloquearmos uma puberdade fisiológica (normal) podemos acabar com o estirão de crescimento. E o bloqueio, quando indicado, não é feito com progesterona.
Doutora Fernanda explica sua manutenção nos casos da puberdade precoce central: “O tratamento deve ser mantido até a idade normal para o desenvolvimento sexual e/ou adequação psicossocial ao início da puberdade e até os ossos atingirem a idade máxima de 12 a 12,5 anos nas meninas e 13 a 13,5 anos nos meninos”.
Quando iniciar o tratamento para puberdade precoce?
A puberdade precoce é considerada uma doença rara, sendo de 10 a 23 vezes mais frequente em meninas quando comparadas aos meninos. O tratamento é realizado até uma idade cronológica de onze anos.
— Você dá uma substância que atua no funcionamento de um eixo que começa a funcionar na puberdade (chamado hipotálamo-hipófise-gonada), que não estimulará o organismo a produzir hormônios sexuais nos testículos e os ovários. Isso é o bloqueio.
Quais os efeitos colaterais que a injeção de leuprorrelina?
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Leuprorrelina 45 mg subcutânea para o tratamento de puberdade precoce central. Endocrinologia e pediatria. A leuprorrelina de 45 mg com aplicação semestral, por via subcutânea, é indicada para o tratamento de crianças com puberdade precoce central.
A mais comum é a puberdade precoce central idiopática que acomete, na grande maioria das vezes, meninas. O tratamento é feito com medicamentos que bloqueiam a ação do LH e do FSH em nível hipogonadário, por meio de medicamento injetável, que pode ser de uso mensal ou trimestral.
“Tomar remédio para retardar a menstruação interfere no eixo hormonal, no crescimento e no desenvolvimento da criança”. A endocrinopediatra acredita que, dentre os vários motivos de preocupação dos pais com relação à puberdade, existem três que são mais comuns.
A primeira menstruação, chamada de menarca, ocorre em média dois anos depois do aparecimento das mamas. Considera-se como precoce a puberdade que surge antes dos 8 anos em meninas e dos 9 anos em meninos; e atrasada, a puberdade que tem inicio após os 13 anos em meninas e após os 14 anos, em meninos.
Há formas naturais de retardar a menarca, como praticar exercícios intensos, ter uma alimentação pouco calórica e dormir direito. Outras maneiras envolvem o uso de medicamentos, como progesterona, para impedir a ovulação, ou bloqueadores de gonadotrofina, responsável por disparar a fabricação de hormônios sexuais.
Mas, de fato, uma má alimentação com produtos industrializados, açucarados e com conservante pode interferir na puberdade e antecipar em até cinco meses a menstruação. “Os alimentos ultraprocessados e com conservantes causam uma alteração metabólica na criança com uma resistência à insulina.
Consiste em um tratamento hormonal que bloqueia a produção desses hormônios associados ao desenvolvimento da puberdade”, explica a especialista. Uma vez iniciada a puberdade, não há como reverter o quadro, apenas tratar com o bloqueio puberal quando indicado, aponta a médica.
Dentre os bloqueadores hormonais existentes com essa função , sem dúvida o tamoxifeno é o mais conhecido e o mais usado. -A hormonioterapia também pode ser usada para tratar a recidiva da doença ou o câncer de mama avançado. -Cerca de 67% dos cânceres de mama são receptores hormonais positivos.
“O único meio de retardar a puberdade é tratando a causa base”, explica a endocrinologista. Por isso, é tão importante o diagnóstico médico o quanto antes.
O tratamento para puberdade precoce visa retardar a progressão do desenvolvimento físico e alteração emocional da criança. Geralmente, o especialista indica medicamentos que inibem a liberação de hormônios sexuais no corpo, o que ajuda a retardar a maturidade sexual.
A maioria dos métodos para interromper o ciclo pode provocar algum efeito colateral, já que a falta dos hormônios femininos altera as funções do organismo, podendo gerar danos à saúde como aumento de peso e retenção de líquido.
“Na dúvida, é importante procurar ajuda de um endocrinologista infantil para avaliar o desenvolvimento da criança e detectar possíveis alterações que podem demandar tratamento. Quanto antes inicia-se o tratamento, maiores as chances de a criança ter uma boa evolução.
Os bloqueadores da puberdade mais comumente usados são os agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), que suprimem a produção de hormônios sexuais, incluindo testosterona e estrogênio.
Débora Alencar, endocrinologista pediátrica, pontua que, apesar de cada menina ter sua individualidade e menstruar em momentos diferentes da vida, ter a menarca – nome dado à primeira menstruação da vida da mulher – antes dos 10 anos é considerado muito cedo.
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“Nós temos observado um crescimento da puberdade precoce, principalmente entre meninas, com aparecimento dessas características (surgimento de mamas, pelos pubianos) aos 6, 7 anos, ou na idade limite, 8.
Estímulo com GnRH – Na avaliação de uma puberdade precoce, o teste de estímulo com o hormônio liberador de gonadotrofinas (100µg de GnRH via endovenosa) continua sendo o mais importante para identificar a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal.
A aplicação da medicação, se possível, não deve ser atrasada, para evitar que o bloqueio da puberdade seja incompleto ou se desfaça. Se houve este pequeno atraso, em uma única ocasião, é pouco provável que haja prejuízos, mas deve se ficar atento para não haver mais atrasos e prejudicar o tratamento.
O fato de a menstruação ter vindo pode ter sido pelo efeito estimulstório inicial da medicação que depois atuará inibindo o eixo fazendo com que ela não menstrue mais. Quanto ao benefício do uso neste momento deverá ser discutido com o médico assistente.