Atualmente em R$ 788, o salário mínimo atingiu, em janeiro, o maior poder de compra desde agosto de 1965, revela levantamento divulgado pelo Banco Central (BC).
Em que ano o salário mínimo teve o maior poder de compra?
Se tomarmos o período em a política de valorização do salário mínimo vigorou, entre 2003 e 2018, o crescimento do poder de compra do salário mínimo havia sido de 174%, antes da queda no governo Bolsonaro.
O brasileiro precisa ter R$ 8,08 em 2024 para ter o mesmo poder de compra que R$ 1 em julho de 1994, segundo informações retiradas da calculadora do cidadão do Banco Central. Segundo os dados do Banco Central, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 708% nestes 30 anos do Plano Real.
A opinião de quem acha que o poder de compra dos brasileiros está igual soma 14%. Essa linha de opinião se manteve menos oscilante entre abril e outubro de 2023, respectivamente com 32% e 36%. A porcentagem dos brasileiros que acham que o poder de compra comparado a um ano atrás está igual caiu para 17% em dezembro.
Como está o poder de compra do brasileiro em 2024?
Como está o poder de compra do brasileiro? O último Relatório Focus (12/04) divulgou que o IPCA de abril de 2024, apresentou um aumento de 0,01% em relação à última divulgação (05/04), acumulando 3,76% nos últimos 12 meses.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 1,4% no segundo trimestre deste ano. O resultado veio em linha com as expectativas do mercado, que esperava um crescimento de 0,9% no período.
Porque o poder de compra do brasileiro é tão baixo?
A inflação alta somada à perda de renda do trabalhador ao longos dos anos fez com que o poder de compra do brasileiro caísse quase que pela metade em uma década.
Após três décadas do lançamento do Plano Real, a inflação acumulada no período foi de 708%, segundo a calculadora do Banco Central (BC). Em termos práticos, isso quer dizer que algo que se comprava com R$ 1 a partir de julho de 1994 equivale a atuais R$ 8,08.
Quando o Plano Real foi criado, em 1º de julho de 1994, R$ 1 valia exatamente US$ 1. Em outubro do mesmo ano, o dólar chegou a custar em torno de R$ 0,82.
Foi responsável por uma expressiva desburocratização e modernização do sistema público, com a digitalização recorde dos serviços públicos federais, através da criação da plataforma digital "gov.br", e posteriormente através da Lei do Governo Digital, dos estados e municípios.
A inflação oficial do país observada entre 2019 e 2022 ficou em 26,93%, no maior patamar para um mandato desde o primeiro governo de Dilma Rousseff, que aconteceu entre 2011 e 2014 (27,03%).
De acordo com nosso ranking, Portugal, que está localizado na União Européia, está em 41º lugar. O Brasil está claramente mais atrás no 87º lugar, mas com um total de 186 países avaliados, este resultado não é tão ruim assim. O país mais rico do mundo é Luxemburgo.
O Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda (Ceter) reajustou o salário mínimo regional em 2023, e o valor passou de R$ 1.302 para R$ 1.749,02. Esse é o maior salário mínimo regional do Brasil.
Relembre o preço de 14 produtos em 1994. O quilo de arroz custava R$ 0,64 em julho de 1994, em São Paulo, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Já o feijão saía por R$ 1,11.
Um litro de óleo de soja, que custava R$ 80 (oitenta centavos); Um pacote de 500g de macarrão, que custava R$ 0,70 (setenta centavos); Um litro de leite, que custava R$ 0,69 (sessenta e nove centavos); Uma dúzia de ovos, que custava exatamente R$ 1.
De acordo com algumas análises socioeconômicas, uma renda mensal de 5 mil reais pode colocar uma pessoa ou família na faixa da classe média, especialmente se considerarmos critérios como acesso a bens de consumo duráveis, serviços e qualidade de vida.