O fenômeno El Niño, que atuou fortemente no verão de 2023 e 2024, começa a perder força e deve terminar no outono deste ano, segundo previsão do Fórum Climático, formado por meteorologistas da Epagri/Ciram. O El Niño é um fenômeno climático que ocorre de forma irregular, em intervalos de 2 a 7 anos.
Conforme a publicação, a maioria dos modelos climáticos apontam para a condição de neutralidade da temperatura da superfície do Oceano Pacífico e, com isso, o El Niño deixou de ser registrado em junho de 2024 pela primeira vez desde junho de 2023.
Apesar de ele ainda não ter começado, já há previsões de seus impactos em 2024. Neste texto, o Nexo explica o que marca o fim do El Niño, o que é o La Niña, quais costumam ser seus efeitos no Brasil e quais são as previsões para 2024.
El Niño está perto do fim. O episódio de 2023-2024 do fenômeno que se caracteriza pelo aquecimento anômalo das águas do Oceano Pacífico Equatorial e altera as condições do clima em todo o planeta, tanto com extremos na chuva como na temperatura, com maior aquecimento da Terra, se encaminha para o seu final.
EL NIÑO 2023: O QUE CAUSA O FENÔMENO? QUAIS OS EFEITOS NO BRASIL?
Vai ter El Niño em 2025?
Desta forma, é bastante provável que o fenômeno se instale oficialmente durante o inverno. A tendência é que o fenômeno La Niña persista durante todo o restante do ano de 2024, com pico provável para a primavera (trimestre de outubro/novembro/dezembro), e deverá ainda atuar até o verão de 2025.
Essa diminuição de temperatura pode ocasionar: formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e em Mato Grosso do Sul; queda de neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul e episódios de friagem em Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.
Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, explica que, de maneira geral, o inverno de 2024 terá temperaturas acima da média, com destaque especialmente para o final da estação, entre agosto e a primeira quinzena de setembro, período que pode registrar inclusive novas ondas de calor.
A chegada de uma forte frente fria neste final de semana, o último de junho de 2024, promete provocar uma queda brusca da temperatura em várias Regiões do Brasil, especialmente na Região Sul.
Mas essa condição não basta para aqueles que gostam do frio intenso, e que já contam os dias para a chegada do inverno. Em 2024, a estação mais gelada do ano começará na tarde de 21 de junho, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Região Norte: Redução das chuvas no leste e norte da Amazônia, aumentando a probabilidade de incêndios florestais. Região Nordeste: Secas de diversas intensidades nas áreas centrais e norte da região, as porções sul e oeste não são significativamente afetados.
De março para abril de 2024, o Monitor de Secas indicou redução da gravidade de seca em diversas áreas, como sudoeste do Amazonas, noroeste e norte de Mato Grosso, áreas do interior do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e Alagoas, e sul da Bahia.
De acordo com Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima, a primavera deve ter temperaturas mais amenas neste ano. “Setembro e outubro ainda serão com dias quentes, já que não teremos frentes frias passando com regularidade, principalmente, na região Centro-Norte.
Apesar de março ainda trazer influência do El Niño, o fenômeno já está enfraquecido. Ele começou no outono do ano passado, teve seu ápice entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024 e passou a enfraquecer em meados de fevereiro.
Julho começou com uma grande frente fria, que trouxe chuva e temperaturas baixas, com a passagem de uma forte massa de ar frio pelo centro-sul do país. Mas a Climatologia mostra que julho é um mês de secura no país, de pouca ou nenhuma chuva.
Nesta época do ano, ainda é comum a entrada de massas de ar frio, especialmente em agosto e setembro, o que causa queda significativa da temperatura, favorecendo a formação de geada.
Como se as condições meteorológicas extremas deste ano já não bastassem, podemos esperar um cenário ainda pior no próximo ano, com mais inundações e aumento da incidência de secas. Isso continuará a prejudicar as colheitas agrícolas, os negócios e a economia, bem como ameaçar a vida das pessoas.
Segundo semestre de 2024 deverá ser marcado pela ocorrência do fenômeno La Niña. Os centros meteorológicos mundiais indicam que haverá uma rápida transição do fenômeno El Niño para o La Niña entre julho e setembro deste ano.
O ano de 2024 é previsto como um período de complexidade e desafios em escala global, com uma das principais preocupações sendo o potencial para conflitos e guerras de grande magnitude.
País terá temperaturas abaixo de zero, geadas amplas e risco de neve nos próximos dias. A onda de frio mais forte de 2024 vai despencar as temperaturas no Brasil, especialmente no Centro-Sul, com chance de geadas amplas e possíveis episódios isolados de neve e chuva congelada nas áreas de maior altitude da região Sul.
Ao longo do mês, as temperaturas devem ser mais amenas, marcando entre 20 e 22ºC. Chuvas podem ser leves e reduzidas em grande parte da região. Diferente do que foi registrado em junho, que contemplou temporais e instabilidade causada por massas de umidade.
O mês de setembro de 2024 traz consigo uma combinação de temperaturas elevadas e precipitação abaixo da média, acompanhadas de variações significativas entre as regiões do Brasil.