O primeiro sinal de atividade cerebral ocorre na 13ª semana da gestação. A pesquisadora Vivette Glover, do Hospital Chelsea e Queen Charlotte, de Londres, acredita que a consciência fetal começa a se desenvolver a partir do sexto mês da gravidez. Mas, ainda assim, o conceito de consciência fetal seria problemático.
“A partir de seis semanas de gravidez você tem um coração batendo no embrião. Um bebê com 2 mm, em geral, você já vê um coração batendo.” Além desses, também há o começo da atividade cerebral. “Tem trabalho que mostra que já tem algum tipo de reflexo a partir do segundo mês da gestação”, explica o especialista.
A consciência de si mesmo, como um ser separado do resto do mundo, surge entre os 9 e os 15 meses de idade, mas somente no período entre 15 e 18 meses é que a noção de como são fisicamente é fundamentada.
Principais achados: O feto é um ser em desenvolvimento que pertence à espécie humana; sem dúvida, é um ser “senciente” desde os estágios iniciais e capaz de sentir dor, provavelmente a partir de 20 semanas.
Às sete semanas de desenvolvimento, as regiões estão maiores e mais desenvolvidas. Com 11 semanas já é possível identificar os hemisférios cerebrais, o cerebelo e outras estruturas da região encefálica. Às 24 semanas o tamanho fetal é bem maior, assim como o encéfalo.
Até quando o feto pode ser considerado vida? não podemos decidir! | Flow Podcast
Quando o feto começa a ter vida?
Dessa forma, o início da vida seria constatado por volta do terceiro e quarto mês do desenvolvimento do embrião8. Diz‑se que antes da nidificação inexiste vida humana intrauterina, porque não há um ser individualizado, no máximo um acúmulo celular.
A fase embrionária começa com a fertilização e dura oito semanas. A fase fetal é da 10ª semana da gravidez (contando do começo da última menstruação) até o parto. Uma transição rápida e complexa acontece no parto: de um feto dependente para um neonato independente.
O primeiro sinal de atividade cerebral ocorre na 13ª semana da gestação. A pesquisadora Vivette Glover, do Hospital Chelsea e Queen Charlotte, de Londres, acredita que a consciência fetal começa a se desenvolver a partir do sexto mês da gravidez. Mas, ainda assim, o conceito de consciência fetal seria problemático.
Com a evolução da gestação, o bebê aprende a dar significado aos sentimentos maternos, e é por volta do terceiro trimestre da gravidez que ele começa a formar sua personalidade. Os sentimentos maternos causam alterações no ambiente intrauterino que podem ser percebidas pelo bebê como agradáveis ou desagradáveis.
Para as mães de primeira viagem o primeiro movimento pode ser sentido com cerca de 16 semanas. A maioria das mães, porém, sente o bebê por volta da 18ª semana. No entanto, não é incomum que a mulher sinta os movimentos apenas por volta das 24 semanas.
Têm início os primeiros passos de um raciocínio, e só agora, em torno dos 6 anos completos, no sétimo ano de vida, é que podemos apelar a uma compreensão de ideias, de pensamentos sobre o mundo, que são colocados pelos adultos. Só agora é que a criança está pronta para ser alfabetizada sem prejudicar sua futura saúde.
Uma sensibilidade para demonstrações de afeto e trocas promovidas pelos cuidadores pode ser observada desde os três meses e meio pelo menos, com evidências de significativas relações entre os padrões de envolvimento pai/mãe-bebê e a sensibilidade do bebê para expressões emocionais (Montagne; Walker-Andrews, 2002).
Fetos não sentem dor antes de 24 semanas de gestação, diz estudo britânico. Uma análise de estudos recentes sobre o desenvolvimento dos fetos confirmou que não há evidências de que os bebês sejam capazes de sentir dor antes de completar 24 semanas de gestação.
O que acontece com o bebê quando a mãe tem relação?
O contato íntimo não machuca o bebê, que está abrigado dentro do útero. É possível que a criança se mexa ou fique quieta durante o ato, mas esse fator está mais ligado aos hormônios do que à relação sexual. A libido da mulher pode mudar durante a gestação.
Na tentativa de estabelecer se o feto é capaz de perceber conscientemente estímulos dolorosos tem-se recorrido a diversas abordagens. Estudos neurobiológicos indicam que, a partir das 30 semanas, o feto tem capacidade anatómica e funcional para sentir dor.
Para ele, a infusão da alma ocorria 40 dias após a concepção de fetos do sexo masculino e 90 dias após a concepção de fetos do sexo feminino, o estágio em que, segundo se sustentava, o movimento é sentido pela primeira vez dentro do útero e a gravidez era certa.
FRANCIS KAPLAN - O fato, que costuma ser ignorado, é que, até meados do século 19, a igreja considerou, explícita e oficialmente, que o embrião não se torna um ser vivo até o 40º dia após a concepção -80º, no caso das meninas- e que, portanto, o aborto apenas é homicídio a partir desse momento.
A segunda teoria, defendida por alguns cientistas, propõem que no 14º dia de gestação começa a vida. No momento em que o embrião se instala no útero materno definitivamente. É neste momento que se iniciam os processos de divisão celular do feto e a formação de seus órgãos.
A dinâmica inconsciente que depois determina o ser humano escapa da consciência humana, em função da maneira como este inconsciente se formou no corpo. Nós humanos começamos a ter consciência da realidade a partir dos 5 a 6 anos de idade.
Existe ainda a corrente dos que afirmam que o feto só se transforma numa pessoa quando começa a produzir ondas cerebrais semelhantes às de um ser humano “pronto” – 8ª semana para uns, 20ª para outros. E, por fim, há os que apontam para a 24ª semana de gestação, quando os pulmões do feto já estão formados.
O nascimento com vida é um dos pressupostos de admissibilidade de personalidade civil. O indivíduo ao ser concebido, já adquire direitos que o protejam. Ao nascer com vida, torna-se pessoa.
Já na perspectiva embriológica, a vida começa a partir da terceira semana de gestação, quando ocorre a gastrulação, o evento mais característico dessa semana, processo que estabelece os três folhetos germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderma), cujas células darão origem a todos os tecidos e órgãos no embrião(6).